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Lewis Hamilton mira hexa para confirmar dinastia na F-1

O inglês larga em terceiro neste domingo no GP do México

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Lewis Hamilton terá neste domingo, a partir das 16h10 (de Brasília), no GP do México, a primeira de quatro chances de selar o hexacampeonato na Fórmula 1. Uma combinação de resultados envolvendo o finlandês Valtteri Bottas, seu companheiro na Mercedes, pode assegurar o feito no Autódromo Hermanos Rodríguez. Se o título vier, o piloto inglês vai confirmar uma nova e poderosa dinastia na categoria, com cinco troféus em apenas seis anos, algo comparável somente a lendas como o argentino Juan Manuel Fangio e o alemão Michael Schumacher.

O inglês larga em terceiro neste domingo. Fez o quarto tempo no treino oficial, mas ganhou uma posição porque Max Verstappen, que com 1min14s578 fizera a pole position, foi punido com a perda de três posições por não ter reduzido a velocidade quando Bottas bateu. Charles Leclerc herdou a pole com Sebastian Vettel completando a primeira fila da Ferrari. Bottas larga em sexto.

Para faturar o hexa no México, com três etapas de antecedência, Hamilton precisará somar 14 pontos a mais que Bottas. Entre diversas combinações, ele será campeão se vencer a corrida e conquistar o ponto extra pela volta mais rápida desde que o companheiro de equipe não passe do quarto lugar. Ou se apenas faturar a vitória na prova e Bottas ficar em quinto. Caso o título seja confirmado, será a terceira vez seguida que o inglês se sagrará campeão em solo mexicano.

Estes feitos obtidos em anos consecutivos já tornam Hamilton um nome quase hegemônico em sua "era". Raros foram os pilotos que impuseram tal domínio por temporadas seguidas. Os nomes mais conhecidos são Fangio e Schumacher, mas o alemão Sebastian Vettel também fez história no início da década ao empilhar quatro títulos seguidos, entre 2010 e 2013, pela Red Bull.

No quesito títulos consecutivos, Schumacher segue imbatível. Foram cinco troféus, entre 2000 e 2004, ano em que assombrou o mundo com sua Ferrari ao vencer 13 das 18 corridas da temporada. A dinastia do heptacampeão foi complementada ainda pelo bicampeonato de 1994 e 1995, pela Benetton. Dos seguidos recordes batidos à época, um deles segue em pé: o número de 91 vitórias.

Mas esta estatística está com prazo de validade, digamos, "perto de vencer". Hamilton já soma 82 e tem contrato com a Mercedes até 2020. O inglês, contudo, já supera o alemão no aproveitamento geral, exibindo domínio maior em sua "era". Na comparação vitórias por número de corridas, o piloto da Mercedes exibe a marca de 33,3% (82 triunfos em 246 provas), contra 29,6% (91/307) de Schumacher.

Se for campeão neste domingo, Hamilton superará o alemão ainda com maior vantagem no aproveitamento nas temporadas. Será de 46,1% (seis títulos em 13 campeonatos), contra 36,9% (sete em 19).

Mesmo com o troféu do ano, o inglês vai continuar atrás de Fangio. O pentacampeão exibe 47% de aproveitamento no mesmo quesito. E também é superior no rendimento de vitórias por corrida: 62,5%. Não por acaso. O argentino foi um fenômeno na década de 50. Foram quatro conquistas seguidas. Venceu 24 das 51 provas que disputou, praticamente a metade. Em 1954, o domínio era tal que venceu seis das nove etapas.

Como se isso não bastasse, Fangio ainda não foi superado em outras estatísticas importantes, como o aproveitamento de pole position (56,9%) e de pódios (68,7%). O inglês exibe 35,4% e 60,2%, respectivamente. O argentino também é reconhecido por ser o único a ser campeão por quatro equipes diferentes. Hamilton e Schumacher venceram em dois times e Vettel defendeu apenas um como dono do troféu.

Para o bicampeão Emerson Fittipaldi, os números mostram que Hamilton precisará mostrar ainda mais serviço para superar o argentino. "Todos têm um momento, este é o de Hamilton. E hoje é uma época diferente, como foi a de Schumacher", diz o brasileiro à agência EFE.

O francês Alain Prost, dono de quatro títulos na F-1, evita comparações. "É sempre difícil comparar gerações porque acho que é muito complicado ser um multicampeão em um período, principalmente quando o nível de performance dos times era de altos e baixos. Hoje é diferente, mas não tira o mérito dele. Lewis é certamente um dos melhores. É difícil ser campeão todo ano ou quase todo ano", afirma o ex-rival de Ayrton Senna.

Se ainda não pode alcançar Fangio, o piloto inglês pode ostentar o domínio atual incontestável. Nos últimos anos, só não levou o caneco em 2016, quando foi vice diante da conquista do alemão Nico Rosberg, seu então parceiro na Mercedes. Nem mesmo o tetracampeão Sebastian Vettel vem conseguindo impor resistência ao britânico. O piloto da Ferrari tem aproveitamento de 30,8% no quesito títulos por temporada. E de 22,5% em vitórias por corrida.

