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Flamengo vence a Chapecoense e se mantém na liderança

Flamengo vence a Chapecoense e se mantém na liderança

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Deu a lógica no duelo dos opostos, neste domingo, em Chapecó. Apesar de ter desfalques importantes - Filipe Luis, Arrascaeta e Gabriel -, o Flamengo aumentou ainda mais o desespero da Chapecoense, ao vencer por 1 a 0, na Arena Condá, pela 23.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O placar ainda poderia ter sido mais elástico se não fossem as inúmeras chances desperdiçadas pelo time carioca, que dominou a partida do início ao fim. Dúvida depois de ter sido poupado do treinamento de sábado, Bruno Henrique foi o autor do único gol da partida.

Invicto há nove jogos - 12 contando a Copa Libertadores -, o Flamengo continua na liderança isolada, com 52 pontos, seis a mais que o Palmeiras, que recebe o Atlético-MG nesta tarde. No outro extremo da tabela, a Chapecoense chegou ao oitavo jogo sem vitória e segue na lanterna, com 15 pontos.

O Flamengo precisou de apenas 55 segundos para levar perigo ao gol de Tiepo. Uma das novidades na escalação, o jovem Reinier cruzou para dentro da área e Bruno Henrique, que era dúvida, finalizou de primeira pela linha de fundo. Na sequência, os papéis se inverteram.

Bruno Henrique ganhou pelo alto e ajeitou de cabeça. A zaga da Chapecoense parou e Reinier desviou de carrinho para fora. A pressão rubro-negra parecia não ter fim. Aos 18 minutos, Bruno Henrique soltou a bomba de fora da área e viu a bola explodir na trave de Tiepo.

O gol parecia questão de tempo. Aos 30 minutos, aconteceu um lance curioso. O goleiro Tiepo soltou a bola para sair jogando, mas não viu que Bruno Henrique estava atrás. O atacante rubro-negro desarmou e só não marcou porque o goleiro conseguiu se recuperar e fazer o desvio.

Aos 35, não teve jeito. Vitinho cruzou, a defesa parou pedindo impedimento e Bruno Henrique apareceu livre para se abaixar e desviar de cabeça. Após consulta do VAR, o gol foi validado pela arbitragem para reclamação geral dos jogadores catarinenses.

Quase que o zagueiro Rodrigo Caio ampliou de cabeça antes do intervalo. A bola saiu raspando a trave de Tiepo.

O panorama não mudou depois do intervalo e o Flamengo massacrou a Chapecoense. No entanto, aos oito minutos, quase aconteceu o empate. Régis escapou em velocidade nas costas da defesa e finalizou com muito perigo por cima do travessão.

Diante da necessidade da vitória, a Chapecoense passou a sair mais e dar espaços para o Flamengo. Aos 15, Bruno Henrique recebeu de Vitinho e bateu em cima de Tiepo. Na sequência, Everton Ribeiro aproveitou rebote e bateu colocado exigindo grande defesa do goleiro.

Aos 28 minutos, Everton Ribeiro arriscou de longe e mandou na rede pelo lado de fora. Cinco minutos depois, Rafinha cruzou e Pablo Marí cabeceou na trave. O Flamengo passou a administrar a posse da bola e viu a Chapecoense ameaçar já nos minutos finais. Everaldo cabeceou e Diego Alves defendeu em dois tempos.

A Chapecoense volta a campo na quarta-feira, contra o Fortaleza, às 20h30, na Arena Castelão, no Ceará. Na quinta-feira, o Flamengo recebe o Atlético-MG, às 20 horas, no Maracanã. Os jogos serão válidos pela 24.ª rodada.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 0 X 1 FLAMENGO

CHAPECOENSE - Tiepo; Bryan, Douglas, Rafael Pereira e Roberto; Márcio Araújo, Elicarlos e Gustavo Campanharo (Vini Locatelli); Renato Kayzer (Camilo), Everaldo e Régis (Arthur Gomes). Técnico: Marquinhos Santos.

FLAMENGO - Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Renê; Willian Arão, Gerson e Everton Ribeiro; Vitinho (Piris da Motta), Bruno Henrique e Reinier (Berrío depois Lucas Silva). Técnico: Jorge Jesus.

GOLS - Bruno Henrique, aos 35 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Vinícius Gonçalves Dias Araujo (SP).

CARTÃO AMARELO - Elicarlos (Chapecoense).

RENDA - R$ 921.310,00.

PÚBLICO 12.152 pagantes.

LOCAL Arena Condá, em Chapecó.

Esportes

Leila vai à Fifa contra dirigente da Conmebol: 'Não sabem sobre racismo, como vão combatê-lo?'

A ação ocorre após Alejandro Domínguez, mandatário da Conmebol, usar a expressão "Tarzan sem Chita"

18/03/2025 23h00

Foto: Reprodução

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, afirmou nesta terça-feira que, juntamente com a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a Liga Forte União (LFU), enviou uma carta à Fifa pedindo providências e apontando a necessidade de penas mais rigorosas em episódios de racismo no futebol.

