Eduardo Miranda
Em sua chegada ontem a Porto Alegre (RS), no início da tarde, o técnico Dunga cogitou sua permanência no comando da seleção brasileira de futebol, apesar da eliminação para a Holanda na Copa do Mundo da África do Sul na última sexta-feira. Logo depois, porém, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acabou com qualquer esperança do treinador e demitiu não só ele, mas toda sua comissão técnica.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, também dispensou o auxiliar-técnico Jorginho, o supervisor Américo Faria e o médico José Luiz Runco. O fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan também pode perder o emprego. Teixeira deverá anunciar o novo treinador na semana que vem, quando chega ao Brasil. O novo técnico do Palmeiras, e comandante do pentacampeonato em 2002, Luiz Felipe Scolari, é o mais cotado.
Dunga ficou à frente da seleção brasileira por quase quatro anos, e nesse período acumulou vários títulos, exceto seus dois principais objetivos: a Copa do Mundo deste ano, e a medalha de ouro olímpica em Pequim-2008. Com a seleção, o capitão do tetracampeonato de 1994 ganhou a Copa América, em 2007, e a Copa das Confederações, em 2009, além de terminar no primeiro lugar nas eliminatórias para esta Copa do Mundo.
Ainda na África do Sul, logo após a derrota por 2 a 1 para a Holanda na última sexta-feira, Dunga indicou sua provável demissão, ao dizer que o tempo correto para um técnico em uma seleção é de quatro anos. Ele assumiu logo após o Mundial da Alemanha, em 2006. “Quanto ao meu futuro, todos sabem que quando cheguei à seleção brasileira era quatro anos que eu ia ficar”, falou o treinador.
Ontem porém, ao chegar na capital gaúcha, Dunga ainda falava em permanecer na seleção. “Agora vou descansar e daqui a uma ou duas semanas, vou encontrar o presidente (da CBF, Ricardo Teixeira) para falar sobre isso (sua permanência). O meu projeto era de quatro anos e agora vai depender do que ele conversar comigo”, afirmou.