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Bia Haddad exagera nos erros, leva 'pneu' e cai na estreia do WTA de Roma diante de 'freguesa'

Em dia no qual nada deu certo, foram apenas 76 minutos de jogo para Bia Haddad e impressionantes seis serviços quebrados

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Beatriz Haddad Maia está fora da disputa de simples do WTA 1000 de Roma. A tenista brasileira voltou a acumular muitos erros em uma partida e acabou amargando nova queda na estreia, desta vez diante da então "freguesa" Marie Bouzková, da República Checa, de quem jamais havia sido batida em quatro encontros no circuito. Com semblante fechado e pouco vibrante, a 22º do mundo levou um pneu no primeiro set (6/0) e deu adeus com 6/3 na parcial seguinte.

Em dia no qual nada deu certo, foram apenas 76 minutos de jogo para Bia Haddad e impressionantes seis serviços quebrados. Para piorar, a brasileira jamais conseguiu colocar a oponente em dificuldade por causa da falta de precisão nos golpes. Exagerando na força, mandou muitas bolas para fora em lances no qual tinha o domínio.

A adversária da checa na terceira rodada será a experiente Naomi Osaka. A japonesa viu a espanhola Paula Badosa desistir da competição e sofreu para ganhar da lucky loser Viktorija Golubic, da Suíça, em três sets, parciais de 2/6, 7/5 e 6/1.

Bia Haddad entrou na quadra 14 motivada por ter acabado com a "maldição da estreia" no WTA de Madri, quando ganhou da norte-americana Bernarda Pera após nove derrotas seguidas em primeiros jogos na temporada. Pela frente, uma rival da qual costumava se dar bem e conhecia muito após formarem breve parceria.

A brasileira vinha de quatro triunfos seguidos diante da checa, todos por 2 a 1: nas quartas em Monterrey (2022), na segunda rodada em Abu Dabi e em Eastbourne (ambos em 2023), além da estreia no Canadá (2024). O retrospecto era grande motivo para aumentar o entusiasmo. Mas o começo de jogo, com semblante fechado e excesso de erros, transparecia o contrário.

Nada dava certo para Bia Haddad, travada em quadra, com pouca movimentação e acumulando erros não-forçados. A falta de paciência ficou evidente no fechamento do quarto game.

Bia atacou e foi à rede para deixar a parcial igual, mas bateu forte, para fora. Os erros no começo de jogo a deixaram com desvantagem de 4 a 0.

Sem jamais esboçar reação e pouco vibrante, a número 22 do mundo acabou perdendo a parcial "sem jogar" e um humilhante pneu: 6 a 0. A pouca torcida na quadra até tentava levantar seu moral, mas as falhas nas pancadas continuaram logo na largada da parcial seguinte.

Apenas devolvendo as bolas na quadra, Bouzková via a rival exagerar nos golpes e a presenteá-la com seguidos pontos. E mais uma vez o serviço acabou quebrado. O córner conversava com Bia Haddad tentando acalmá-la.

Sob "olê, olê, olá, Bia, Bia", a brasileira teve um 15 a 30 no saque da oponente, enfim ficando em vantagem em um game. Foram sete parciais vencidas pela checa sem a brasileira liderar um ponto. A chance de quebra, logo depois, porém, acabou desperdiçada com bola forçada para fora. Mesmo assim ela não desistiu e buscou o empate por 1 a 1 em dupla falta.

O brasileira assumiu a liderança do placar ao confirmar o serviço e "vibrar" com o 2 a 1. Estava, com muito sacrifício, de volta ao jogo. Quando parecia embalar na partida, com 3 a 3 no placar, Bia voltou a oscilar no serviço, contudo, e permitiu quebra de zero com uma dupla falta e três bolas para fora. Sem pontuar mais, deu adeus em nova quebra e 6/3.

