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Boxe e handebol salvam
o dia do Brasil

Boxe e handebol salvam
o dia do Brasil

terra

31/07/2012 - 00h00
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O Brasil não viveu um dia dos mais felizes nos Jogos Olímpicos de Londres nesta segunda-feira. Com vitórias apenas no boxe, vôlei de praia e handebol, o País teve passagens ruins em outras modalidades, como vôlei feminino, canoagem, natação, vela e até no judô, que já rendeu duas medalhas. E o esporte ainda viveu um de seus momentos mais polêmicos com a eliminação da brasileira Rafaela Silva, que foi acusada de aplicar um golpe ilegal, chorou e até bateu boca com internautas no Twitter.

Rafaela acabou eliminada da categoria dos leves (até 57 kg) após aplicar um golpe considerado ilegal há pouco tempo - o fim do ataque direto com as mãos na perna do adversário ocorreu para preservar o estilo mais clássico da luta.

O erro da brasileira só foi apontado pela arbitragem depois de revisão pedida pelos árbitros laterais. Emocionada, a atleta precisou ser consolada pela adversária, a húngara Hedvig Karakas, e ainda se irritou posteriormente nas redes sociais com internautas que a xingavam.

Derrotas em outros esportes marcam segunda-feira

O Brasil também viveu reveses em outras modalidades ao longo do dia. Primeiro no vôlei feminino - onde a Seleção é uma das favoritas -: as meninas do time verde e amarelo sucumbiram frente ao forte time dos Estados Unidos, no que foi uma reedição da decisão olímpica de 2008 e também do Grand Prix de Vôlei Feminino desse ano. A equipe brasileira perdeu por 3 sets a 1, com parciais de 25/18, 25/17, 22/25 e 25/21.

 

Já na natação, Leonardo de Deus e Kaio Márcio não conseguiram se classificar para a semifinal dos 200 m borboleta, enquanto Joanna Maranhão ficou de fora da disputa por uma medalha na prova dos 200 m medley, ao ficar com a penúltima colocação entre 16 semifinalistas durante as semifinais da natação feminina, no Centro Aquático de Londres.

Em outros esportes aquáticos, como canoagem e vela, a mais jovem atleta da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, Ana Sátila, 16 anos, fez o 13º tempo na segunda volta das eliminatórias do Torneio Olímpico da canoagem slalom no caiaque, mas ficou a 1s6 de uma posição na semifinal.

Já na vela, a competição da categoria Laser masculina teve início com Bruno Fontes fechando a segunda regata na segunda colocação. Enquanto isso, a dupla brasileira da classe Star de vela, formada por Robert Scheidt e Bruno Prada, terminou em sexto lugar, resultado que somado ao nono posto na regata disputada nesta manhã deixou os brasileiros caírem para o quarto lugar na classificação geral, com 20 pontos.

Por fim, no basquete, depois de um apagão no último jogo, a Seleção Brasileira feminina realizou uma boa apresentação diante da Rússia. Mesmo assim, saiu derrotada por 69 a 59, no que foi o segundo revés brasileiro na modalidade, o que complica as chances de classificação no Grupo B.

Vitórias em outros esportes "salvam" o dia

Em contrapartida, três modalidades não deixaram o dia terminar "no vermelho". No vôlei de praia, por exemplo, duas vitórias: com os brasileiros Ricardo e Pedro Cunha, que conseguiram a segunda vitória no torneio masculino olímpico ao bater os britânicos Steve Grotowski e John Garcia-Thompson por 2 sets a 0, com parciais de 21/17 e 21/12, enquanto Juliana e Larissa não tiveram problemas para bater as alemãs Katrin Holtwick e Ilka Semmler por 2 sets a 0, com 21/18 e 21/13.

No boxe, a mesma coisa: dois triunfos. O brasileiro Julião Henriques Neto se classificou para as oitavas de final no peso mosca ao superar o norte-coreano Jong Chol Park, na Excel North Arena 2. Yamaguchi Falcão, filho do lendário Touro Moreno, por sua vez, garantiu classificação às oitavas pela categoria até 81kg ao derrotar o indiano Sumit Sangwan por 15 a 14.

