A paciência do presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, com o meia Paulo Henrique Ganso acabou. Após o jogador recusar oferta salarial de R$ 420 mil por mês para renovar com o Peixe, pedir R$ 1 milhão, e dizer publicamente que "esperava coisa melhor", o dirigente alvinegro decretou o fim das negociações e desabafou.
Em entrevista ao jornal A Tribuna, de Santos, Luis Alvaro disse que não aumentará a proposta santista e criticou a pedida do Maestro.
“Não (vou fazer mais ofertas). Já fiz três. Chega. Agora, o Santos fica na dele. (O Ganso) tem contrato até 2015, recebe absolutamente em dia. Não há mais espaço para esses números insensatos no futebol brasileiro. Oferecemos valores no limite do possível. Um centavo a mais é impossível, e isso eu não faço. Tentávamos fazer como fizemos com Neymar, com sucesso absoluto. Agora temos de olhar para frente. Vamos cumprir nossa parte do contrato, e ele cumpre a dele”, disparou.
Apesar de ter falado que a remuneração desejada por Ganso está fora da realidade do clube, o presidente santista não quis falar sobre valores.
“Eu não especulo, tenho ética. Não quero falar sobre números. Se ele falou, falou porque quis. Respeito o sigilo que envolve as duas partes. Uma não pode dizer sem consultar a outra. Isso é básico, senão fica a lei da selva. É uma proposta que eu não entendo como ele possa falar isso, inclusive em público, porque foi uma extremamente atraente para qualquer jogador do futebol brasileiro”, afirmou.
Cartolas santistas entendem que propuseram um valor acima da realidade do mercado brasileiro e que o jogador não chegaria ao salário desejado nem se jogasse na Europa. Irritados com a novela, que segue desde o segundo semestre de 2010, os dirigentes desistiram da renovação e já aceitam negociar o meia.
Ganso tem contrato com o Santos até 2015. A multa rescisória do jogador para clubes do exterior seja de 50 milhões de euros (cerca de R$ 129 milhões), mas o Santos aceitaria negociar o atleta por valor menor. O "problema" é que ainda não chegaram propostas pelo Maestro. O clube tem 45% dos direitos econômicos do meia e o grupo DIS a parte restante.