Depois de dizer que o jogo contra o Real Potosí da Bolívia, amanhã, às 20h50min (MS), na altitude, seria atípico, o técnico do Cruzeiro, Adilson Batista, foi mais enfático na reclamação e mostra indignação com a permissão e omissão da Fifa quanto à prática do futebol em locais como a cidade boliviana. Na pré-Libertadores, além do adversário, o Cruzeiro enfrentará os efeitos colaterais de atuar no estádio Victor Agustín Ugarte, localizado a quase 4.100 metros de altitude ao nível do mar. “É desuma no jogar nessas cond ições, em um lugar com essa altitude. Será preciso morrer alguém em campo para a Fifa proibir?”, indagou o comandante cruzeirense, que não vê benefícios nem pa ra os a n f it r iões. “Até os jogador es bolivianos sentem os efeitos. Isso não poderia ser permitido”. A desva ntagem dos clubes brasi leiros na altitude não pode ser calculada fisiologicamente, no entanto, Adílson Batista trata de exemplificar. “É a mesma coisa que entrar em campo com dois jogadores a menos”. As lembranças da cidade boliviana fazem o torcedor cruzeirense “perder o ar”. Na única vez em que atuou por lá, a Raposa perdeu por 5 a 1, ainda pela fase de grupo da Libertadores de 2008.