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VÔLEI

Brasil vira contra a Rússia e vai à semifinal

Brasil vira contra a Rússia e vai à semifinal

terra

07/08/2012 - 13h25
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Em um grande jogo realizado nesta terça-feira, a Seleção Brasileira feminina de vôlei demonstrou sua habitual raça, não se abalou com a boa campanha do adversário na fase anterior e conseguiu ir buscar o placar adverso duas vezes e salvar seis matchpoints para virar e bater a temida Rússia por 3 sets a 2, com parciais de 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19. O duelo, realizado no ginásio Earls Court e válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres, rendeu à equipe verde e amarela vaga na semifinal da competição e ainda serviu para apagar o "trauma" do 24 a 19.

Foi na Olimpíada de 2004, em Atenas, que a "maldição" do 24 a 19 surgiu. Na ocasião, as brasileiras disputavam a semifinal contra a Rússia e, mesmo com algumas experientes veteranas na equipe, como Virna e Fernanda Venturini, Entretanto, foram incapazes de colocar uma bola no chão justamente em momento crucial da partida. O Brasil chegou a abrir 24 a 19 no quarto set e, com cinco bolas do jogo a seu favor, levou a virada e caiu no tie-break.

O espírito adquirido pela suada classificação, garantida apenas na última rodada, favoreceu à Seleção Brasileira no início do primeiro set. Bem armado na defesa, o time comandado por Zé Roberto conseguiu segurar a temida Rússia no início da parcial. O bloqueio da equipe nacional, eficiente no duelo, forçou o ataque adversário, o que gerou alguns erros de Ekaterina Gamova e Lioubov Sokolova, principais atacantes da formação europeia.

A liderança no marcador e a consistência, contudo, não deram uma grande vantagem à equipe brasileira. As russas mantiveram a regularidade até o final do primeiro set e abriram 1 a 0 justamente por essa diferença ofensiva. Sheilla recebeu na saída de rede e atacou para fora, confirmando a vitória das europeias por 26 a 24.

Os erros cometidos no final da parcial acabaram absorvidos pela equipe de José Roberto Guimarães. Rapidamente, a Seleção assumiu o controle da partida e do placar, muito em virtude da excelente atuação na defesa (bloqueio e recepção em contra-ataques).

Com o ¿paredão¿ bem armado, as atuais campeãs olímpicas novamente forçaram erros de Gamova e Sokolova, e caminharam tranquilamente para o empate em 25 a 22; apesar do início de uma reação russa quando o placar apontava 24 a 19 (o mesmo que marcou a queda da Seleção diante das adversárias na semifinal olímpica de 2004, em Atenas).

A Seleção começou melhor na terceira etapa, não dando espaços para Goncharova e Gamova armarem seu jogo. Com Jaque e Sheilla em parcial inspirada, o Brasil abriu vantagem de dois pontos, mas caiu de produção e viu as russas vencerem 16 dos demais 24 pontos, fechando o set em 25/19 e embalando rumo à vitória.

As russas seguiram melhor na sequência, com Perepelkina, Gamova e Goncharova comandando um início de set arrasador. Contudo, as brasileiras retomaram o foco, recuperaram o ânimo e passaram a dar ainda mais raça. Jaque e Thaisa tiveram bons momentos, comandaram a virada e levaram a disputa para os pontos finais, quando o bloqueio verde e amarelo fez a diferença e levou o duelo ao tie-break.

A última parcial começou disputada, mas as russas parecem ter sentido um pouco a derrota no set anterior. Com alguns erros de comunicação, as europeias - que venceram o time verde e amarelo no tie-break nos Mundiais de 2006 e 2010 - tropeçavam em si próprias e dava alguns pontos de graça ao Brasil, que seguia cada vez mais empolgado. Fabizona e Thaisa tinham atuação memorável, e comandavam o triunfo. Mesmo assim, o Brasil sofreu uma "pane" quando vencia por 13 a 10 e chegou a ter seis matchpoints contra antes de fechar de forma heróica em 21/19.

Agora, a Seleção Brasileira vai encarar o Japão na semifinal dos Jogos Olímpicos de Londres, em busca de uma vaga na decisão da modalidade. Do outro lado da chave, Itália, Coreia do Sul, Estados Unidos e República Dominicana disputam também a condição de finalista.

Esportes

"Caso Morenão" é debatido em audiência pública nesta terça-feira

Representantes da UFMS e do Governo do Estado pretendem "destravar" obras

16/06/2025 16h15

Estádio Morenão

Estádio Morenão Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Representantes do Escritório de Parcerias Estratégicas da Universidade Federal e do Governo compõem uma audiência pública nesta terça-feira (17) para atualizar a situação do processo de transferência do estádio e discutir os eventuais projetos relacionados ao espaço, sucateado há anos. 