SWIATEK ARRASA E PEGULA LARGA BEM

Buscando redenção em uma temporada até então ruim, a polonesa Iga Swiatek largou bem em Roma. Com seu tradicional jogo agressivo, a segunda favorita arrasou a local Elisabetta Cocciaretto em somente 54 minutos, parciais de 6/1 e 6/0. Agora ela desafia a norte-americana Danielle Collins, no sábado.

Outras favoritas a jogar nesta quinta-feira também se deram bem. A norte-americana Jessica Pegula, terceira cabeça de chave na Itália, passou pela compatriota Ashlyn Krueger em sets diretos, parciais de 6/4 e 6/2. A rival da segunda fase será a belga Elise Mertens.

Principal nome dos italianos, Jasmine Paolini (6ª) encarou a australiana Lulu Sun e garantiu a festa da torcida com 6/4 e 6/3 Pela frente, ela terá a tunisiana Ons Jabeur, que avançou com W O.

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FEITO HISTÓRICO

Atleta se torna o 1º de MS a ingressar na Marinha graças ao Taekwondo

A cerimônia de formatura aconteceu no tradicional Centro de Educação Física Almirante Newton Braga (CEFAN), no Rio de Janeiro

21/05/2025 11h45

Luiz Felipe Aquino é o primeiro sul-mato-grossense a ingressar na Marinha do Brasil através do Taekwondo

Luiz Felipe Aquino é o primeiro sul-mato-grossense a ingressar na Marinha do Brasil através do Taekwondo Foto: Divulgação

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Com medalhas em torneios estaduais, nacionais e internacionais, o sul-mato-grossense Luiz Felipe Aquino, de 20 anos, conquistou outro feito histórico: o primeiro do estado a ingressar na Marinha do Brasil através do Taekwondo.

Na semana passada, a formatura do jovem atleta aconteceu no Centro de Educação Física Almirante Newton Braga (CEFAN), no Rio de Janeiro. Em postagem nas redes sociais, Luiz compartilhou a realização e descreveu a sensação de entrar na Força Naval brasileira.

“Vestir essa farda é mais do que uma honra. É carregar nos ombros a responsabilidade de representar uma instituição centenária, feita de valores que eu aprendi a viver: honra, coragem, lealdade”, disse o sul-mato-grossense.

Ainda, agradeceu às pessoas que estiveram presentes durante sua jornada, tanto na vida pessoal quanto no esporte. “Não cheguei aqui sozinho. Trago comigo a força da minha família, o apoio dos meus mestres, o incentivo dos amigos e a inspiração de todos que acreditaram em mim mesmo quando eu duvidei de mim mesmo. Obrigado, Deus. Obrigado, Brasil. Obrigado, taekwondo”.

Ao Correio do Estado, Fábio Costa, treinador de Luiz, disse que a conquista de entrar nas Forças Armadas é fantástica, já que além dele representar a Marinha nos Jogos Militares, "ele passa a ter um recurso a mais para poder estar disputando as competições internacionais".

Ainda, completou que o foco está voltado para o Rio Open, que acontece no início de junho. Para isso, os treinos seguem de segunda a sexta, das 17h até às 22h, e nos sábados de manhã.

Passado, presente e futuro

Nos últimos anos, Luiz se acostumou a carregar muito peso no pescoço devido às medalhas conquistadas em competições. Por exemplo, em 2024, foi prata no II Panamericano Séries Sub-22, disputado em Lima, no Peru, e ouro nos Jogos Universitários Brasileiro (JUBs), na categoria até 63 kg para faixas pretas.

Já neste ano, em fevereiro, ficou em segundo lugar no US Open de Taekwondo 2025, em Reno, Nevada, nos Estados Unidos. Além das conquistas, o atleta é titular da seleção brasileira e, caso siga garantindo boas colocações nas competições, poderá representra o Brasil nas próximas olimpíadas, que será em Los Angeles, em 2028.

"[As expectativas] são as melhores. Nós quase nos classificamos para as Olimpíadas de Paris, fizemos que era para fazer e, por uma questão de escolha, não fomos escolhidos. Agora, começa esse novo ciclo e a gente tem um tempo aí para trabalhar e conseguir um bom resultado para classificar ele para as próximas Olimpíadas", afirmou seu treinador Fábio Costa.