A ação ocorre após Alejandro Domínguez, mandatário da Conmebol, usar a expressão "Tarzan sem Chita" ao comentar a possibilidade de os clubes brasileiros boicotarem a Libertadores e se filiarem à Concacaf por causa dos frequentes casos de discriminação contra os times do País em competições sul-americanas, sugestão da executiva palmeirense.

"Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros", disse Leila, em nota enviada ao Estadão.

"A declaração do presidente Alejandro demonstra, mais uma vez, a dificuldade da Conmebol em compreender o que é racismo. Se as pessoas que comandam o futebol sul-americano nem sequer sabem o que é racismo, como serão capazes de combatê-lo?", continuou

A fala acontece uma semana depois do caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores sub-20. Alejandro Domínguez falou sobre o tema em discurso na Conmebol, durante evento que definiu os grupos da Libertadores e Copa Sul-Americana. O dirigente afirmou que a entidade não é indiferente ao tema e toma todas as medidas que estão ao seu alcance para inibir casos de discriminação.

O Estadão apurou que o dirigente preferiu discursar em português em vez de espanhol ao falar sobre o tema como uma maneira de se dirigir ao público do Brasil. Por questões de agenda, ele não se encontrou com membros da comissão palmeirense para tratar especificamente do assunto, assim como não se reuniu separadamente com qualquer membro de outro clube. Leila Pereira, em forma de protesto, não compareceu ao evento. O clube foi representado pelo vice Paulo Buosi.

Após a repercussão negativa, Alejandro Domínguez se manifestou publicamente pedindo desculpas e reforçando o compromisso da entidade na luta contra a discriminação. "Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", disse Domínguez.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", concluiu o dirigente.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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RACISMO

Presidente da Conmebol diz que Libertadores sem brasileiros é 'Tarzan sem Chita'

Na última semana, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sugeriu a saída dos clubes brasileiros da Conmebol para se juntarem à Concacaf, motivados pelos recentes casos de racismo que ficam impunes

18/03/2025 12h00

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol Foto: Divulgação/Conmebol

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Uma fala de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, gerou polêmica no Brasil nesta terça-feira. O dirigente afirmou que a ausência de brasileiros em na Libertadores é algo impossível, como "Tarzan sem Chita". A fala ocorreu após o sorteio dos grupos da competição continental, nesta segunda, na sede da entidade, em Luque, no Paraguai. O vídeo do momento viralizou nas redes sociais. A entidade deve se manifestar sobre o assunto ainda nesta terça.

"Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", disse Domínguez.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", concluiu o dirigente.

Domínguez usou a expressão ao questionado pelos repórteres na zona mista sobre a sugestão de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, de os clubes brasileiros se filiarem à Concacaf em resposta às ações da Conmebol contra o racismo. "Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível", disse Domínguez, em tom descontraído.

A fala acontece uma semana depois do caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores sub-20. Alejandro Domínguez falou sobre o tema durante o evento desta segunda, afirmando que a Conmebol não é indiferente ao tema e toma todas as medidas que estão ao seu alcance para inibir casos de discriminação.

O Estadão apurou que o dirigente preferiu discursar em português em vez de espanhol ao falar sobre o tema como uma maneira de se dirigir ao público do Brasil. Por questões de agenda, ele não se encontrou com membros da comissão palmeirense para tratar especificamente do assunto, assim como não se reuniu separadamente com qualquer membro de outro clube.

Tarzan é um personagem fictício, criado por Edgar Rice Burroughs, em 1912. Ganhou popularidade na década de 1930, com a série televisiva, no qual contracenava com Chita, um chimpanzé macho, mas que interpretou uma fêmea na série.

Na última semana, o Palmeiras, clube de Luighi, iniciou o movimento dos clubes brasileiros contra o racismo, logo após o episódio envolvendo o jovem na disputa da Libertadores sub-20, em partida contra o Cerro Porteño. Além disso, o time alviverde entendeu que as punições aos paraguaios foram brandas.

O Cerro Porteño foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 289 mil em conversão direta) e penalizado com portões fechados, medidas que, segundo o Palmeiras fazem a entidade ser "conivente" com as agressões. Além da nota contra a decisão da Conmebol, Leila Pereira se recusou a ir ao sorteio nesta segunda-feira. Paulo Buosi, vice-presidente, representou o clube no Paraguai.

O discurso de Domínguez se referiu à luta contra o racismo e ao caso de Luighi.

"Não posso seguir sem falar de racismo. Um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria eu também de abordar uma questão que nos desafia. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, na sociedade. Mas afeta o futebol A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser? À dor do Luighi", disse o mandatário antes do sorteio.

O discurso foi realizado em português. Esta foi uma forma que o presidente da Conmebol encontrou para se dirigir aos brasileiros, em especial após os movimentos contra a Conmebol e o racismo ao longo da última semana.

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