Com processo de concessão a passos lentos, o pedido por audiência partiu do gabinete do deputado Pedrossian Neto (PSD). Considerado o maior estádio de Mato Grosso do Sul, o Morenão está "abandonado" há tempos e o gramado, se antes era plano, dá lugar a morros e terra e mato alto em determinados pontos.

"O Morenão, esse gigante, está interditado há anos. O futebol sul-mato-grossense definhando, enquanto o Cuiabá, nosso vizinho, brigando por uma vaga na série A. Se a gente não agir, vamos perder de vez esse patrimônio", lembrava Pedrossian em vídeo publicado em suas redes sociais em março deste ano. 

Ainda em 2021 houve o anúncio de R$ 9 milhões, feito pelo então governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com a promessa de que a reforma do estádio Morena iria finalmente sair do papel. 

Contudo, passada gestão do Executivo adiante, o titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), Marcelo Ferreira Miranda, afirmou ao Correio do Estado em setembro de 2023 que o Morenão ficaria pronto ao final de 2024. 

Participam da audiência o secretário da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte Cultura, Marcelo Miranda, o secretário de Governo, Rodrigo Perez, e o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha.

A ideia é reunir representantes da Universidade, do Governo do Estado e do Escritório de Parcerias Estratégicas para atualizar a situação do processo de transferência do estádio e discutir os eventuais projetos relacionados ao espaço.

Estádio histórico

Batizado de Estádio Universitário Pedro Pedrossian, em seu vídeo publicado em abril o deputado apresentou inclusive uma flâmula de inauguração do equipamento que leva o nome de seu avô, data de 07 de março de 1971. 

Registrada na tempo e memória por uma partida entre Flamengo e Corinthians, a qual teve vitória do time rubro-negro sobre o clube alvinegro, ali abriam-se os portões da história do estádio Morenão em Campo Grande. 

Se atualmente a seleção, sob o novo comando de Carlo Ancelotti, precisou vir ao Brasil para conquistar a vitória sobre o Paraguai na Neo Química Arena, a última vez que o campo-grandense pôde ver os ídolos da "amarelinha" está prestes a completar uma década. 

Foi em outubro de 2009, na última rodada das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2010, que o público presente no Morenão pôde assistir a partida entre Brasil e Venezuela. 

Com isso, a última passagem da seleção brasileira por território sul-mato-grossense aconteceu há cerca de 16 anos. 

Já o último jogo disputado no Morenão pelo tradicional campeonato Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021, com o estádio sem receber partidas oficiais desde então.

Em um passado mais longínquo, quem nasceu antes da virada do milênio ainda teve a chance de tentar presenciar uma partida, já que na década de 90 dois jogos da seleção foram disputados no Morenão. 

Primeiro, o Brasil empatou em 1 a 1 contra o Paraguai no ano de 1991, durante preparativo amistoso para a Copa América daquele ano. 

Depois disso, em dezembro de 1999, a seleção sub-23, comandada então pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, enfrentou novamente os hermanos paraguaios em amistoso, com um novo empate. 

Nesse jogo de 99 o placar da partida foi mais dilatado, com três gols para cada lado, disputa que cerca de 38 mil pessoas presenciaram em Mato Grosso do Sul. 

(Colaborou Felipe Machado)

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REPRESENTANTE

Árbitra de MS é escolhida pela Conmebol para apitar Copa América Feminina

A três-lagoense Daiane Muniz, de 37 anos, será a única brasileira a ser árbitra principal na competição continental, que contará com o apoio de outras duas compatriotas no time

16/06/2025 12h00

Nascida em Três Lagoas, Daiane Muniz estará na Copa América Feminina

Nascida em Três Lagoas, Daiane Muniz estará na Copa América Feminina Foto: Reprodução/Instagram

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Nascida em Três Lagoas (MS) e presente no quadro da Federação Paulista de Futebol (FPF), Daiane Muniz será a única árbitra principal brasileira da Copa América Feminina deste ano, entre os dias 12 de julho e 2 de agosto, no Equador.

A confirmação do quadro de arbitragem veio por meio da própria Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que divulgou a lista com 33 profissionais, entre árbitras e auxiliares, que irão comandar as partidas do torneio.

Das convocadas, três são convidadas da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA): Ivana Projkkovsa (árbitra), Giulia Tempestilli e Iragartze Fernández (auxiliares). Junto com Daiane, terão duas auxiliares brasileiras: Leila Naiara Moreira da Cruz, do Distrito Federal, e Maíra Mastella Moreira, do Rio Grande do Sul.

