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Pereira fala em bater Phelps e não descarta 400m medley

Pereira fala em bater Phelps e não descarta 400m medley

GAZETA ESPORTIVA

17/08/2015 - 15h25
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Ganhador da medalha de prata nos 400m medley dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Thiago Pereira não descarta a possibilidade de nadar a distância no Rio de Janeiro 2016. A prioridade do brasileiro, no entanto, é a prova de 200m medley, atualmente liderada pelo norte-americano Michael Phelps.

Além da prata em Londres, Pereira ganhou o bronze nos 400m medley do Mundial de Barcelona 2013. Aos 29 anos de idade, o experiente nadador brasileiro teme o intenso desgaste físico provocado pela prova, mas ainda cogita a possibilidade de disputá-la nas Olimpíadas 2016.

“Os meus principais rivais não estão mais nadado os 400m medley e isso deixa claro como a distância é difícil não só para competir, mas também para se preparar. Minha grande aposta para 2016 é os 200m medley. Não descarto os 400m medley, mas é uma prova muito dura e que exige muito”, disse o atleta nesta segunda-feira, em São Paulo.

Ao falar sobre os 400m medley, Thiago Pereira lembrou o risco de ser atrapalhado por uma eventual lesão durante os Jogos Olímpicos. No recente Mundial de Kazan, por exemplo, o astro César Cielo resolveu abandonar o torneio em função de problemas no ombro.

“É uma coisa que precisamos tomar mais cuidado”, alertou, ainda indeciso com os 400m medley. “Vou continuar a preparação. Se tiver chance e sentir que estou bem, posso nadar. Tenho um carinho especial pela prova, porque realizei meu maior sonho (medalha olímpica) com ela. Honestamente, hoje não consigo responder”, completou.

Em Kazan, a estratégia de priorizar os 200m medley em detrimento dos 400m medley funcionou, já que Pereira subiu ao pódio. Punido por dirigir embriagado, Michael Phelps não disputou o Mundial, mas registrou nos Estados Unidos a melhor marca do ano na distância (1min54s75).

“Ele vai chegar bem (aos Jogos 2016), né?”, sorriu Pereira ao falar sobre o norte-americano. “É o maior atleta olímpico que já existiu. Ganhar 18 medalhas de ouro é algo fora do normal. É um cara único e nunca pode ser descartado, independentemente da competição e da forma que estiver. Vai ser sempre Michael Phelps”, declarou Pereira.

Na final dos 400m medley dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o astro terminou na quarta colocação, atrás do compatriota Ryan Lochte, de Thiago Pereira e do japonês Kosuke Hagino. A menos de um ano do Rio de Janeiro, o brasileiro pensa em maneiras de voltar a superar Phelps.

“O que eu tenho a fazer é voltar ao meu dia a dia, brigar, treinar o máximo possível para continuar competitivo em 2016 e vir com tudo para brigar com ele pela medalha”, disse Pereira, que nesta semana disputa o Troféu José Finkel pelo Minas Tênis Clube, na piscina do Pinheiros.

IGNORADA?

Abandonada pela CBF, Campo Grande permanece sem esperanças de receber jogo da seleção

Depois da Copa do Mundo no Brasil, a canarinho jogou 39 das 41 partidas em municípios que foram sedes daquele torneio, com apenas Belém e Goiânia como "foras da curva"

11/06/2025 10h30

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021 Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Na estreia de Carlo Ancelotti em território tupiniquim, o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0, Neo Química Arena, em São Paulo, para mais de 46 mil torcedores, e reforçou a tendência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em escolher cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 como casas da seleção brasileiro pós-Mundial no país.

Em outubro de 2009, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, o Estádio Morenão, em Campo Grande, recebeu o jogo entre Brasil e Venezuela, partida que terminou empatada sem gols. Quase 16 anos depois, a seleção brasileira não voltou a atuar em território sul-mato-grossense, e mantém a capital do estado pantaneiro sem esperanças de voltar.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, o Brasil fez 41 partidas “em casa” de 2015 a 2024, mas 95% delas foram em cidades que sediaram estádios para a Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em terras brasileiras. Apenas dois municípios fugiram do padrão e conseguiram sediar uma partida da seleção sem ter participado daquele Mundial: Belém (PA) e Goiânia (GO).

Esses números reforçam a tendência da CBF em utilizar arenas modernas, algumas construídas exclusivamente para a Copa de 2014, como é o caso da Neo Química Arena, palco da abertura daquele Mundial. Inclusive, desde então,o estádio do Corinthians recebeu quatro partidas da seleção brasileira, empatado com o Maracanã na “liderança”.

Outro dado que contribui para a entidade máxima do futebol brasileiro tomar essa posição é justamente o sucesso de venda de ingressos, mesmo sendo colocados a preços caros e exagerados. Desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, essa é a maior média de público em jogos da seleção, com 51 mil.

Especificamente no caso de Campo Grande, o único estádio que poderia comportar a seleção brasileira seria o Morenão. Mas, um dos espaços mais icônicos do futebol sul-mato-grossense está há mais de quatro anos sem receber uma partida profissional do campeonato local e com polêmicas que seguem sem soluções.

Em janeiro deste ano, durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense, Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), afirmou que a concessão ao Estado estaria nas tratativas finais. Porém, cinco meses depois ainda não há um acordo assinado entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o governo estadual, que seria por um período de 35 anos.

