Esportes

COPA AMÉRICA 2019

Bolsonaro tenta capitalizar título do Brasil no Maracanã

Presidente foi atração à parte em final contra Peru

ESTADÃO CONTEÚDO

08/07/2019 - 13h13
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O presidente Jair Bolsonaro tentou fazer da final da Copa América neste domingo, 7, no Maracanã, um teste de popularidade do seu governo. Após a vitória do Brasil sobre o Peru (3 a 1), Bolsonaro participou da premiação das seleções e atletas no gramado do estádio. Recebeu um misto de vaias e apoios ao adentrar e sair do campo.

A agenda no Maracanã foi mais um episódio em que o presidente brasileiro buscou vincular seu governo a um apoio popular. Bolsonaro havia dito que pretendia ir ao gramado acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após ser questionado sobre mensagens atribuídas ao ex-juiz e a procuradores da Lava Jato divulgadas pela revista Veja, em parceria com o site The Intercept Brasil. "O povo vai dizer se nós estamos certos ou não", afirmou Bolsonaro na sexta-feira passada.

Segundo o Palácio do Planalto, o presidente viajou na tarde do domingo para o Rio com uma comitiva bem maior: nove ministros no total - além de Moro, estava entre eles o titular da Economia, Paulo Guedes. Também estavam lá dois dos seus filhos e deputados aliados. 

Havia a expectativa de que Bolsonaro entregasse a taça de campeão ao capitão brasileiro, o lateral Daniel Alves, mas o presidente participou somente da entrega de medalhas. Ele, porém, se integrou aos jogadores e membros da comissão técnica e tirou foto com o troféu nas mãos. Alguns jogadores e membros da delegação fizeram um coro de "mito", como os mais fiéis seguidores de Bolsonaro costumam se referir a ele. Depois, a comitiva presidencial foi vaiada quando caminhou pelo gramado rumo ao túnel de saída. 

Durante a premiação, Bolsonaro cumprimentou os jogadores da seleção brasileira, e a torcida não reagiu - os aplausos surgiam a cada atleta anunciado, e, aparentemente, não se referiam ao presidente nem aos ministros e parlamentares.

Ao longo do jogo, também não houve reação da plateia a Bolsonaro e sua comitiva. Os políticos chegaram quando a cerimônia de encerramento da competição, realizada antes da partida, já havia começado. As redes sociais do presidente publicaram vídeos e fotos. Em um deles, Bolsonaro comemora um dos gols da seleção e levanta o braço de Moro. 

Alvo de uma série de reportagens sobre mensagens atribuídas a ele e procuradores da Lava Jato, o ministro da Justiça já havia acompanhado o presidente no estádio Mané Garrincha, em Brasília, para ver CSA x Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. 

'Interferência'

Sem a companhia de Moro, Bolsonaro esteve na semana passada no Mineirão, onde assistiu à semifinal entre Brasil e Argentina, vencida pela equipe brasileira por 2 a 0. Antes da partida, o presidente se reuniu com Neymar, que havia sido cortado da seleção por lesão.

Bolsonaro deixou a área reservada à sua comitiva e desceu ao gramado do estádio. O presidente passou perto da arquibancada, pegou uma bandeira entregue por torcedores, a agitou e depois a devolveu. O Mineirão se dividiu entre vaias e aplausos, e Bolsonaro disse que as vaias eram dirigidas à seleção da Argentina, que havia voltado ao campo. 

Após a semifinal, a Federação de Futebol da Argentina (AFA) formalizou uma reclamação à Conmebol, entidade organizadora da Copa América, em que classificou a passagem de Bolsonaro pelo gramado como uma "interferência política". A entidade, no entanto, considerou normal a atitude do presidente.

Neste domingo havia também a expectativa de que ele repetisse a atitude na partida semifinal e entrasse no gramado durante o intervalo, o que não ocorreu. 

Antes, quando comemorou o primeiro gol do Brasil, o presidente sofreu um escorregão ao levantar da poltrona em que estava, mas não chegou a cair. As informações são do jornal O Estado de S Paulo.

A voz marcante

Morre Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo brasileiro, aos 92 anos

Conhecido em todo o Brasil pela voz marcante, apresentador havia recebido diagnóstico de câncer no pâncreas há dois dias

19/01/2025 15h30

Reprodução: TV Globo

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Morreu neste domingo (19), aos 92 anos, João Baptista Bellinaso Neto, popularmente conhecido como Léo Batista, um dos grandes nomes do jornalismo esportivo brasileiro. Ele estava internado no Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, desde o dia 6 deste mês.

Inicialmente, apresentou quadro de desidratação e dor abdominal. Na última sexta-feira (17), foi diagnosticado com tumor no pâncreas. Dois dias após o diagnóstico, o apresentador morreu no hospital.

Nascido no dia 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, município do interior paulista, Léo Batista marcou gerações e a história do jornalismo esportivo brasileiro. Foram quase 80 anos de carreira, e sua voz única "tomou conta" da TV Globo por mais de cinco décadas.

