Esportes

Futebol Feminino

Olimpíadas 2024: de quase eliminadas na fase de grupos à prata

Brasil foi superado pelos Estados Unidos na final

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O Brasil chegou à sua terceira final no torneio olímpico feminino de futebol, mas, pela terceira vez, foi derrotado pelos Estados Unidos. Em mais uma jornada amarga para a seleção brasileira, as americanas saíram vitoriosas no Parque dos Príncipes, na tarde de sábado (10) em Paris. Em um jogo acirrado, venceram por 1 a 0, com gol de Mallory Swanson, garantindo a medalha de ouro nos Jogos de Paris.

A equipe brasileira, por sua vez, ficou com a prata, em uma campanha surpreendente que marcou a despedida olímpica da veterana Marta. A alagoana participou de seis edições do megaevento esportivo e conquistou três medalhas, todas de prata, em finais contra o mesmo adversário. Assim como em 2004, em Atenas, e em 2008, em Pequim, o time verde-amarelo equilibrou as ações contra a tradicional equipe norte-americana. Superada na prorrogação nas duas ocasiões anteriores, desta vez a derrota veio no segundo tempo, após uma primeira etapa em que o Brasil criou várias oportunidades para abrir o placar.

Apesar da frustração, a medalha de prata é mais um resultado importante para uma modalidade que foi proibida no Brasil por decreto de 1941 a 1979. Desde os anos 90, impulsionada pela geração pioneira de Roseli, Sissi e Kátia Cilene, o futebol feminino tem lutado para superar o atraso histórico. A glória máxima quase foi alcançada em várias ocasiões, como na Copa do Mundo de 2007, quando o Brasil perdeu para a Alemanha na final. Naquele momento, as atletas exibiram a faixa: "Brasil, precisamos de apoio". Frequentemente, ouviam que não havia investimento porque não venciam, como se o desempenho em campo fosse responsável pelo desenvolvimento do esporte, e não o contrário.

Já na ativa, outra geração de craques, com nomes como Formiga, Marta e Cristiane, teve como maior conquista o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, com uma vitória de 5 a 0 sobre os Estados Unidos no Maracanã lotado. No entanto, apesar da histórica goleada, a medalha não tem o mesmo peso de um ouro olímpico, que mais uma vez escapou.

O caminho até a final em Paris foi difícil. Após uma vitória suada sobre a Nigéria na estreia, a equipe comandada por Arthur Elias sofreu uma virada nos minutos finais contra o Japão e perdeu também para a campeã mundial Espanha, com Marta sendo expulsa. A classificação para as quartas de final só foi possível graças a uma combinação de resultados que deu ao Brasil o terceiro lugar no grupo.

Na fase eliminatória, a seleção brasileira reagiu de forma decisiva. Venceu a forte equipe da França por 1 a 0, com um gol de Gabi Portilho, em uma vitória inédita contra as francesas. Em seguida, reencontrou a Espanha e venceu por 4 a 2, surpreendendo as campeãs mundiais, que pareciam incrédulas com o renascimento brasileiro.

Restava, contudo, superar os Estados Unidos. Arthur Elias decidiu manter a estratégia das duas partidas anteriores, em que Marta estava suspensa. A veterana começou a final no banco de reservas, enquanto as titulares criaram várias chances de gol antes do intervalo.

Logo no início, Ludmila recebeu um passe de Jheniffer na frente do gol, mas chutou fraco, permitindo a defesa de Naeher. Ludmila ainda balançou as redes, mas o gol foi anulado por impedimento, mostrando que o Brasil não estava disposto a apenas se defender. A troca de passes era boa, e as investidas ao ataque eram frequentes.

As norte-americanas também tiveram seus momentos, especialmente criando problemas para as laterais Lauren e Yasmim. Na melhor chance do primeiro tempo, Swanson superou Lauren na velocidade, mas foi parada por Lorena. Do outro lado, Naeher fez uma grande defesa em chute de Gabi Portilho.

No segundo tempo, o jogo mudou. As norte-americanas adiantaram a marcação, criando dificuldades para o Brasil, que começou a mostrar sinais de desorganização. Aos 12 minutos, Korbin Albert aproveitou uma saída errada das adversárias e deixou Swanson livre para marcar.

Arthur Elias reagiu com uma substituição tripla, colocando Angelina, Priscila e Marta em campo – antes disso, Ana Vitória havia substituído Yaya. A seleção brasileira pressionou nos minutos finais e teve uma excelente chance nos acréscimos, quando Angelina cruzou para Adriana, que cabeceou livre, mas Naeher fez outra grande defesa, garantindo o ouro para as norte-americanas.

