Esportes

MATANDO SAUDADE

Com golaços e um de Ceni, São Paulo deixa Ponte a perigo

Com golaços e um de Ceni, São Paulo deixa Ponte a perigo

g1

18/08/2012 - 22h26
Continue lendo...

Por 40 dias, o São Paulo ficou órfão de Lucas. Foram dez jogos sem seu melhor jogador. A ausência foi péssima para o Tricolor, que perdeu o rumo no Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, time e jogador mataram a saudade um do outro e o resultado foi ótimo. Diante de uma Ponte Preta apática, o camisa 7 comandou a vitória por 3 a 0, triunfo que interrompeu uma série de três derrotas e recolocou o time perto da zona de classificação à Libertadores de 2013.

O Tricolor foi a 28 pontos e assume provisoriamente a quinta colocação. Neste domingo, no entanto, poderá ser ultrapassado por Botafogo, que pega o Atlético-MG, em Minas, e Cruzeiro, que enfrenta o Coritiba, no Paraná.

Já a Macaca, que completou sua quarta partida sem vitória, vê a zona de rebaixamento mais perto. O time estacionou nos 20 pontos e tem apenas quatro a mais que o Bahia, primeiro do grupo dos quatro piores. Neste domingo, a equipe campineira ainda poderá perder uma posição para o Santos, que enfrenta o Corinthians, na Vila Belmiro.

No próximo domingo, o São Paulo enfrenta o  Corinthians, às 16h, no Pacaembu. A Ponte buscará a reabilitação contra a Portuguesa, sábado, às 21h, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Lucas comanda vitória na etapa inicial

Com o zagueiro Rhodolfo suspenso, Ney Franco optou pela entrada de Edson Silva e surpreendeu ao cortar do banco João Filipe, que até então vinha sendo titular na zaga tricolor. Paulo Miranda, que andava esquecido após a saída de Emerson Leão, voltou a ganhar uma chance. No meio, outra cara nova: Paulo Assunção, recém-contratado. Na Ponte Preta, Gílson Kleina ganhou os importantes retornos do meia Ricardinho e do atacante Rildo, que formou dupla com Roger, que tem sete gols no Brasileirão. No setor de criação, Luan ganhou a disputa com Nikão e o time entrou em campo procurando valorizar ao máximo a posse de bola para fazer o tempo passar e tentar surpreender o Tricolor em algum contra-ataque.

Quando a bola rolou, o São Paulo iniciou no 3-5-2, com Paulo Assunção atuando como ala pela direita. Mas, como ocorreu nos últimos jogos, faltava inspiração na criação. Coube a Lucas resolver tudo. O atacante voltou endiabrado da Seleção e se mostrou inteiramente focado no Tricolor, apesar de já está vendido ao PSG, da França - ele só se apresenta depois do Brasileirão. A joia são-paulina partiu para cima, buscando resolver tudo em jogadas individuais.

Aos 15, o esquema foi mudado para o 4-4-2. Paulo Miranda passou a fazer a saída pela direita e Paulo Assunção foi atuar em sua posição de origem na marcação. Mas o São Paulo seguia dependendo das investidas de Lucas.

Em uma delas, aos 21, o camisa 7 foi atropelado por Somália no meio-campo. Na cobrança de Jadson, o atacante Roger colocou a mão na bola dentro da área e cometeu pênalti. Avisado pelo auxiliar que fica atrás do gol, o árbitro Rodrigo Guarizo do Amaral assinalou a infração, que foi bem cobrada por Rogério Ceni, no canto esquerdo de Edson Bastos: 1 a 0 São Paulo.

A Ponte Preta respondeu logo em seguida em cobrança de falta de Ricardinho, que quase encobriu Rogério Ceni. Precavido, o camisa 1 espalmou por cima do travessão. Logo depois, aos 25, o Tricolor encontrou o segundo gol. E foi um golaço. Lucas avançou pelo meio, tabelou com Ademilson, recebeu de volta e, de pé direito, mandou no canto direito de Edson Bastos: 2 a 0 e festa para o craque, que, desde o início do jogo, era ovacionado pelo torcedor.

