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Diniz diz não temer demissão: 'Não trabalho pensando em segurar emprego'

O técnico do São Paulo declarou que 'Não trabalho pensando em segurar emprego' após sofrer goleada no Morumbi

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Quem trabalha com devoção, não trabalha pensando em segurar emprego", afirmou, em entrevista coletiva.

Antes líder com boa vantagem no Campeonato Brasileiro, o São Paulo vem em queda brusca na temporada, tendo sido eliminado da Copa do Brasil e completado uma série de cinco jogos sem vitórias com a derrota por 5 a 1 para o Internacional, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, a pior da história do clube no estádio. 

Agora também sem a ponta da competição, o técnico Fernando Diniz garante que não teme ser demitido após tantos resultados ruins.

"Já respondi muitas vezes essa pergunta em momentos de pressão. Não tenho medo de perder emprego, eu amo meu trabalho, trabalho com toda dedicação para conquistar título aqui no São Paulo. 

Diniz, porém, fez questão de assumir a responsabilidade pela dura derrota desta quarta-feira e pelo rendimento ruim nos últimos compromissos. 

Mas buscou adotar um discurso otimista ao declarar que acredita na recuperação da equipe na reta final da competição e na conquista do título brasileiro.

"Eu sempre me senti apoiado aqui, pela diretoria que saiu e por essa que entrou. Se eu carrego algum tipo de culpa e responsabilidade, a maior responsabilidade é minha. A maior responsabilidade por uma derrota como essa, pela queda, é minha", disse.

"Eu trabalho naquilo que posso, naquilo que consigo, e acredito que vamos conseguir reverter isso, voltar a subir no campeonato", acrescentou.

Ainda sem vencer em 2021, o São Paulo ocupa o segundo lugar no Brasileirão, com 57 pontos somados em 31 jogos. 

O time tentará se reabilitar no próximo sábado, quando receberá o Coritiba, no Morumbi, pela 32.ª rodada, às 19 horas.

 

O Jogo: 

Inter massacra o São Paulo no Morumbi e assume a liderança do Brasileirão.

Vertiginosa queda do São Paulo no Campeonato Brasileiro foi sacramentada nesta quarta-feira de maneira humilhante. 

A equipe perdeu a liderança ao ser goleada impiedosamente em pleno Morumbi por 5 a 1 pelo Internacional. 

O time gaúcho chegou aos 59 pontos ao vencer pela sétima vez seguida. O clube paulista, há quatro jogos sem ganhar, tem 57. 

E a situação de Fernando Diniz pode se complicar.

A derrota acachapante é consequência da imposição de um time prático e confiante sobre outro destroçado emocionalmente, perdido taticamente, desorganizado, apático e que parece ter "tremido" com a possibilidade de ser campeão. 

Fernando Diniz dá mostras de não saber o que fazer. E em campo, até jogadores mais experientes, como Daniel Alves, nada produzem de útil já há algum tempo.

Na última quarta-feira, o Internacional deixou claro no início que não iria se intimidar com o São Paulo. 

Ao contrário, procuraria explorar o fato de o adversário estar sob pressão. E foi para frente!

Em quatro minutos teve chances com Yuri Alberto e Cuesta, e quatro minutos depois abriu o placar. 

O gol saiu após uma falha incrível da defesa são-paulina em uma cobrança de falta. Moisés levantou na área e Cuesta, livre, cabeceou para as redes.

A desvantagem fez aflorar o descontrole emocional em alguns jogadores do São Paulo, como Reinaldo, e a apatia da maioria deles, até em gente experiente como Daniel Alves. 

O time de Fernando Diniz só tentava chutar de longe. Não articulava jogadas.

Com o meio de campo povoado com cinco jogadores, boa movimentação, e jogo vertical, o Internacional tomou conta do duelo. 

E chegou ao segundo gol aos 23, em uma bola que saiu do goleiro Lomba, em nova falha da defesa tricolor. 

Yuri Alberto tocou para Caio em diagonal, Leo e Reinaldo vacilaram e o meia tocou na saída de Volpi.

Com os 2 a 0, o São Paulo passou a tentar jogar. 

O Internacional continuou superior, criando boas chances - por várias vezes o jogador do time gaúcho foi travado na hora do chute. 

Mas os donos da casa também chegavam, ainda que poucas vezes - a etapa terminaria com 11 conclusões do Inter e 5 do São Paulo -, à área adversária.

