A menos de 20 dias para a Páscoa, os supermercados, as confeiteiras, indústria e lojas especializadas em doces aguardam ansiosamente a data, e apostam em alta de até 30% nas vendas de chocolates. Nos supermercados, o aumento no movimento de consumidores em busca dos ovos de chocolate já é significativo. No entanto, os ovos de chocolate estão em média 5,2% mais caros neste ano. O gerente Germano Dias Junior, do Bond Compra – da Rede Econômica de Supermercados–, diz que a expectativa é de crescimento. “O mercado trabalha com uma margem boa de vendas, esperamos ter elevação de aproximadamente 30% do volume de vendas. É uma época boa para os comerciantes e empresários do ramo”, afirma. A empresária Josie Regina Benatti, proprietária da Chanton – Chocolates e Sorvetes, por exemplo, aposta no crescimento de quase 15% em relação ao mesmo período do ano passado, época do ano em que as vendas quase dobram em volume. Casada com Paul Mourad, Josie afirma que essa foi uma união que deu certo, não só o relacionamento dos dois é próspero, mas também a empresa, uma gestão bemsucedida, localizada em Campo Grande e que há 15 anos se consolida no mercado: “Ele é administrador e eu formada em Ciência e Tecnologia de Alimentos. E o investimento que fizemos na compra de estoque para esse período é planejado desde dezembro do ano passado, hoje nosso próprio capital garante a rotatividade, já temos todos os custos pagos para esse ano”, explica Josie. A empresária também afirma que o investimento feito para o período é alto. Em média os estabelecimentos que trabalham com chocolate elevaram os estoques em 10% neste ano. Informalidade A diretora administrativa e financeira do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul – CRA/ MS, Aparecida dos Santos Cavaretto, destaca que o mercado informal de doces também realiza campanhas agressivas de vendas para o período. “É um mercado que cresce muito fácil, pois já tem um público específico, mas o que as pessoas devem prestar atenção é que o limite de investimento é o próprio capital. Na hora de aplicar dinheiro, o que vale é o planejamento e bom senso”, alerta. “É um mercado com retorno imediato. Se você já tem clientes fidelizados e sabe que o investimento é seguro, aposte mais alto; se sua chance de vendas não é tão concreta, aposte menos, o mercado funciona assim”, destaca a diretora. Para aqueles que não têm um capital de giro consolidado para investimentos no setor, uma saída são empréstimos ou financiamentos. Segundo o gerente da unidade Sicredi Empresarial de Mato Grosso do Sul, Carlos Kussler, “há um crescimento no volume de negociações nesse período, mas a demanda principal não é em relação ao número de pessoas, mas sim, de valores em dinheiro. As pessoas costumam solicitar empréstimos e financiamentos maiores nesse período. Outro serviço oferecido pela cooperativa, e que costuma aumentar nesta época, é o de antecipação de recebíveis”.