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Ameaçado de morte, árbitro deixa a casa com a família depois de prestar queixa

Ameaçado de morte, árbitro deixa a casa com a família depois de prestar queixa

olhardireto

19/02/2014 - 12h45
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Rodrigo Castanheira reagiu às ameaças de morte que sofreu por não ter visto o gol de Douglas para o Vasco no clássico contra o Flamengo, no domingo. Na tarde de terça-feira, depois de uma reunião na Federação de Futebol do Rio, o árbitro auxiliar foi até a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, no Jacaré, para prestar queixa. À noite, saiu de casa com a mulher e os dois filhos, e não tem previsão de voltar.

A decisão de deixar o próprio lar foi tomada depois que Castanheira teve seu endereço publicado por um vascaíno numa rede social - uma das muitas ameaças que vem sofrendo por meio da internet. Junto com as informações pessoais, o torcedor instigou atos de violência contra o árbitro. Temendo pela integridade da família, a solução encontrada pelo auxiliar foi a mudança temporária.

- Queremos que isso tudo acabe logo - afirmou a mulher de Castanheira, uma policial civil que o acompanhou à delegacia: - Rodrigo já está melhor, recebendo o apoio das pessoas.

Ainda na terça-feira foram iniciadas as investigações para descobrir quem ameaçou Castanheira, que ganhou licença do trabalho como professor para cuidar do problema. De acordo com o delegado Alessandro Thiers, responsável pelo caso, três pessoas já foram identificadas. A pena somada dos crimes cometidos pode chegar a quatro anos e seis meses de prisão, além de multa:

- Foram cometidos os crimes de incitação à violência, ameaça, injúria, difamação e perturbação da paz. Vamos chamar para depor os indivíduos já identificados e os que ainda serão - disse Thiers.

O depoimento de Castanheira durou cerca de três horas. Ele levou à delegacia um pen drive no qual registrou algumas das ameaças que recebeu pela internet.

PARIS 2024

Atletas de MS conquistaram 5 medalhas para o Brasil nas Paralímpiadas

Os sul-mato-grossenses ajudaram a delegação brasileira a terminar na 5ª colocação do quadro geral de medalhas

08/09/2024 18h51

Sul-mato-grossenses Yeltsin Jacques e Fernando Rufino se consagraram bi-campeões na paralímpiadas de Paris 2024

Sul-mato-grossenses Yeltsin Jacques e Fernando Rufino se consagraram bi-campeões na paralímpiadas de Paris 2024 Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

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No decorrer das paralímpiadas de Paris 2024, atletas sul-mato-grossenses conquistam cinco medalhas para o Brasil, ajudando a bater os recordes de medalhas conquistadas pela delegação brasileira, que colocaram o país pela primeira vez entre os cinco melhores do mundo.

Das cinco medalhas conquistadas por atletas do Mato Grosso do Sul, duas foram de ouro, uma é de prata e as outras duas são de bronze. 

No último dia de paralímpiada, neste domingo (8), Fernando Rufino, sul-mato-grossense nascido em Eldorado, conquistou a medalha de ouro na paracanoagem, na prova de 200 metros da classe VL2 (canoa, em que se usa tronco e braços na remada).

O "Cowboy de Aço", como é conhecido, completou o percurso em 50s47, estabelecendo o novo recorde dos Jogos. Rufino conquistou o bi-campeonato, já que o atleta também foi medalhista de ouro nesta mesma prova nos Jogos Paralímpicos de Toquio 2020.

O ouro de Rufino também foi a 25ª medalha dourada do país, a última conquistada pelo comitê paralímpico brasileiro que marca o histórico 5º lugar no quadro geral de medalhas.

Rufino também disputou nas paralímpiadas a prova dos 200m no kaiaque, terminando nesta categoria na sexta colocação.

Outro sul-mato-grossense que se destacou nas paralímpiadas foi o campo-grandense Yeltsin Jacques, que conquistou o ouro nos 1.500m e o bronze no 5.000m na classe T11 (atletas cegos) no atletismo.

Na prova dos 1.500m, Yeltsin se tornou bi-campeão paralímpico, batendo o seu próprio recorde que foi atingido nas paralímpiadas de Toquio.

Yeltsin e o guia Guilherme Ademilson concluíram a prova de Paris em 3m55s82. Na prova de Tóquio 2020, Yeltsin realizou o percurso em 3m57s60.

MEDALHISTAS INÉDITOS

No salto em distância, o douradense Paulo Henrique dos Reis, competiu nas paralímpiadas pela primeira vez em Paris, e logo na sua estreia o sul-mato-grossense conquistou a medalha de bronze.

Paulo dos Reis alcançou o feito no sábado (7), quando atingiu a marca de 7.20m, a sua melhor marca da temporada na classe T13.

A judoca Érika Cheres Zoaga, nascida em Guia Lopes da Laguna e criada em Campo Grande, também estreou nos Jogos Paralímpicos conquistando medalha, Érika foi medalhista de prata na categoria de +70kg no judo da classe J1 (cegos totais).

Érika disputou três lutas nas paralímpiadas, vencendo nas quartas de final a venezuelana Sanabria Alcala, nas semifinal passou pela turca Nazan Akin, e na final da categoria, perdeu a luta para a ucraniana Anastasiia Harnyk.

BRASIL NA PARALÍMPIADAS 2024

A delegação brasileira bateu o recorde de medalhas, com 89 pódios conquistados, alcançando o maior número de ouros em paralímpiadas, com 25, e terminando em quinto lugar no quadro geral dos Jogos.

Até então, a melhor campanha do Brasil tinha sido nos Jogos de Tóquio 2020, com 22 medalhas de ouro e um total de 72 pódios, fechando na sétima posição.

Com isso, o objetivo do Comitê Paralímpico Brasileiro para as Paralimpíadas de Paris foi alcançado, de atingir sua melhor campanha e alcançar pela primeira vez o top 5 da competição, se firmando com uma das cinco maiores potências paralímpicas do mundo.

SAIBA

Terminando os Jogos com chave de ouro, Fernando Rufino foi o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas de Paris-2024, ao lado da nadadora Carol Santiago.

PARAOLIMPÍADAS 2024

De MS, Rufino conquista o outro na canoagem em prova com dobradinha brasileira

Fernando Rufino conquistou o ouro e Igor Tofalini a prata

08/09/2024 13h30

Fernando Rufino comemora ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Fernando Rufino comemora ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 Marcello Zambrana/CPB

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O Brasil garantiu uma dobradinha na prova dos 200 metros da classe VL2 (para atletas que usam tronco e braços na remada) com a conquista, neste domingo (8), da medalha de ouro com o sul-mato-grossense Fernando Rufino e a prata com o paranaense Igor Tofalini.

 

 

Fernando completou a prova em 50s47, melhor tempo na história dos Jogos, conquistando o bicampeonato paralímpico (ele foi ouro na mesma prova nos Jogos de Tóquio). Já Tofalini fez 51s78 e ficou com o segundo lugar, em chegada emocionante contra o norte-americano Blake Haxton, bronze com o tempo de 51s81.

“Galera de casa, minha família de Itaquiraí [cidade do Mato Grosso do Sul], o meu Brasil, que eu representei, remaram todos juntos. Eu carrego uma bandeira verde e amarela. Então aqui ainda não temos a dimensão, porque a alegria que vou receber depois será maior do que a emoção que estou vivendo aqui hoje”, declarou o campeão paralímpico.

 

 

 

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