Economia

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Venda antecipada atinge só 7% do milho safrinha

Venda antecipada atinge só 7% do milho safrinha

Redação

20/04/2010 - 20h54
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ADRIANA MOLINA

 

Há menos de um mês do início da colheita do milho safrinha, apenas 7% da produção de Mato Grosso do Sul, estimada em 2,6 milhões de toneladas, foi comercializada antecipadamente. Os preços ruins, na casa dos R$ 12,50 a saca, têm sido o principal motivo da recusa dos agricultores em vender o produto, que corre ainda, o risco de ficar encalhado nos armazéns do Estado, caso não haja intervenção dos governos federal e estadual para favorecer a exportação do grão nas próximas semanas.

Segundo o corretor de grãos Carlos Dávalos, somando o estoque de passagem do ano passado, à safra e safrinha, são mais de 3,1 milhões de toneladas de milho produzidas por Mato Grosso do Sul no último ano. Desse montante, retirando-se cerca de 1,1 milhão destinado a abastecer o mercado interno e mais os 7% da safrinha comercializados antecipadamente, ainda restam mais cerca de 1,8 milhão de toneladas que podem ficar sem destino.

"Espera-se que, no início de maio, o governo federal lance dois programas para auxiliar as vendas: o Pep (Prêmio para o Escoamento do Produto), que garante preço mínimo de R$ 17,46 ao produtor e contempla os comerciantes que comprovarem o pagamento desse preço mínimo, e o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), que também garante esse preço mínimo, pagando o diferencial do que é recebido pelo produtor pela saca", explica Dávalos.

Porém, o auxílio do governo federal só será válido se o governo estadual também abrir mão de política referente à exportação, a da equivalência, que autoriza a venda exterior de uma saca para cada saca que fica dentro de Mato Grosso do Sul, por conta da tributação com Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Se isso não ocorrer, as operações do governo federal aqui no Estado estarão fadadas ao fracasso", avalia o corretor.

Isso porque, as intervenções do governo federal são nacionais, possibilitando que outros estados comprem milho de MS, fazendo com que os estoques aqui sejam regulados. Só que a exportação no Estado hoje é regulada por essa política de equivalência, tornando inviável o Pep, por exemplo, por não garantir que a cada saca que sairá, uma será comercializada dentro do Estado.

 

Receio

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famaul), Eduardo Riedel, diz que os produtores estão bastante preocupados com a atual situação do milho no Estado. E mais, existe o receio de que tanto o governo federal quanto o Estadual não liberem os recursos para a intervenção e a concessão de liberação da exportação.

"A questão já está sendo discutida em Brasília, com o Ministério da Fazenda, para que a verba seja liberada, assim como já existe o pedido de flexibilização por parte do governo de MS em relação à equivalência. Porém, não há nada concreto em nenhum dos dois", conta Riedel, lembrando que falta menos de um mês para a colheita começar.

O presidente estima que, se não houver a intervenção e exportação, haverá prejuízo não só para os produtores, mas para o sistema fiscal do Estado, que deixará de receber impostos significativos provenientes da tributação do milho.

Panorama

Mato Grosso do Sul tem 81.557 Micro e Pequenas Empresas inadimplentes

Dados da Serasa revelam que no País, o valor das dívidas totalizou R$ 130,5 bilhões, até setembro de 2024

02/11/2024 18h15

Arquivo/Gerson Oliveira

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Em Mato Grosso do Sul, 81.557  Micro e Pequenas Empresas (MPEs)  estão na lista da inadimplência. De acordo com dados da Serasa Experian MS é a 16ª Unidade Federativa no ranking nacional, com o maior número de empresas com dívidas pendentes.


As Unidades Federativas (UFs) que lideraram o ranking com mais Micro e Pequenas Empresas inadimplentes foram São Paulo (2.207.002), Minas Gerais (577.519) e Rio de Janeiro (574.450).


Ainda de acordo com o levantamento, em setembro, as Micro e Pequenas Empresas inadimplentes se distribuíram da seguinte forma: 55,0% pertenciam ao setor de Serviços, 37,1% ao Comércio, 7,5% à Indústria e 0, 4% para os setores Demais, que incluem empresas dos segmentos Primário, Financeiro e Terceiro Setor.


Analisando por regiões, os dados indicam que a maior concentração de MPEs com CNPJs negativados estava no Sudeste, representando 53,3% do total, enquanto a menor paridade estava na região Norte (5,5%).
O Centro-Oeste onde está localizado Mato Grosso do Sul aparece como antepenúltimo, sendo responsável por 8,8% das empresas inadimplentes.


O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi e4xplica que quando a economia enfrenta desafios, como altas taxas de juros e inflação, as micro e pequenas empresas são as primeiras a sentir o impacto.  “Elas possuem menos margem de manobra para absorver choques econômicos”.


