O ex-atacante Edmundo e o presidente Roberto Dinamite fizeram as pazes após o título da Copa do Brasil conquistado pelo Vasco na última quarta-feira, no estádio Couto Pereira, em Curitiba. Os dois ídolos brigaram em 2008, quando o clube carioca foi rebaixado.
Edmundo sempre teve a imagem muito ligada ao ex-presidente Eurico Miranda, principal inimigo de Dinamite, em São Januário. Na época do rebaixamento, o jogador estava no elenco e o dirigente havia acabado de ser eleito.
Em entrevista à "Rádio Globo", o presidente afirmou que planeja contatar atletas que fizeram parte da história do Vasco e ex-companheiros do "Animal". Ele também elegeu os cinco maiores ídolos do clube: ele próprio, Ademir de Menezes, artilheiro da copa de 1950, Romário, Edmundo e Juninho Pernambucano.
"Vamos conversar com o Edmundo para saber se ele tem vontade de participar de um jogo de despedida. Passamos por um momento de muita turbulência, não havia muito tempo para pensar. Agora conquistamos esse título e dá para pensar nos jogadores que fazem e fizeram parte da história do Vasco. Vai depender dele. Eu tenho o orgulho de no fim da minha carreira ter jogado com ele, um jogador que representa o que é o Vasco: garra, superação e irreverência", exaltou.
Em seguida, foi a vez de Edmundo falar à "Rádio Globo". Antes de fazer as pazes, ele aproveitou para dar uma última cutucada em Dinamite, mas acabou em lágrimas e aceitou o jogo de despedida.
"Fico contente com essas palavras, um pouco tardias talvez, mas sempre benéficas. Quanto ao jogo, eu aceito. Não guardo mágoa. Eu ouvi do Roberto durante muitos anos que o Eurico não podia fazer com ele o que fez, e achei que ele fez comigo a mesma coisa. Não sou eu que vou perdoar, eu compreendo os momentos das pessoas, estou aberto. Já errei na vida, mas é período de eleição, e na anterior teve gente dizendo que eu fiquei do lado do Eurico, e não gostaria de me meter para que não seja mal interpretado depois", afirmou.