Aos 38 minutos aconteceu o lance que recolocou o São Paulo no jogo. 

Cuesta cedeu um escanteio bobo, na cobrança Reinaldo desviou na primeira trave e Luciano, de volta ao time recuperado de contusão, cabeceou para diminuir.

O gol não escondeu o mau desempenho do time na primeira etapa, fato reconhecido por Luciano. 

"Tudo que falamos antes de começar a partida, fizemos o contrário. Ficamos acuados, não sei o que aconteceu. Creio que a vibração é mais para colocar o time dentro jogo de novo", disse.

No segundo tempo, o São Paulo até tentou entrar no jogo. 

Diniz mexeu na equipe, recorrendo a algo que já havia feito outras vezes. Tirou um zagueiro, Léo, recuou Luan para a zaga, colocou Vito Bueno e reposicionou Tchê Tchê e Daniel Alves. 

Também colocou Igor Gomes no lugar de Gabriel Sara.

O São Paulo passou a jogar com a disposição necessária. Passou a atacar o Inter - que passou a marcar mais recuado, até para evitar o desgaste - e criou oportunidades com Reinaldo, Tchê Tchê e Vitor Bueno.

No entanto, novo erro na saída de bola esfriou o ânimo do time tricolor. 

Vitor Bueno foi desarmado e na sequência Yuri Alberto entrou na cara de Volpi e fez 3 a 1, aos 14 minutos.

Aí o São Paulo desabou técnica e emocionalmente. 

Yuri marcou mais duas vezes, aos 20 e aos 22, e a partir daí o Inter passou a se poupar para o clássico do domingo com o Grêmio. 

Já o São Paulo mostrou de novo por que há cinco rodadas estava 7 pontos à frente e agora ficou 2 atrás do Inter.


FICHA TÉCNICA:

 

SÃO PAULO 1 x 5 INTERNACIONAL

SÃO PAULO - Volpi; Juanfran (Bóia), Bruno Alves, Léo (Vitor Bueno) e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Tchê Tchê (Diego) e Sara (Igor Bueno); Luciano (Carneiro) e Brenner. Técnico: Fernando Diniz.

INTERNACIONAL - Lomba; Rodinei, Lucas Ribeiro, Cuesta (Zé Gabriel) e Moisés; Rodrigo Dourado (Johnny), Edenílson, Praxedes (Lindoso), Caio (Peglow) e Patrick; Yuri Alberto (Leandro Fernández). Técnico: Abel Braga.

GOLS - Cuesta, aos 8, Caio, aos 23, e Luciano, aos 35 minutos do primeiro tempo. Yuri Alberto, aos 14, 20 e 22 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Marcelo de Lima Henrique (RJ).

CARTÕES AMARELOS - Caio, Brenner e Bruno Alves.LOCAL - 

Morumbi, em São Paulo (SP).


 

Começou!

Leila e Landim trocam farpas antes de Palmeiras x Flamengo pelo Brasileirão

Presidente alviverde respondeu declaração do rubro-negro, que falou sobre gramado do Allianz Parque

19/04/2024 23h00

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A bola rola para Palmeiras e Flamengo só no domingo (21), às 16h (de Brasília), no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, o jogo já começou nos bastidores.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, citou a derrota do Palmeiras para o Inter na Arena Barueri no meio de semana e alfinetou a decisão do Alviverde de abrir mão do setor Gol Norte no Allianz Parque por conta de um show no fim de semana para enfrentar o Rubro-negro.

"Então é o seguinte: vou ter um jogo aqui, esse jogo não é tão ruim, não é tão difícil, mas o próximo já é num gramado duro. Será que compensa eu botar ele para jogar aqui ou resguardar um pouco mais para botar contra o Palmeiras, na casa do Palmeiras, num gramado sintético? Porque o Palmeiras jogou ontem (quarta) e perdeu, mas perdeu em Barueri, não perdeu no gramado sintético. Com a gente eles vão querer jogar lá no gramado sintético, né? [risos] A gente sabe que tem uma desvantagem. Landim em um evento das embaixadas e consulados rubro-negros realizados na noite de ontem no museu da Gávea", disse Landim.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, respondeu a fala do presidente do Flamengo e ainda relembrou que a final da Libertadores de 2021, contra o rival carioca, foi decidida em gramado natural e o Palmeiras ficou com o título.