O analista ainda destaca que além desse ponto o setor enfrenta dificuldades adicionais, como acesso limitado a crédito e financiamento. “Bancos e instituições financeiras tendem a ser mais cautelosos ao conceder empréstimos para esses negócios devido ao maior risco percebido. Isso cria um círculo vicioso em que a falta de acesso a capital impede o crescimento e a sustentabilidade dessas empresas, aumentando ainda mais a probabilidade de inadimplência”, analisa Rabi.


O cenário de inadimplência entre as Micro e Pequenas Empresas vem se revelando alarmante, com um total de 6,5 milhões de empresas registrando débitos no vermelho. Número que eflete os desafios enfrentados por esses pequenos negócios em um ambiente econômico adverso, marcados por altas taxas de juros e inflação.


Quando ampliado a análise para incluir empresas de todos os portes, o total de CNPJs inadimplentes sobe para 6,9 milhões, evidenciando a magnitude do problema.


A somatória das dívidas atrasadas chegou em 50,6 milhões com valor total de R$ 151,9 bilhões, sendo a média de 7,3 débitos vencidos por CNPJ. Cerca de 56,0% dos negócios no vermelho eram do setor de “Serviços”.

CPFs


Entre os consumidores a situação não está diferente uma vez que qté o sétimo mês deste ano 56.904 novos nomes foram negativados em Mato Grosso do Sul, que totaliza 1,096 milhão de inadimplentes em 2024. Dados do Mapa da Inadimplência da Serasa revelarasm que, em comparação ao último mês do ano passado, o aumento foi de quase 5,47%, superando a média nacional que registrou elevação de apenas 1,34%.

 
Com um total de 2.138.342 adultos economicamente ativos em Mato Grosso do Sul, mais que metade, ou 50,97%, enfrenta algum tipo de restrição, totalizando 1.096.215 de Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) negativados até julho de 2024.


Ainda de acordo com a Serasa, no comparativo anual o crescimento foi de 4,88% em relação aos 1,045 milhão de “nomes sujos” registrados em julho de 2023. Conforme o levantamento enviado ao Correio do Estado, o valor médio das dívidas por inadimplente é de R$ 5.820 enquanto o total devido no Estado chega a R$ 6,381 bilhões.


O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que a incapacidade de quitar dívidas, levando em consideração as atuais condições econômicas, se dá principalmente em decorrência da má gestão das finanças.


“Como a renda é muito baixa para empregados do setor privado e de prefeituras, a pessoa aposta que vai ganhar mais, ou não faz a sintonia financeira esperada [finanças pessoais planejadas], aumentando novamente o endividamento que resulta na inadimplência”, relata.


Pavão ainda pontua que questões estruturais, como o crescimento econômico atingindo seus limites, são potencializadas por mudanças climáticas, geopolíticas, guerras e queda na demanda. 
“Com as intempéries climáticas, o agronegócio está tendo queda de lucros e, por conseguinte, não conseguem ganho de produtividade e de renda”, analisa o economista.


O doutor em Economia Michel Constantino lista os principais fatores que contribuíram para o cenário em Mato Grosso do Sul.  “Estão ligados primeiramente a falta de planejamento financeiro, seguido pelo custo de vida alto, inflação, juros altos e ainda empregos chamados subempregos [sem carteira assinada], que são frágeis e não tem proteção”, elenca.


Para o mestre em economia Lucas Mikael, a expectativa é de que o cenário da inadimplência permaneça estável nos próximos meses, já que a mudança dessa realidade costuma levar tempo. 
“Diversos fatores, como a instabilidade econômica e as flutuações do mercado, ainda impactam a capacidade de pagamento das famílias”, conclui.
 

Loterias

Mega-Sena acumula, mas campo-grandenses faturam mais de R$136 mil

Confira o resultado do jogo e em qual lotérica o trevo da sorte está brilhando em Campo Grande

02/11/2024 12h30

145 sul-mato-grossenses são premiados na Mega-Sena

145 sul-mato-grossenses são premiados na Mega-Sena Foto: Agência Brasil

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Dois apostadores da Cidade Morena acertaram 5 das 6 dezenas sorteadas na sexta-feira (1º), do concurso 2792, que estava com o prêmio estimado em R$109 milhões.

Os dois campo-grandenses vão fatiar o montante de R$136.008,40.

Um jogo foi feito na Lord Loterias, que fica na rua Vitória, no bairro Carandá Bosque.

A outra fézinha ocorreu na Lotérica Talismã, localizada na Avenida Calógeras, na região central de Campo Grande.

O próximo sorteio da Mega-Sena, concurso 2793, está com prêmio estimado em R$ 127.000.000,00 e o sorteio será na terça-feira (05) no Espaço da Sorte em São Paulo.

 

Confira os números sorteados da Mega-Sena 2792:

  • 49 - 16 - 33 - 59 - 22 - 34

O sorteio da Mega-Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

 

Próximo sorteio: Mega-Sena 2793

Como a Mega Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 5 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2793. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Mega-Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 5,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 6 dentre as 60 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

Como jogar na Mega-Sena

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser milionário, você deve marcar de 6 a 20 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 12 concursos consecutivos (Teimosinha).

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