A dinastia criada pelo inglês já é reconhecida pelas principais lideranças da F-1. "Muito do sucesso da Mercedes nos últimos anos se deve a Lewis Hamilton. É um piloto incrível, que está reescrevendo a história deste esporte a sua própria maneira", afirma Ross Brawn, atual diretor técnico da F-1, com passagens pela Ferrari e pela própria Mercedes.

Acostumado a comandar pilotos como Schumacher, Brawn não esconde a surpresa com a evolução do inglês desde o primeiro título, obtido com a McLaren, em 2008. "Você simplesmente não sabe de onde vem o desempenho dele. Todo mundo acha que sabe qual é a referência e, de repente, ele faz algo que muda a referência. Tive a sorte de ver isso às vezes com Michael Schumacher. Vi também com Ayrton Senna."

 

Apesar do domínio recente, o inglês não é unanimidade. Para o escocês Jackie Stewart, tricampeão da F-1, Hamilton conta com a vantagem dos altos investimentos da Mercedes. "Hamilton demonstrou que é o melhor, mas também é o que possui mais recursos porque sua equipe é a que mais investe, até mais que a Ferrari."

 

CATEGORIA

Campo-grandense faz golaço de falta contra o Fortaleza pelo Nordestão

Revelado pelo Comercial, Luan Rodrigues fez dois gols na vitória do Sousa-PB diante da equipe cearense, pela 6ª rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste

20/03/2025 09h45

Campo-grandense Luan Rodrigues, autor de dois gols contra o Fortaleza na Copa do Nordeste

Campo-grandense Luan Rodrigues, autor de dois gols contra o Fortaleza na Copa do Nordeste Foto: Reprodução

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Revelado pelo Comercial em 2015 e nascido em Campo Grande, o meia Luan Rodrigues fez dois gols na vitória do Sousa-PB diante do Fortaleza, pela 6ª rodada da Copa do Nordeste, na noite desta quarta-feira (19).

A equipe paraibana entrou para esta partida precisando de um resultado positivo para se manter vivo na competição regional, já que apenas os quatros primeiros colocados de cada grupo se classificam às quartas de final. Já o clube cearense foi para o jogo com a classificação praticamente encaminhada e precisava de um empate para garantir a vaga na próxima fase.

Aos 30 minutos da primeira etapa, Luan recebeu lançamento pela esquerda, fintou dois jogadores adversários e contou com a “sorte” do desvio para a bola parar nos fundos da rede. Porém, três minutos depois, Yago Pikachu roubou a bola no meio-campo e lançou para Kervin Andrade estufar o gol com um chute cruzado.

No segundo tempo, aos 12 minutos, o campo-grandense cobrou uma falta próxima à área com perfeição e matou o goleiro Brenno do Fortaleza. Ainda, o defensor Wellisson, do Sousa-PB, foi expulso aos 28 minutos, mas nada aconteceu e o jogo terminou 2x1 para os mandantes.

Com isso, a equipe paraibana chegou aos 6 pontos na quarta colocação, enquanto o Fortaleza estagnou nos 9 pontos na terceira posição. Ambos os times estão no grupo A e se classificando ao mata-mata da Copa do Nordeste.

A próxima rodada será a última desta fase, que ocorrerá na próxima quarta-feira (26). O Sousa-PB enfrenta o Ferroviário-CE, fora de casa. Já o Fortaleza recebe o CRB-AL, no Castelão.

Agora, pelos próximos dois finais de semana, o Luan e companhia terão a missão de erguer a taça do Campeonato Paraibano. Nos dias 23 e 30, o Sousa-PB, atual campeão, enfrenta o Botafogo-PB, maior campeão com 30 títulos, pela grande decisão, com o jogo de volta sendo na casa do adversário.

Trajetória - Luan Rodrigues

Nascido no dia 16 de julho de 1996 em Campo Grande, Luan Rodrigues começou sua trajetória profissional no tradicional Comercial. No clube campo-grandense, conquistou o Sul-Mato-Grossense de 2015 e o vice-campeonato em 2016.

Desde então, sua carreira é baseada em rodar por clubes de vários estados do país. Por exemplo, o meia já atuou pelo Luverdense (MT), Jacobina (BA), Uberlândia (MG), Remo (PA), São Paulo (RS), Porto (BA), além de equipes do estado, como Portuguesa (atual SAF Pantanal), Aquidauanense, Dourados, Novoperário e União.

Além do Sul-Mato-Grossense de 2015, o campo-grandense conquistou o Paraense pelo Remo, em 2022, e a segunda divisão do estadual em 2023, com a camisa da Portuguesa.