Nascida em Três Lagoas, Daiane Muniz estará na Copa América FemininaFonte: Conmebol

Nesta temporada, a três-lagoense atuou em 12 partidas do Campeonato Paulista, incluindo o jogo de volta da final entre Corinthians e Palmeiras. Ainda, foi eleita pela FPF como a melhor VAR da competição estadual, junto com a assistente Amanda Matias. Ela também participou de um jogo da Copinha e dois da Série A2 do Paulistão.

Em competições nacionais, Daiane esteve em 14 jogos, sendo um da Copa do Brasil Masculina, dois da Supercopa Feminina, três da A1 do Brasileiro Feminino, um do Brasileiro Sub-20, três da Série C do Brasileiro Masculino, dois da Série B e dois da Série A.

Tanto que, esteve envolvida em duas polêmicas que tomaram conta dos noticiários esportivos. No dia 07 de abril, atuando como VAR, foi pivô de erro crasso na partida entre Internacional 3 x 0 Cruzeiro, sendo afastada dos gramados pela CBF por tempo indeterminativo.

Em 20 de maio, a três-lagoense se envolveu em outra polêmica, desta vez em partida decisiva pela Copa do Brasil, entre Grêmio e CSA-AL, em lance de gol anulado que levaria a disputa para os pênaltis. Na ocasião, o clube gaúcho acabou eliminado sob muito protestos dos dirigentes e torcedores contra a arbitragem.

História

Árbitra FIFA desde 2018, Daiane iniciou sua carreira no Campeonato Sul-mato-grossense em junho de 2014, inclusive foi a primeira mulher a ser árbitra principal no estadual, no jogo entre Corumbaense e Maracaju, em 2020, mas mudou-se para São Paulo logo depois, tanto que hoje faz parte do quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF).

A partir deste momento, ganhou reconhecimento nacional e comandou o VAR em vários jogos da primeira divisão nacional e chegou até a Copa do Mundo Feminina de 2023, disputada na Austrália, onde ela também trabalhou como assistente de vídeo.

No ano passado, ela também esteve no quadro de árbitros para comandar o VAR em Paris, durante a realização dos Jogos Olímpicos, chegando a apitar a final masculina, entre Espanha e França, e a disputa de bronze no feminino, entre Espanha e Alemanha. 

Ainda, atuou na Copa do Mundo Feminina sub-17, onde também apitou a final, disputada entre Coreia do Norte e Espanha.

Copa América Feminina

Prevista para começar no mês que vem no Equador, a competição terá os 10 países sul-americanos, que foram divididos em dois grupos. O Brasil está junto com Bolívia, Paraguai, Venezuela e Colômbia no Grupo B. Inclusive, esta será uma edição especial do torneio, visto que ela será a 10ª.

Criada em 1991, o Brasil domina os títulos, já que foi campeão em oito das nove edições. A única exceção aconteceu em 2006, quando a Argentina ergueu a taça ao vencer a seleção brasileira por 2 a 0 na grande final.

Comandada por Arthur Elias, ex-Corinthians, a seleção brasileira já foi convocada para a Copa América 2025. Confira a lista completa:

Goleiras

  • Lorena (KC Current-EUA)
  • Cláudia (Fluminense)
  • Camila (Cruzeiro)

Zagueiras

  • Tarciane (Lyon-FRA)
  • Isa Haas (Cruzeiro)
  • Kaká (São Paulo)
  • Mariza (Corinthians)

Laterais

  • Fê Palermo (Palmeiras)
  • Antônia (Real Madrid-ESP)
  • Yasmim (Real Madrid-ESP)
  • Fátima Dutra (Ferroviária)

Meio-campistas:

  • Duda Sampaio (Corinthians)
  • Angelina (Orlando Pride-EUA)
  • Ary Borges (Racing Louisville)
  • Ana Vitória (Atlético de Madrid-ESP)

Atacantes

  • Dudinha (São Paulo)
  • Jhonson (Corinthians)
  • Luany (Atlético de Madrid-ESP)
  • Marta (Orlando Pride-EUA)
  • Gio (Atlético de Madrid)
  • Amanda Gutierres (Palmeiras)
  • Kerolin (Manchester City-ING)
  • Gabi Portilho (Gotham)

A estreia do Brasil acontece no dia 13 de julho, diante da Venezuela. Se chegar na final, a seleção brasileira garante vaga nos Jogos Olímpicos de 2028, que será em Los Angeles, nos Estados Unidos. Por ser o país-sede, o Brasil já está classificado para a Copa do Mundo Feminina de 2027.

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