Com informações de FolhaPress

ELIMINATÓRIAS

De MS, goleiro naturalizado deve ficar no banco contra o Brasil

Convocado para as rodadas de setembro das eliminatórias, o murtinhense Carlos Coronel iniciou no banco no último jogo do Paraguai, do qual foi um empate sem gols contra o Uruguai

10/09/2024 10h30

Nascido em Porto Murtinho, Carlos Coronel é o atual goleiro do NY Red Bull (EUA)

Nascido em Porto Murtinho, Carlos Coronel é o atual goleiro do NY Red Bull (EUA) Foto: Transfermarkt / Imago

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Nascido em Porto Murtinho, o goleiro Carlos Coronel deverá ser opção no banco de reservas da seleção paraguaia contra o Brasil, nesta terça-feira (10), às 20h30 (horário de MS), pela 8ª rodada das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026.

Na última sexta-feira (06), o Paraguai empatou sem gols contra o Uruguai, fora de casa, em partida que marcou a despedida do goleador Luis Suárez da seleção celeste. Neste jogo, o goleiro titular da albirroja foi o conhecido da população brasileira Gatito Fernández, que defende as cores do Botafogo desde janeiro de 2017, enquanto Coronel ficou no banco.

Na Copa América deste ano, que aconteceu em junho e julho, Carlos também foi convocado pelo técnico Daniel Garnero para a disputa da competição. Porém, em três jogos da seleção paraguaia no torneio continental (incluindo uma derrota de 4x1 diante do Brasil), o murtinhense acabou sendo reserva em todos.

Ao todo, Coronel tem nove partidas com a camisa vermelha e branca, sendo seis em 2023 durante as eliminatórias e mais três neste ano em junho, em amistosos oficiais. Hoje, é goleiro titular do NY Red Bull (EUA) e, desde o término da Copa América, foi titular em seis das sete partidas que a equipe disputou.

Atualmente, a seleção paraguaia ocupa a sétima colocação das eliminatórias, ou seja, indo para a repescagem, com seis pontos (uma vitória, três empates e três derrotas). Enquanto isso, o Brasil está na quarta posição, com 10 pontos conquistados (três vitórias, um empate e três derrotas). Confira a classificação completa:

Nascido em Porto Murtinho, Carlos Coronel é o atual goleiro do NY Red Bull (EUA) Fonte: Conmebol

Segundo o Transfermarkt, site especializado em valores dos jogadores profissionais, Carlos Coronel é avaliado em 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões, na cotação atual).

Trajetória - Carlos Coronel

Carlos nasceu no dia 29 de dezembro de 1996, em Porto Murtinho, mas com mãe paraguaia. Ele nunca jogou profissionalmente no Brasil, mas já passou por times de base nacionais, como o Red Bull Brasil sub-20, de Campinas. Também já foi aprovado em uma peneira no São Paulo, mas foi dispensado logo depois. 

"Eu tinha uns 15 anos quando fiquei um mês em Cotia no CT e fui aprovado, mas depois fui dispensado. O motivo exato (da dispensa) eu não consigo te dizer. Talvez tenha acontecido algo entre o meu representante na época e algum diretor do São Paulo", disse Carlos ao canal de esportes ESPN.

Depois disso, Carlos passou por Desportivo Brasil e Paraná até chegar ao Red Bull Brasil, em 2011. Antes mesmo de estrear no profissional, ele mudou-se para o Red Bull Salzburg e foi cedido por três temporadas ao Liefering, clube satélite que disputava a segunda divisão austríaca à época.

"Era a sede do projeto e viajava bastante para acompanharem meu desenvolvimento. Foi bem importante porque precisava de um tempo para me adaptar ao estilo de jogo, língua e cultura diferentes. É tudo muito parecido com o time principal, se você estiver pronto, sobe".

Com atuações de destaque, o brasileiro foi incorporado ao elenco principal do Salzburg, mas não teve espaço no time titular nos anos seguintes. Por isso, foi emprestado em 2019 ao Philadelphia Union e ao Bethlehem Steel, ambos dos EUA.

O goleiro voltou ao Salzburg depois que o titular se machucou em um acidente de moto. O brasileiro passou a revezar no banco de reservas até receber uma chance contra o Napoli pela Liga dos Campeões. Ele entrou no segundo tempo na vaga do lesionado Stankovic na derrota por 3 a 2 para os italianos.

"Foi uma coisa que aconteceu muito rápido. É a maior competição de clubes do mundo, todos acompanham. Foi um grande feito na minha carreira e espero jogar mais jogos pela Champions".

O brasileiro fez mais oito jogos na temporada, incluindo outros dois duelos pela Liga dos Campeões: vitória sobre o Genk por 4 a 1 e o empate por 1 a 1 com o Napoli - ao lado de Erling Haaland, atualmente no Manchester City. Após começar a temporada 2020-21 como reserva outra vez, Carlos resolveu mudar de ares e se transferir para o NY Red 

Nas duas temporadas pela equipe norte-americana, ele foi titular absoluto e conseguiu chegar aos playoffs da MLS. O goleiro já enfrentou Messi em partida em outubro do ano passado, mas não foi o único grande atacante que já enfrentou. Já teve o gosto de enfrentar alguns grandes atacantes em amistosos contra Liverpool e Real Madrid.