Após esse lance, a Ponte apagou, abrindo ainda mais espaços para o São Paulo, que ainda perdeu a chance de ir para o intervalo com três gols de vantagem, quando Jadson desperdiçou boa oportunidade.

São Paulo controla jogo no segundo tempo

Irritado com a fraca apresentação, Gílson Kleina fez duas alterações na Ponte. Somália deixou o campo para a entrada de Lucas. No setor de criação, Bruno Sabino entrou na vaga de Luan. O time campineiro até conseguiu sair para o jogo para tentar, ao menos, diminuir a desvantagem. O São Paulo reduziu a velocidade e passou a esperar o rival para matar o jogo no contra-ataque.

Preocupado com o fato de Lucas ter tomado um cartão amarelo no primeiro tempo, Ney Franco aproveitou que o jogo estava controlado e tirou o atacante aos 15 minutos. Osvaldo entrou no seu lugar.

O jogo caiu muito no segundo tempo. O São Paulo, satisfeito com o placar, tocava a bola e esperava o tempo passar. A Ponte não tinha qualidade para levar perigo ao gol defendido por Rogério Ceni. A partida se arrastou até os 32, quando o Tricolor criou dois ataques em sequência. No primeiro, Maicon recebeu de Ademilson e chutou em cima da zaga. No segundo, o gol de Osvaldo só não ocorreu porque Edson Bastos defendeu com o pé esquerdo. A Macaca só foi chegar aos 31, quando Roger apareceu na frente de Ceni, mas errou o alvo, chutando à esquerda do goleiro.

E o grande lance da partida estava guardado para o fim. Aos 42 minutos, Osvaldo, em linda jogada individual, deixou três marcadores para trás e soltou a bomba, da entrada da área. A bola entrou no ângulo direito de Edson Bastos. Foi o golpe de misericórdia do Tricolor sobre a Ponte.

Copa do Brasil-20

União ABC sofre a maior goleada da história da competição: 12 a 0

Representante de Mato Grosso do Sul na competição, se despede da Copa do Brasil; já o adversário o Palmeiras, avança e enfrenta o Coritiba (PR).

03/10/2024 17h02

Luighi comemora um dos gols do Palmeiras sub-20 contra o União ABC

Luighi comemora um dos gols do Palmeiras sub-20 contra o União ABC Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

Continue Lendo...

O União ABC, único representante de Mato Grosso do Sul na Copa do Brasil Sub-20, sofreu, na tarde desta quinta-feira (3), a maior goleada da história em competições nacionais, perdendo por 12 a 0 no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André (SP). Com o resultado, a equipe de MS se despede da competição.

A partida foi de domínio total do Palmeiras, o atual campeão brasileiro, que abriu o placar logo no início, aos 4 minutos, com Luighi. O segundo gol da partida ocorreu aos 12 minutos, com Robson.

O Palmeiras continuou mostrando sua força no primeiro tempo. Aos 32 minutos, Thales ampliou para 3 a 0. Com o placar em mãos, o Palmeiras não desacelerou e, ainda na primeira etapa, fez mais quatro gols: Benedetti (39 min), Coutinho (43 min), Alan (44 min) e Luighi (46 min).

Já no segundo tempo, o Palmeiras continuou acelerando o jogo. Aos 3 minutos da etapa final, Agner ampliou para 8 a 0. Ainda na segunda etapa, Sorriso fez o nono gol da partida, aos 10 minutos. Daniel marcou o 10º gol aos 21 minutos, e Sorriso fechou a maior goleada da história da competição, com 12 a 0, aos 31 minutos..

O União ABC se despede da competição e o Palmeiras avança e deve enfrentar o Coritiba na próxima fase. 