O handebol feminino encerrou as vitórias do dia ao triunfar, em jogo equilibrado, diante de Montenegro, em seu segundo duelo pelo Grupo A. A Seleção somou sua segunda vitória ao vencer em placar apertado no Copper Box: 27 a 25.

IGNORADA?

Abandonada pela CBF, Campo Grande permanece sem esperanças de receber jogo da seleção

Depois da Copa do Mundo no Brasil, a canarinho jogou 39 das 41 partidas em municípios que foram sedes daquele torneio, com apenas Belém e Goiânia como "foras da curva"

11/06/2025 10h30

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021 Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Na estreia de Carlo Ancelotti em território tupiniquim, o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0, Neo Química Arena, em São Paulo, para mais de 46 mil torcedores, e reforçou a tendência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em escolher cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 como casas da seleção brasileiro pós-Mundial no país.

Em outubro de 2009, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, o Estádio Morenão, em Campo Grande, recebeu o jogo entre Brasil e Venezuela, partida que terminou empatada sem gols. Quase 16 anos depois, a seleção brasileira não voltou a atuar em território sul-mato-grossense, e mantém a capital do estado pantaneiro sem esperanças de voltar.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, o Brasil fez 41 partidas “em casa” de 2015 a 2024, mas 95% delas foram em cidades que sediaram estádios para a Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em terras brasileiras. Apenas dois municípios fugiram do padrão e conseguiram sediar uma partida da seleção sem ter participado daquele Mundial: Belém (PA) e Goiânia (GO).

Esses números reforçam a tendência da CBF em utilizar arenas modernas, algumas construídas exclusivamente para a Copa de 2014, como é o caso da Neo Química Arena, palco da abertura daquele Mundial. Inclusive, desde então,o estádio do Corinthians recebeu quatro partidas da seleção brasileira, empatado com o Maracanã na “liderança”.

Outro dado que contribui para a entidade máxima do futebol brasileiro tomar essa posição é justamente o sucesso de venda de ingressos, mesmo sendo colocados a preços caros e exagerados. Desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, essa é a maior média de público em jogos da seleção, com 51 mil.

Especificamente no caso de Campo Grande, o único estádio que poderia comportar a seleção brasileira seria o Morenão. Mas, um dos espaços mais icônicos do futebol sul-mato-grossense está há mais de quatro anos sem receber uma partida profissional do campeonato local e com polêmicas que seguem sem soluções.

Em janeiro deste ano, durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense, Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), afirmou que a concessão ao Estado estaria nas tratativas finais. Porém, cinco meses depois ainda não há um acordo assinado entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o governo estadual, que seria por um período de 35 anos.

Por conta do descaso com o estádio e a má utilização do próprio para eventos esportivos ou de entretenimento, Campo Grande foi "deixada de lado" pela CBF e não deve voltar a receber partidas da seleção brasileira tão cedo.

À Folha de S. Paulo, Amir Somoggi, diretor da consultoria Sports Value, afirmou que a tendência da entidade é não colocar o Brasil em estruturas insuficientes e que não deem lucro, e por isso capitais e regiões brasileiras seguem sendo ignoradas pela canarinho.

“Qualquer estádio que seja escolhido hoje não será apenas por aspectos políticos. Vai ter também o aspecto econômico em primeiro lugar, quanto é possível faturar. Parece-me uma tendência irreversível, e quem não tiver estrutura não deverá receber mais jogos importantes", explicou Somoggi.

Tá complicado...

O processo de revitalização do Estádio Pedro Pedrossian seguiu ao longo destes três anos a passos lentos. Segundo o Governo do Estado, as obras foram divididas em três etapas, de estrutura e banheiros, parte elétrica e de acessibilidade e pânico para adequar o estádio às normas de segurança atuais. 

Em visitas na qual a reportagem do Correio do Estado realizou no local, foi observado que as rampas de acesso interno do gramado já estão concluídas e que os banheiros já foram reformados, sendo colocadas divisórias de mármore e até espelhos dispostos nas pias.