Por conta do descaso com o estádio e a má utilização do próprio para eventos esportivos ou de entretenimento, Campo Grande foi "deixada de lado" pela CBF e não deve voltar a receber partidas da seleção brasileira tão cedo.

À Folha de S. Paulo, Amir Somoggi, diretor da consultoria Sports Value, afirmou que a tendência da entidade é não colocar o Brasil em estruturas insuficientes e que não deem lucro, e por isso capitais e regiões brasileiras seguem sendo ignoradas pela canarinho.

“Qualquer estádio que seja escolhido hoje não será apenas por aspectos políticos. Vai ter também o aspecto econômico em primeiro lugar, quanto é possível faturar. Parece-me uma tendência irreversível, e quem não tiver estrutura não deverá receber mais jogos importantes", explicou Somoggi.

Tá complicado...

O processo de revitalização do Estádio Pedro Pedrossian seguiu ao longo destes três anos a passos lentos. Segundo o Governo do Estado, as obras foram divididas em três etapas, de estrutura e banheiros, parte elétrica e de acessibilidade e pânico para adequar o estádio às normas de segurança atuais. 

Em visitas na qual a reportagem do Correio do Estado realizou no local, foi observado que as rampas de acesso interno do gramado já estão concluídas e que os banheiros já foram reformados, sendo colocadas divisórias de mármore e até espelhos dispostos nas pias.

Já na entrada do estádio também foi pintado no chão indicativos de pista para corrida e caminhada, nos arredores do Morenão, além do escrito “Sou UFMS” pintado próximo à rampa principal.

Porém, na parte externa do Morenão, onde ficam as arquibancadas e o gramado do estádio, a situação é de total abandono.

Em uma das visitas, no inicio do ano passado, foi visto próximo ao gramado uma plantação de melancia, sinal claro que o Morenão não tem condições de receber nenhum evento esportivo.

Saiba

Durante a década de 90, Campo Grande recebeu duas partidas da seleção brasileira, ambas no Morenão. Em 1991, Brasil e Paraguai empataram em 1 a 1 em amistoso preparatório para a Copa América daquele ano.

Em dezembro de 1999, comandados por Vanderlei Luxemburgo, a seleção sub-23 enfrentou novamente os paraguaios em amistoso, e novamente ficaram no empate, desta vez por 3 a 3. Ao todo, 38 mil ingressos campo-grandenses assistiram o confronto.

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NOVOS RUMOS

Em busca de "milagre" na Série D, Operário anuncia novo técnico

Raphael Pereira foi anunciado na manhã desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa, e terá a difícil missão de tirar o Galo da última colocação de seu grupo

10/06/2025 12h15

Raphael Pereira, novo treinador do Operário

Raphael Pereira, novo treinador do Operário Foto: Felipe Machado/Correio do Estado

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Com a corda no pescoço na Série D do Campeonato Brasileiro, o Operário anunciou Raphael Pereira como novo treinador para o restante da competição.

Com apenas uma vitória em oito jogos, ele chega para substituir o bicampeão estadual Leocir Dall'Astra, que pediu demissão no último final de semana após quatro revés consecutivos na quarta divisão nacional.

Até agora, o Operário tem a segunda pior defesa da competição, com 16 gols sofridos, e o novo treinador disse que o primeiro passo para melhorar os resultados é parar de tomar gols, para então focar na eficiência ofensiva.

"Na verdade, a defesa começa no ataque, a gente vai organizar em bloco baixo. Porém, pessoal da frente e pressão precisa ser feita. Então, a gente vai tentar sincronizar os setores, os setores da equipe, para poder se estruturar e começar a iniciar a construção, a marcação, independente da altura da bola", reforçou Raphael.

Ainda, o novo treinador disse que, antes de qualquer mudança tática, há a necessidade de implementar novos ânimos na equipe, para restaurar a confiança dos jogadores, a fim de melhorar postura e comportamento dentro de campo, mesmo com tempo curto de trabalho até o próximo jogo.

Sobre a classificação para a próxima fase e o "milagre" que precisa fazer para conquistá-la, Raphael disse que só depende do Operário.

"Não depende de ninguém, depende só de nós, da nossa atitude, o que a gente quer ir. Vamos conversar com os jogadores, a gente sabe que o futebol não tem longo prazo, é curto prazo, é pra agora, a gente sabe que a gente precisa de resultado, e isso a gente tá ciente, os jogadores têm que estar cientes disso", afirmou.

Acerca de novas contratações, o novo treinador "desconversou" e disse contar com um elenco de bons jogadores, mas confirmou estar conversando com a diretoria para buscar soluções para setores do campo que estão sofrendo no departamento médico.

Neste próximo sábado (14), às 15h, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande, Raphael terá seu primeiro desafio como treinador do Operário, contra o Cascavel (PR), e convocou a torcida para ir em busca de uma vitória que pode reascender a chama do time na competição.

"Gostaria que dessem esse voto de confiança, eu sei que eles estão vindo, eu sei que estão apoiando e a gente não tá correspondendo. Apresentando bom futebol, apresentando vontade, disposição, e é isso que a gente pede para dar esse voto de confiança no sábado", disse o novo treinador.

Atualmente, o Operário ocupa a 8ª colocação do grupo G, com sete pontos conquistados. Já o Cascavel é o 3º, com 12 pontos. Lembrando que, apenas os quatro primeiros conseguem classificação para a fase de mata-mata da Série D.

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