O último jogo das duas equipes também foi pela Copa do Brasil de 2023, quando o Palmeiras goleou por 6 a 0. Em 2022, o União ABC se despediu da competição ao perder para o Athletico Paranaense por 7 a 0.

 

Assine o Correio do Estado

 

 

 
 

Pressão aumenta

Nova assembleia pode destituir Francisco Cezário da FFMS

Incomodados com o comportamento de Cezário, clubes marcam nova reunião para o dia 14 de outubro, que pode decidir a permanência do presidente afastado da entidade por corrupção.

03/10/2024 15h02

Francisco Cezário, de 77 anos, segue afastado da FFMS.

Francisco Cezário, de 77 anos, segue afastado da FFMS. Foto: Divulgação/ FFMS

Continue Lendo...

Incomodados com a atuação de Francisco Cezário, que estaria interferindo na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) "por debaixo dos panos", clubes e dirigentes que fazem parte do quadro associativo convocaram uma nova assembleia geral extraordinária para o julgamento administrativo de supostos atos irregulares praticados pelo gestor, afastado da entidade por corrupção.

A convocação foi realizada pelo gestor interino, Estevão Petrallas. A reunião está marcada para as 14h, na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), localizada na Rua Antônio Corrêa, 417, Jardim Monte Líbano, em Campo Grande.

De acordo com a apuração da reportagem, os clubes estão revoltados com o comportamento de Francisco Cezário, que, mesmo usando tornozeleira eletrônica, estava interferindo na troca do gestor interino Estevão Petrallas por João Garcia Ferreira, ex-presidente do Aquidauanense e um dos vice-presidentes executivos da entidade, sem consultar os clubes. 

De acordo com a visão de alguns dirigentes ao Correio do Estado, Cezário foi ousado ao querer interferir na FFMS, mesmo sabendo que o Ministério Público "estaria na sua cola", realizando reuniões em sua residência com presidentes de clubes e dirigentes esportivos, além de acompanhar "de perto" as reuniões que eram realizadas na entidade. 

Seguindo o edital da FFMS, Cezário tem agora 30 dias para apresentar sua defesa. Caso os associados deem seguimento à destituição, será votada uma nova convocação e agendadas novas eleições na entidade.


Cartão Vermelho 

Cezário foi preso na manhã do dia 21 de maio deste ano, como um dos alvos da Operação Cartão Vermelho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga o desvio de mais de R$ 6 milhões da Federação de Futebol de MS, entre os anos de 2018 e 2023. Somente na casa de Cezário, foram apreendidos mais de R$ 800 mil.

Menos de uma semana após a Operação, ele pediu afastamento do cargo. No dia 6 de julho, teve liberdade concedida, com o uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, e proibição de contato com demais acusados e testemunhas.

A liberdade só foi concedida porque no dia 5 de junho, Cezário deixou o Presídio Militar com um princípio de infarto, e precisou fazer um cateterismo, procedimento que trata doenças cardíacas por meio da introdução de um tubo flexível, o cateter. O problema aconteceu logo após ele tomar conhecimento falecimento da irmã, Maria Rosa Cezário, de 81 anos, que morreu naquele mesmo dia, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Na manhã do dia 28 de agosto, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) foi à residência de Francisco Cezário para cumprir um novo mandato de prisão, desta vez por descumprimento das medidas cautelares impostas na concessão de liberdade.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o ex-dirigente continuava a participar, nos bastidores, dos rumos da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. 

Investigações apontaram que Cezário articulava com aliados e fazia reuniões em sua própria residência com presidentes de clubes e dirigentes esportivos, além de acompanhar "de perto" as reuniões que eram realizadas na FFMS.

