Ricardo Campos Jr
24/11/2020 06:00
O Governo Federal está desenhando novas linhas de crédito voltadas aos trabalhadores informais e microempresários em 2021 como forma de compensar o fim do auxílio emergencial. Além disso, também devem ser mantidas algumas possibilidades de financiamentos já lançadas, mas vale a pena procurar um banco em busca de dinheiro ano que vem?
Quem responde esta pergunta ao Correio do Estado é a economista Daniela Dias. Para ela, depende da situação financeira de cada um.
“Essas linhas de créditos poderão ajudar, sim, as pessoas de uma forma geral, mas exige-se um pouco mais de cautela. Desta vez, estamos lidando com recursos que têm taxas de juros e que têm que ser devolvidos. Ou seja, algo que precisa ser pago. Então, questões de priorizações financeiras continuam muito importantes”, pontua.
Segundo a economista, em se tratando de informais, microempresários e microempreendedores individuais, a questão é muito mais delicada. Nesses casos, existe a necessidade de um planejamento a longo prazo para que a empresa se mantenha em pé, mesmo em momentos de crise, e consiga quitar a dívida contraída com as instituições financeiras.
“Quando realmente não houver outro jeito, se de fato o empréstimo é necessário, compare as taxas de juros de diferentes bancos e instituições financeiras, veja se as possibilidades estão adequadas e se vão caber no bolso. Endividamento é sempre um risco. Se atrasar as parcelas por mais de três meses, isso vai prejudicar o score e a pessoa passa a ser inadimplente”, diz Daniela.