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EM BREVE

Superliga feminina pode chegar a Campo Grande após sucesso de jogos masculinos

Segundo Fabiano Rodrigues, organizador do evento, Minas ou Flamengo são as equipes mais prováveis de jogarem na capital, mas partida deve acontecer no final do segundo semestre deste ano ou em 2026

19/03/2025 10h45

Minas ou Flamengo podem vir a Campo Grande em breve

Minas ou Flamengo podem vir a Campo Grande em breve Foto: Montagem

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A quatro dias de Sada Cruzeiro x Vôlei Suzano pela Superliga Masculina, Campo Grande pode receber o naipe feminino da competição em breve, segundo Fabiano Rodrigues, organizador dos dois jogos trazidos à capital sul-mato-grossense.

De acordo com resposta enviada à reportagem, Fabiano afirma que está em negociações para trazer a Superliga feminina na próxima temporada, que começa em outubro deste ano, mas ainda não há nada confirmado.

Ainda segundo ele, há duas equipes que atraem interesse: Minas Tênis Clube (MG) e Sesc RJ Flamengo. Atualmente, o clube mineiro ocupa a segunda posição nesta atual temporada, com 48 pontos em 21 jogos, sendo 17 vitórias. Já o time carioca está na sexta colocação, com 39 pontos, sendo 12 triunfos.

O Minas é um dos grandes expoentes da vôlei feminino no Brasil, 15 títulos nacionais e oito do Campeonato Sul-Americano de Clubes. Hoje, conta com jogadoras estreladas no elenco, como a central Thaísa Daher, campeã olímpica duas vezes (2008 e 2012) e bronze em Paris-2024, a ponteira Pri Daroit, prata no Mundial de 2022 com a seleção brasileira, e Julia Kudiess, também prata no Mundial há três anos.

Já o Flamengo é treinado desde 2021 pelo técnico Bernardinho, que já conquistou dois ouros (2004 e 2016) e duas pratas (2012 e 2008) nas Olímpiadas com a seleção masculina e um bronze (1996) com a feminina. Recentemente, assinou com oposta e ponteira Tainara Santos, de 25 anos e medalhista com a seleção em Paris-2024, mas ainda resta o anúncio oficial por parte do clube carioca. Mikaela Hestmann, ponteira de 17 anos e uma das maiores revelações brasileiras no esporte, também compõe o elenco flamenguista.

No último dia 14, ambas as equipes se enfrentaram pela competição nacional, com vitória "fácil" da equipe mineira, com parciais de 27/29, 25/19, 25/23 e 25/22. Porém, em novembro do ano passado, ainda na atual temporada, foi a vez da equipe carioca vencer por 3 sets a 1, com parciais de 25/14, 19/25, 25/13 e 25/23.

A presença da Superliga feminina em Campo Grande pode acontecer devido ao sucesso de vendas nos dois jogos do masculino. Em dezembro, 6 mil pessoas assistiram Vôlei Renata (SP) x Vedacit Guarulhos (SP), com vitória dominante por 3 sets a 0 da equipe do levantador Bruninho.

Já no próximo domingo (23), é a vez de Sada Cruzeiro (MG) e Vôlei Suzano (SP) jogarem com casa cheia na capital sul-mato-grossense, a partir das 17h. De acordo com Fabiano, três mil ingressos foram vendidos para este jogo, mas as vendas continuam com cinco tipos diferentes de ingresso no site totalingressos.com:

  • Arquibancada - R$ 60,00
  • Arquibancada infantil - R$ 35,00
  • Cadeira - R$ 120,00
  • Cadeira infantil - R$ 60,00
  • Experiência em quadra, com open food e bar - R$ 350,00

Ainda, antes do jogo principal da noite, os fãs poderão assistir um duelo de "aquecimento" entre Sesi MS e Sesi SP, pelo sub-17, a partir das 13h30.

Cruzeiro e Suzano

Hoje, o Sada Cruzeiro é o principal time de vôlei em solo brasileiro. Somente em 2024, a equipe mineira conquistou cinco títulos: Sul-Americano de Clubes, Copa Brasil, Mineiro, Supercopa e Mundial de Clubes. Além disso, é o segundo colocado da Superliga 24/25, com 45 pontos (16 vitórias e três derrotas), torneio que é o maior campeão, com oito títulos. No elenco, conta com jogadores estrelados e conhecidos do público, como os campeões olímpicos Lucão, Wallace e Douglas Souza.

Já o Suzano (SP) não tem grandes títulos, assim como seu adversário, muito pela criação recente da equipe profissional, que aconteceu há três anos e meio. Em 2021, foi campeão da Superliga C (Etapa de Suzano) e, no ano seguinte, campeão da Superliga B. Na década de 90, chegou a ser conhecida como "Capital do Vôlei", impulsionada pelas conquistas expressivas do antigo time do município.

Atualmente, a equipe do interior paulista ocupa a 6ª colocação, com uma campanha bem equilibrada. São 29 pontos conquistados em 20 jogos, sendo nove vitórias e 11 derrotas.

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