No despacho que concedeu liberdade a Cezário, a desembargadora Elizabete Anache, da 1ª Câmara Criminal do TJMS, havia determinado que o ex-presidente estaria proibido de:

  • manter contato com os demais acusados e testemunhas;
  • participar de atividades na FFMS;
  • comparecer à sede da FFMS;
  • se ausentar da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juízo natural;
  • e mudar de endereço sem autorização.
  • Tais medidas foram descumpridas pelo investigado.
  • Inclusive, a reportagem apurou que, pouco antes de ser preso novamente, Cezário estaria articulando, por meio de abaixo-assinado, a troca do atual presidente da FFMS, Estevão Petrallás, por João Garcia Ferreira, que é ex-presidente do Aquidauanense e um dos vice-presidentes executivos da entidade.

O documento seria enviado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No entanto, a tentativa foi malsucedida, já que a entidade decidiu por prorrogar em mais 90 dias o mandato interino de Petrallás. 

Histórico
Oficialmente, Cezário comandou a entidade futebolística pela primeira vez em 1987, 37 anos atrás. 

Neste período, ele ficou, em tese, fora do do comando da associação por quatro anos, entre 2001 a 2004, quando assumiu a prefeitura de Rio Negro, cidade distante 150 quilômetros de Campo Grande. Mesmo assim, controlava a Federação.

Cezário tentou reeleger-se prefeito, mas não conseguiu. Ele voltou para a FFMS e não saiu mais. Normalmente, ele concorre sozinho, sem adversários.

Votam nas eleições da FFMS dirigentes de associações (clubes profissionais), associações (clubes praticantes do futebol amador da capital e do interior) e ligas municipais amadoras. Em torno de 35 pessoas participam do pleito.

Segunda vez
A operação Cartão Vermelho não chega a ser uma novidade no histórico de Francisco Cesário. Ele já havia sido condenado, em 2009 em primeira instância e em 2010 a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) ratificou a decisão para que cumprisse pena de quatro anos e cinco meses, em regime semiaberto, por desviar algo em torno de R$ 56 mil Federação de Futebol.

De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, à época Cezário foi denunciado pelo Ministério Público por ter supostamente transferido recursos da FFMS para a conta particular.

Dizia ainda a denúncia que parte do dinheiro o presidente investiu em campanha política, quando era candidato a prefeito da cidade de Rio Negro, no fim da década de 90.

Na época, a denúncia foi baseada em provas levantadas pela PF em meio a uma CPI que investigou as relações entre a CBF e a Nike.

Operação Cartão Vermelho
Na manhã de 21 de maio, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, passou sete horas na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul em ação para deflagrar a Operação Cartão Vermelho, que tinha como alvo não apenas o presidente da FFMS, Francisco Cezário, mas também demais integrantes de uma suposta organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro.

Segundo o balanço, divulgado pelo Gaeco, as investigações já aconteciam há 20 meses, e constataram que foi instalada na Federação uma organização criminosa que desviava valores recebidos do Governo do Estado (via convênio, subvenção ou termo de fomento) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A quantia desviada era utilizada para benefício dos envolvidos no grupo, e não chegava a ser investida no futebol estadual.

"Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul – FFMS, em valores não superiores a R$ 5.000,00, para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema", diz nota do Gaeco.

Usando desse mecanismo, os integrantes da organização realizaram mais de 1.200 saques, que somados ultrapassaram o valor de R$ 3 milhões.

A investigação também aponta que os suspeitos também possuíam um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

"Esse esquema de peculato estendia-se a outros estabelecimentos, todos recebedores de altas quantias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. A prática consistia em devolver para os integrantes do esquema parte dos valores cobrados naquelas contratações (seja de serviços ou de produtos) efetuadas pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul", explicou o Gaeco.

De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram desviados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul mais de R$ 6 milhões.

A operação batizada como “Cartão Vermelho” cumpriu 7 mandados de prisão preventiva, além de 14 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Somente nesta manhã, foram apreendidos mais de 800 mil reais.

Saiba: O nome da operação, Cartão Vermelho, é autoexplicativo e faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.

 

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).