"A declaração do Landim me causou bastante estranheza. Que eu me lembre, ganhamos a Libertadores de 2021 e a Supercopa de 2023, contra o Flamengo, em campo de grama natural, não é? O Landim sabe muito bem que o campo de grama sintética do Allianz Parque não oferece qualquer vantagem técnica ao Palmeiras. O gramado, inclusive, acabou de ser reformado para que tenhamos sempre grandes jogos em nossa casa. Se o Landim estivesse mesmo preocupado com a qualidade do gramado, o campo do Maracanã estaria em melhores condições", disse Leila em entrevista ao ge.

Leila Pereira e Rodolfo Landim tiveram uma discussão no início do ano passado por conta da regra de votação para divisão de dinheiro dentro da Libra. Posteriormente, a mandatária criticou o Flamengo pela "soberba" dentro da liga.

Segundo Rodrigo Mattos, colunista do UOL, nesta reunião, em 28 de fevereiro, alguns clubes defenderam a necessidade de discutir a regra de unanimidade para mudar o critério. Landim foi contra: alegou que o Flamengo já tinha aberto mão de muito dinheiro e que não faria mais concessões. Leila o peitou de forma irônica: "Você quer tudo para você. Se não para todos, se não for bom para o Palmeiras, não vai dar certo". Essa foi sua posição, segundo fontes presentes.

A discussão foi em tom áspero e irônico. Ao final, Landim disse que discutiriam isso outra hora. Houve outros encontros e nenhum atrito entre os dois.
 

Agradecimentos

Thiago Carpini fala pela 1ª vez após ser demitido pelo São Paulo

O treinador de 39 anos demonstrou gratidão ao Tricolor paulista pelos cerca de 100 dias no comando do clube

18/04/2024 23h00

Rubens Chiri/saopaulofc.net / Divulgação

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O técnico Thiago Carpini se manifestou após ser demitido pelo São Paulo nesta quinta-feira (18).

O treinador de 39 anos demonstrou gratidão ao Tricolor paulista pelos cerca de 100 dias no comando do clube. Nas redes sociais, ele exaltou o elenco e os torcedores em seu agradecimento, além de ter mencionado o presidente Julio Casares e os dirigentes Muricy Ramalho, Rui Costa e Carlos Belmonte.

Carpini destacou ter sido o técnico mais jovem a se sagrar campeão pelo clube. O ex-comandante, que conquistou a Supercopa do Brasil diante do Palmeiras, disse que "coisas grandes" estão reservadas ao grupo e que eles "levantarão troféus" ainda neste ano.

Ele também citou a "constante batalha" para deixar a equipe melhor do que quando assumiu. Carpini se despediu do São Paulo com um aproveitamento de 50% em 18 jogos -com sete vitórias, seis empates e cinco derrotas.

"Muito obrigado, São Paulo Futebol Clube! Hoje chegou ao fim meu ciclo em um dos maiores clubes do mundo. Foram pouco mais de 100 dias de uma constante batalha para deixar essa instituição ainda melhor do que a encontrei. Uma experiência única, marcante e desafiadora, com muitas vitórias e algumas derrotas", disse Carpini no Instagram.

"Em pouco tempo, escrevemos páginas importantes na história do clube, sendo o mais jovem treinador a ser campeão pelo São Paulo. E isso ficará para sempre. Tivemos grandes momentos e outros não tão felizes, mas o que fica é o sentimento de que lutamos e deixamos um legado positivo ao São Paulo".

O que mais Carpini disse
Agradecimentos ao grupo e à diretoria: "Resta agradecer à diretoria pela confiança em mim: o presidente Julio Casares, Rui Costa, Belmonte, Muricy... Também a todos os funcionários, departamentos de futebol, médico, equipe de apoio, comissão e staff. Mas, principalmente, minha gratidão ao grande elenco de atletas com quem tive o prazer de trabalhar e que, certamente, ainda terão sucesso nesse ano, e levantarão troféus. Anotem o que digo: existem grandes coisas reservadas a vocês."

Torcida tricolor: "Por fim, mas nunca menos importante, agradeço de coração ao torcedor do São Paulo que sempre me apoiou. Sei que existem momentos em que tudo fica mais difícil, mas vocês seguiram lá, ao nosso lado, nos impulsionando. O São Paulo é você, torcedor."
Próximos passos: "Hora de buscar novos rumos, com o coração leve, e a mente cheia de boas memórias."
 

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