"Contra o Liverpool senti um pouco mais de pressão porque tinha Mané, Salah e Firmino no auge depois de vencerem a Champions. Foi bem especial. Joguei também contra o Benzema e fiz algumas defesas. São experiências que agregam muito".

Também participou de um amistoso pelo NY Red Bulls contra o Barcelona, que terminou com derrota por 2 a 0.

"O mais complicado foi o Lewandowski porque ele se posiciona muito bem. Você tenta ler a situação e muitas vezes ele se movimentava muito. Toda bola aérea ele ganhava".

*Colaborou Neri Kaspary

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Esportes

Naviraiense bate o Comercial em casa na abertura do estadual Série B

O Jacaré do Conesul venceu o Colorado por 2 a 1. Na outra partida, o Águia Negra venceu o Sete de Setembro por 3 a 1 de virada

09/09/2024 18h00

Torcida do Naviraiense retornou ao Virotão fazendo festa com a vitória do Jacaré do Conesul

Torcida do Naviraiense retornou ao Virotão fazendo festa com a vitória do Jacaré do Conesul Foto: Rodrigo Moreira/FFMS

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Começou neste final de semana a Série B do Campeonato Sul-Mato-Grossense. No interior, Naviraiense e Águia Negra conquistaram bons resultados, colocando um ponto de interrogação na mente dos torcedores do Comercial e do Sete de Setembro, que precisam correr atrás do resultado na próxima partida.

Na tarde de ontem (8), no Estádio do Virotão, em Naviraí, o time da casa recebeu o Comercial e venceu por 2 a 1. Os gols foram marcados por Vitão e Fabinho para o Jacaré do Conesul, enquanto Caio Vidal descontou para o Colorado de Campo Grande.

A partida foi movimentada no primeiro tempo, com o Naviraiense pressionando nos primeiros minutos.

O placar foi aberto aos 30 minutos do primeiro tempo. Pela direita, Thiago Capixaba recebeu na área e rolou a bola para Vitão, que chutou ao gol. A bola resvalou no zagueiro do Comercial e encobriu o goleiro Rodolpho, causando a explosão de alegria dos torcedores do Jacaré do Conesul.

O time da casa poderia ter ampliado o placar, mas o chute do zagueiro Paulão, aos 43 minutos do primeiro tempo, bateu na trave.

Na etapa final, o Naviraiense voltou com coragem para decidir a partida. Apesar de o time da casa ter ido ao ataque algumas vezes, o gol saiu após uma cobrança de escanteio na cabeça do atacante Caio Vidal, que desviou e colocou a bola no fundo das redes. 1 a 1.

Depois do susto, o Jacaré do Conesul foi em busca da vitória. Aos 19 minutos, Thiago Capixaba encontrou Douglas na área, que, de costas, rolou a bola para Fabinho, que bateu no canto de Rodolpho. 2 a 1.

Assustado, o Comercial arriscou chutes ao gol, mas não conseguiu empatar a partida novamente. Do outro lado, o Naviraiense teve a melhor chance do jogo aos 43 minutos, mas Rodolpho salvou o Colorado, evitando o terceiro gol 

No próximo domingo (15), o Comercial enfrenta o Águia Negra no Estádio Jacques da Luz. Já o Jacaré do Conesul folga nesta rodada e só volta a campo no dia 22 de setembro, para enfrentar o Águia Negra no Estádio do Chavinha, em Itaporã.

Águia Negra venceu de virada 

No retorno das competições oficiais, o Águia Negra venceu o Sete de Setembro por 3 a 1 na noite de ontem (8), no Estádio Ninho da Águia, em Rio Brilhante.

Em jogo movimentado, os visitantes abriram o placar. Aos 23 minutos, Daniel cobrou uma falta e, com a ajuda de Lipe, superou o goleiro Bruno e empurrou a bola para o fundo das redes. 1 a 0 para o Sete de Setembro.

 Ainda no primeiro tempo, Wesley igualou o placar em 1 a 1. A virada veio com André e Geadro, que marcaram os gols e ampliaram o placar para 3 a 1.

O próximo jogo do Águia Negra será contra o Comercial em Campo Grande. Já o Sete de Setembro enfrentará o Operário Caarapoense no Estádio do Chavinha, em Itaporã.

Torcida do Naviraiense retornou ao Virotão fazendo festa com a vitória do Jacaré do Conesul Fotos: Marcelo Berton/ Águia Negra vence o Sete de Setembro na estreia do estadual Série B

 

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