Há exatamente um ano, o sulmato- grossense Keirrison era notícia pela surpreendente média de gols em seus primeiros jogos pelo Palmeiras. Ele havia acabado de ser contratado do Coritiba como o grande presente da Traffic para o Verdão disputar a Libertadores. O começo arrasador foi minguando com o tempo, os gols foram ficando cada vez mais raros e, após a eliminação do time no torneio sul-americano, o atacante foi apontado pela torcida e até por colegas de equipe como o grande vilão. Diante disso, não havia mais clima para Keirrison continuar no Palmeiras, e uma proposta do Barcelona, de 14 milhões de euros, tirou o jogador do Parque Antártica. Porém, por achar que ele ainda não estava maduro, o clube espanhol o emprestou para o Benfica de Portugal. Mas a passagem de Keirrison pelo Benfica se transformou numa grande frustração. Encostado, ele se vê obrigado a encontrar um novo clube nas próximas horas, antes do fechamento da janela de transferências, se não quiser passar mais seis meses vendo futebol só do banco de reservas, ou pior, das tribunas do Estádio da Luz. Até agora Keirrison participou de apenas cinco jogos pela equipe, só um como titular e não marcou nenhum gol e, para piorar, na última semana o técnico Jorge Jesus determinou que ele treinasse em separado. Dando clara mostra de que não contaria com o sul-mato-grossense, o treinador buscou novas opções para o ataque. No início do mês, o Benfica contratou dois brasileiros para reforçar a posição: Éder Luís, do Atlético Mineiro, e Alan Kardec, do Vasco. A situação deixou o jogador e o empresário preocupados com o futuro. “Estamos procurando ver o que é melhor para o Keirrison. Há alguns clubes interessados. Mas é certo que para o Brasil ele não volta”, afirmou Malaquias. Caso não seja negociado até hoje, Keirrison ficará mais seis meses em Lisboa, até terminar seu contrato de empréstimo. “Ele é um jogador de qualidade e, quando tiver a oportunidade, vai saber como sair dessa”, afirmou o empresário.