Já na entrada do estádio também foi pintado no chão indicativos de pista para corrida e caminhada, nos arredores do Morenão, além do escrito “Sou UFMS” pintado próximo à rampa principal.

Porém, na parte externa do Morenão, onde ficam as arquibancadas e o gramado do estádio, a situação é de total abandono.

Em uma das visitas, no inicio do ano passado, foi visto próximo ao gramado uma plantação de melancia, sinal claro que o Morenão não tem condições de receber nenhum evento esportivo.

Saiba

Durante a década de 90, Campo Grande recebeu duas partidas da seleção brasileira, ambas no Morenão. Em 1991, Brasil e Paraguai empataram em 1 a 1 em amistoso preparatório para a Copa América daquele ano.

Em dezembro de 1999, comandados por Vanderlei Luxemburgo, a seleção sub-23 enfrentou novamente os paraguaios em amistoso, e novamente ficaram no empate, desta vez por 3 a 3. Ao todo, 38 mil ingressos campo-grandenses assistiram o confronto.

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NOVOS RUMOS

Em busca de "milagre" na Série D, Operário anuncia novo técnico

Raphael Pereira foi anunciado na manhã desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa, e terá a difícil missão de tirar o Galo da última colocação de seu grupo

10/06/2025 12h15

Raphael Pereira, novo treinador do Operário

Raphael Pereira, novo treinador do Operário Foto: Felipe Machado/Correio do Estado

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Com a corda no pescoço na Série D do Campeonato Brasileiro, o Operário anunciou Raphael Pereira como novo treinador para o restante da competição.

Com apenas uma vitória em oito jogos, ele chega para substituir o bicampeão estadual Leocir Dall'Astra, que pediu demissão no último final de semana após quatro revés consecutivos na quarta divisão nacional.

Até agora, o Operário tem a segunda pior defesa da competição, com 16 gols sofridos, e o novo treinador disse que o primeiro passo para melhorar os resultados é parar de tomar gols, para então focar na eficiência ofensiva.

"Na verdade, a defesa começa no ataque, a gente vai organizar em bloco baixo. Porém, pessoal da frente e pressão precisa ser feita. Então, a gente vai tentar sincronizar os setores, os setores da equipe, para poder se estruturar e começar a iniciar a construção, a marcação, independente da altura da bola", reforçou Raphael.

Ainda, o novo treinador disse que, antes de qualquer mudança tática, há a necessidade de implementar novos ânimos na equipe, para restaurar a confiança dos jogadores, a fim de melhorar postura e comportamento dentro de campo, mesmo com tempo curto de trabalho até o próximo jogo.

Sobre a classificação para a próxima fase e o "milagre" que precisa fazer para conquistá-la, Raphael disse que só depende do Operário.

"Não depende de ninguém, depende só de nós, da nossa atitude, o que a gente quer ir. Vamos conversar com os jogadores, a gente sabe que o futebol não tem longo prazo, é curto prazo, é pra agora, a gente sabe que a gente precisa de resultado, e isso a gente tá ciente, os jogadores têm que estar cientes disso", afirmou.

Acerca de novas contratações, o novo treinador "desconversou" e disse contar com um elenco de bons jogadores, mas confirmou estar conversando com a diretoria para buscar soluções para setores do campo que estão sofrendo no departamento médico.

Neste próximo sábado (14), às 15h, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande, Raphael terá seu primeiro desafio como treinador do Operário, contra o Cascavel (PR), e convocou a torcida para ir em busca de uma vitória que pode reascender a chama do time na competição.

"Gostaria que dessem esse voto de confiança, eu sei que eles estão vindo, eu sei que estão apoiando e a gente não tá correspondendo. Apresentando bom futebol, apresentando vontade, disposição, e é isso que a gente pede para dar esse voto de confiança no sábado", disse o novo treinador.

Atualmente, o Operário ocupa a 8ª colocação do grupo G, com sete pontos conquistados. Já o Cascavel é o 3º, com 12 pontos. Lembrando que, apenas os quatro primeiros conseguem classificação para a fase de mata-mata da Série D.

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