Em agosto do ano passado, após o fim de Paris-2024, o Correio do Estado listou atletas sul-mato-grossenses que podem entrar no ciclo olímpico nos próximos quatro anos para disputarem vagas no Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que representará o Brasil em Los Angeles 2028. Para conhecê-los, clique aqui.

Homenagem

Nesta segunda-feira (19), atletas que representam a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em competições de alto rendimento, incluindo Luiz, receberam menção honrosa, durante cerimônia de abertura do 7º Festival Mais Esporte.

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MAIS UMA

Árbitra de MS é pivô de polêmica em eliminação de gigante da Série A na Copa do Brasil

Daiane Muniz, afastada de "jogos grandes" pela CBF há 45 dias por erro crasso no Brasileirão, voltou a atuar nos maiores palcos do futebol brasileiro justamente nesta terça-feira (20)

21/05/2025 09h45

Daiane Muniz, de 36 anos, é três-lagoense e árbitra de futebol

Daiane Muniz, de 36 anos, é três-lagoense e árbitra de futebol Foto: Reprodução/Instagram

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Afastada de grandes jogos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no final de março, a três-lagoense Daiane Muniz se envolveu em outra polêmica, desta vez em partida decisiva pela Copa do Brasil, entre Grêmio e CSA-AL, na noite desta terça-feira (20).

Após perder por 3 a 2 no jogo de ida, em Alagoas, o Grêmio precisava vencer em seus domínios por, no mínimo, um gol de diferença para levar o confronto para os pênaltis. Porém, o lance central da partida aconteceu aos 43 minutos do segundo tempo.

Em escanteio cobrado pela esquerda, a bola bate e rebate na área e sobra para Aravena mandar para o fundo das redes. Mas, contendo a euforia gremista, o árbitro Matheus Candançan anulou o gol, entendo que houve falta do zagueiro Kannemann em um dos jogadores do CSA.

Revoltado com a marcação, o defensor argentino exigiu a revisão do lance no árbitro de vídeo. Daiane Muniz, responsável pelo VAR da partida, recomendou a Candançan que olhasse novamente a suposta falta, para auxiliar o colega com outros ângulos do momento. Mesmo assim, o árbitro paulista resolve manter a decisão de campo, anulando o gol. Veja o lance:

 

 

A partir daí, os jogadores gremistas se indignaram e cercaram o árbitro, que ao ser peitado por Arezo, expulsou o centroavante. Após o apito final, o CSA comemorou vaga nas oitavas de final da competição, enquanto uma sequência de protestos da equipe gaúcha começou.

No gramado, o vice-presidente Eduardo Magrisso sacou uma cédula de R$ 2 da carteira e jogou em direção ao árbitro Matheus Candançan, que posteriormente foi encontrada jogada no campo. Nos corredores, protegido pelos policiais, o juiz também ouviu manifestações do diretor de futebol Guto Peixoto.

Ainda, após toda a confusão, o atacante Pavon, acompanhado do vice de futebol Alexandre Rossato e do advogado Jorge Petersen, compareceu ao Juizado Criminal da Arena por ter tentado cuspir na cara do árbitro e acertar um policial.

Na manhã desta quarta-feira (21), a CBF divulgou o áudio da equipe de arbitragem durante o lance, para entender o que levou Candançan a confirmar a decisão de campo. Confira o diálogo entre o árbitro e Daiane:

Árbitro de campo: "A decisão do campo é falta aqui. A decisão é falta em um primeiro momento".

VAR: "Eu preciso entender o lance. Tem um jogador do Grêmio que está indo em direção a bola e os dois se chocam..."

Árbitro de campo: "Tem um tranco aqui e depois no goleiro também. Inclusive, tem até um corte na boca...para mim tem um empurrão nas costas".