Apaixonado pela profissão, fez participações nos programas esportivos da emissora até o dia 26 de dezembro do ano passado.

Início da carreira

A carreira de Léo Batista começou quando ele tinha apenas 15 anos. A voz marcante desde cedo possibilitou que ele conseguisse um emprego no serviço de alto-falante de Cordeirópolis, cidade onde cresceu.

Depois, ao se mudar para Birigui, também no interior paulista, entrou para a Rádio Clube da cidade, onde começou a transmitir jogos de futebol.

Em outra mudança, foi para Piracicaba, antes de firmar no Rio de Janeiro - onde começou a trabalhar na Rede Globo, no ano de 1952. Foi em terras cariocas que o jornalista adotou o nome "Léo Batista", e abandonou o utilizado anteriormente, "Bellinaso Neto".

Em 1955, surgiu oportunidade de Léo Batista atuar na televisão, e ele migrou para a TV Rio. Mesmo nas telinhas, não abandonou as outras áreas da comunicação, atuando também como apresentador de lutas de boxe.

Antes de chegar à Globo, em 1970, teve passagem pela TV Excelsior. Na principal emissora do país, Léo Batista foi precursor de quase todos os programas esportivos, tendo participado do surgimento do Esporte Espetacular, em 1973, e do programa Copa Brasil, que posteriormente virou o Gobo Esporte, em 1978.

Fora do esporte, Léo Batista apresentou o Jornal Nacional, substituindo o apresentador Cid Moreira, e sendo contratado em definitivo logo em seguida; o Jornal Hoje, programa em que foi o primeiro apresentador, em 1971; também apresentou o Globo Rural e desfiles do Carnaval carioca.

No Fantástico, programa que encerra os domingos da TV Globo, começou anunciando resultados da loteria esportiva. Depois, comandou o quadro Gols do Fantástico. Foi ali que Léo Batista se consolidou como voz marcante dos gols do futebol brasileiro, ao narrar e descrever de forma única cada um. A experiência o levou ao show do intervalo e ao Baú do Esporte.

Voz de momentos históricos

Léo Batista foi quem comunicou ao povo brasileiro acontecimentos como o suicídio de Getúlio Vargas, ocorrido em 1954, enquanto ele atuava na Rádio Globo.

Em 1994, já na TV Globo, foi ele quem anunciou a morte de Ayrton Senna, poucas horas após o acidente que vitimou o piloto, em Ímola, na Itália.

O jornalista se destacou e consolidou no cenário esportivo, cobrindo Copas do Mundo, Olimpíadas e a Fórmula 1. Além da voz, também foi o rosto dos principais programas da Globo.

Série sobre a vida de Léo Batista

No Globo Play, serviço de streaming da Rede Globo, é possível assisitir a série documental "Léo Batista, a Voz Marcante", lançada em junho de 2024.

Com informações de GE.

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Judô

Brasil bate EUA em disputa por equipes, 1ª após bronze em Paris

Desafio Mano a Mano serve de preparação para 1º Grand Slam do ano

19/01/2025 14h15

MIRIAM JESKE/COB

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O judô brasileiro sobrou diante da seleção dos Estados Unidos neste domingo (19), no Desafio Mano a Mano, competição amistosa realizada no galpão do Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Com atuações impecáveis, apesar do calor em torno dos 37 graus, Ketleyn Quadros (63 quilos), Rafael Macedo (90 kg), Leonardo Gonçalves e Rafaela Silva garantiram vitória do Brasil por 4 a 0, não sendo necessária a disputa dos dois duelos restantes previstos inicialmente.

O quarteto integrou a equipe mista brasileira medalhista de bronze nos Jogos de Paris. O Mano a Mano serve de preparação para a estreia do Brasil no Gand Slam de Paris, nos dias 1º e 2 de fevereiro, competição que abre o circuito mundial da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigal em inglês).

A brasiliense Ketleyn Quadros, primeira mulher medalhista olímpica do país em esportes individuais (bronze em Pequim 2008), abriu a competição contra a norte-americana Emily Jaspe, na categoria até 63 kg. A brasileira dominava o embate e selou a vitória após a adversária ser desclassificada após somar três punições dos juízes.

Na sequência, o paulista Rafael Macedo levou a melhor sobre John Jayne na categoria até 100 kg, ao aplicar um ippon no adversário, garantindo o segundo trunfo do Brasil no Desafio. Quem também ganhou por ippon foi o paulista Leonardo Gonçalves no duelo contra Geronimo Sauceo.

A carioca Rafaela Silva, que subiu para a categoria até 63 kg após Paris 2024, cravou a quarta vitória do país, com direito a ippon sobre Carrouth Karlle. Na categoria anterior (57 kg), Rafaela conquistou o ouro na Rio 2016 e foi bicampeã mundial (2013 e 2022).

Como a vantagem do Brasil no placar, dois combates inicialmente programados foram cancelados: Jessica Pereira teria pela frente Angélica Delgado pela categoria até 57kg; e o novato Chrystian Silva lutaria com Christopher Velazco nos 60 kg.

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