VAR: "Sim, sim, o jogador do Grêmio tem um tranco nas costas do adversário, o braço é do próprio companheiro. Porém, existe sim o tranco do jogador do Grêmio. O tranco é dele, do próprio Kannemann. Matheus, venha na área rever a situação. Existe essa disputa. É no Kannemann. Existe uma disputa onde o Kannemann vai para frente, o defensor vai para trás e eles se chocam. O braço, do qual sangra, é do próprio jogador de branco".

Árbitro de campo: "Existe um tranco aí, o cara não consegue subir".

VAR: "OK, perfeito, existe esse impacto".

Daqui algumas horas, a entidade deve soltar uma nota com uma conclusão sobre o lance e, caso seja entendido que houve erro por parte da arbitragem, os envolvidos poderão ser afastados por tempo indeterminado, incluindo Daiane.

Desde de seu afastamento, no dia 7 de abril, a sul-mato-grossense participou de outros cinco jogos, todos de menor expressão, como Série B e C do Brasileiro e campeonatos de base.

Na geladeira...

Como dito nesta reportagem, Daiane foi afastada pela entidade máxima do futebol brasileiro, após a três-lagoense cometer erro crucial na partida entre Internacional (RS) e Cruzeiro (MG), atuando como VAR, no dia 6 de abril.

Com apenas 20 minutos de partida, o zagueiro Jonathan Jesus, da equipe mineira, foi expulso por, no entendimento do árbitro, impedir uma chance clara de gol.

Daiane Muniz, responsável pela cabine do VAR nesta ocasião, concordou com a decisão de campo do árbitro Marcelo de Lima Henrique, mantendo a expulsão.

Obviamente, a medida dificultou ainda mais o lado cruzeirense no jogo, que atuou por mais de 70 minutos com um jogador a menos. No final, o Internacional venceu sem sustos, por 3x0, e a equipe do Cruzeiro saiu muito irritada com a arbitragem, em especial com o VAR.

"Quase todos os jogos somos prejudicados pelo VAR, então para quem se paga o VAR? Se tem a tecnologia, é para ser usado. Eu não sei qual a intenção do juiz, eu não posso julgar a pessoa, mas é muito lamentável o que aconteceu com a gente aqui hoje. Na realidade, acabou com o jogo", afirmou Pedro Lourenço, dono da SAF do clube e único representante cruzeirense na entrevista pós-jogo.

O atacante Gabigol, um dos principais nomes do elenco mineiro, também se pronunciou, afirmando que a CBF se preocupa mais com o jogador subir na bola do que com as atuações dos árbitros, em referência ao ofício emitido pela entidade do qual proíbe que um atleta suba na bola durante uma partida, atitude passível de cartão amarelo caso a ação seja realizada.

Diante da polêmica, no dia seguinte, a entidade emitiu uma nota determinando o afastamento da equipe de arbitragem deste jogo e também nos envolvidos na partida entre Sport (PE) e Palmeiras (SP), outra marcada por erros que influenciaram diretamente no resultado final, admitindo que houve "equívocos cometidos pelos profissionais", baseando-se no Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI).

História

Árbitra FIFA desde 2018, Daiane iniciou sua carreira no Campeonato Sul-mato-grossense em junho de 2014, inclusive foi a primeira mulher a ser árbitra principal no estadual, no jogo entre Corumbaense e Maracaju, em 2020, mas mudou-se para São Paulo logo depois, tanto que hoje faz parte do quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF).

A partir deste momento, ganhou reconhecimento nacional e comandou o VAR em vários jogos da primeira divisão nacional e chegou até a Copa do Mundo Feminina de 2023, disputada na Austrália, onde ela também trabalhou como assistente de vídeo.

No ano passado, ela também esteve no quadro de árbitros para comandar o VAR em Paris, durante a realização dos Jogos Olímpicos, chegando a apitar a final masculina, entre Espanha e França, e a disputa de bronze no feminino, entre Espanha e Alemanha. 

Ainda, atuou na Copa do Mundo Feminina sub-17, onde também apitou a final, disputada entre Coreia do Norte e Espanha.

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