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Caso Robinho: jogador se compara a Bolsonaro e revela ter recebido apoio de Neymar

Condenado por estupro em primeira instância na Itália, teve contrato suspenso com o Santos

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Condenado por estupro em primeira instância na Itália, o atacante Robinho teve outra chance de se defender em uma entrevista concedida a Benjamin Back, do canal Fox Sports. 

Centro das atenções ao longo da semana após fechar contrato com o Santos, acordo posteriormente suspenso, o jogador se defendeu, alegou ter feito sexo consensual com a mulher que lhe acusa, se comparou ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e contou ter conversado com Neymar sobre o caso.

Robinho afirmou que o sexo realizado foi consensual. "A imprensa colocou coisas deturpadas a meu respeito. Só que ninguém colocou que a menina pediu, no processo, R$ 3 milhões. Isso ninguém colocou", disse o atleta.

"É muito difícil ela estar embriagada para não ter o ato, mas lembrar de todo mundo. Então, está meio fora de contexto essas histórias. Eu jamais dei um copo de bebida para essa garota, deixei de respeitar ou fiz alguma coisa sem o consentimento dela Isso vocês podem ter certeza", afirmou Robinho, que disse estar sendo acusado sem provas

O site globoesporte.com teve acesso a detalhes do processo da Justiça italiana em que o jogador conversa com amigos por aplicativos de mensagens e admite ter colocado o pênis na boca da mulher desacordada, em estado de embriaguez.

Questionado sobre isso, Robinho apenas disse que sexo oral é comum quando as pessoas se relacionam e que não foi feito sem o consentimento da mulher. Na sequência, acusou as pessoas que o criticam de serem hipócritas, afirmando que elas usam drogas, bebem e "vão aonde não deveriam ir".

Em mais de um ponto da entrevista, Robinho criticou a imprensa brasileira e se comparou ao presidente Jair Bolsonaro, a quem considera que também foi acusado injustamente de inúmeras coisas, como ser racista ou fascista. 

"As pessoas estão me julgando e me atacando igual fazem com o Bolsonaro. Eu não entendo porque estão me atacando assim", criticou.

O jogador repetiu que seu maior erro foi não ter respeitado a esposa, que havia ido com ele à casa noturna onde ocorreu o ato sexual, mas que tinha ido embora mais cedo. 

Segundo Robinho, o processo foi um ponto de virada no casamento, por meio do qual ele passou a respeitar mais a companheira e se converteu ao cristianismo.

Além disso, Robinho foi questionado sobre Neymar. O jogador disse ter recebido total apoio do atacante do PSG, com quem jogou junto no Santos em 2010. 

"Me mandou mensagem. Não é um fato difícil de acontecer. Aconteceu com Neymar. Me deu apoio, se disponibilizou a me ajudar com as pessoas que ajudaram na inocência dele", disse Robinho, se referindo ao caso Najila Trindade, no qual Neymar sofreu acusação parecida, mas nada foi provado e o processo não seguiu em frente.

Robinho ainda afirmou que há um peso diferente em uma mulher dizer que faz sexo com vários homens e um homem dizer que faz sexo com várias mulheres, que muitas mulheres se jogavam em cima dele em baladas e que não poderia elogiar uma sem que fosse preso. 

Além disso, garantiu que foi iniciativa própria suspender o contrato com o Santos para não prejudicar o clube. Por fim, ainda ressaltou que espera ser inocentado e em breve voltar a jogar futebol, e pediu que as mulheres esperem "algo definitivo" antes de condená-lo.

Futebol

Santos anuncia saída de Kleiton Lima do time feminino após protestos por acusações de assédio

Kleiton Lima foi acusado de assédio sexual por 19 atletas. As acusações partiram de jogadoras santistas em setembro de 2023.

15/04/2024 23h00

Kleiton Lima foi acusado de assédio sexual por 19 atletas. As acusações partiram de jogadoras santistas em setembro de 2023. Foto: Agência Corinthians

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Kleiton Lima não é mais técnico do time feminino Santos. Em nota divulgada pelo clube, foi confirmado que o afastamento foi um pedido do técnico "para preservar sua família, sua integridade e o próprio Santos".

Ele foi acusado, ano passado, de assediar atletas que faziam parte do elenco santista em 2023. Após um processo administrativo não ter encontrado indícios de assédio, o clube voltou a contratá-lo, o que gerou protestos de jogadoras de diferentes clubes. Ele nega os casos.

Kleiton Lima foi acusado de assédio sexual por 19 atletas. As acusações partiram de jogadoras santistas em setembro de 2023. Na época, o próprio comandante pediu desligamento do cargo, mas negou ter cometido qualquer ato pelo qual era acusado. Os relatos diziam que o técnico comentava sobre os corpos e a vida sexual das atletas, além de apalpá-las e observá-las no vestiário.

Após a recontratação, o treinador foi apresentado na última semana. Na ocasião, a coordenadora do departamento de futebol feminino do Santos, Thaís Picarte, disse que as denunciantes foram procuradas durante o processo administrativo instaurado pelo clube e que não foram encontrados indícios de assédio.

Entretanto, as goleiras Anna Beatriz, Jully Silva e a zagueira Tayla Carolina retrucaram nas redes sociais dizendo o contrário. Hoje, elas atuam, respectivamente, em São Paulo, Cruzeiro e Grêmio. Ao todo, 14 atletas deixaram o Santos no final da temporada passada.

"Eu não cometi nenhum tipo de assédio. Aquelas cartas anônimas, com descrições insanas, levianas, não me pertencem", disse o técnico na coletiva de apresentação. Ele ainda relatou ter feito um registro de ocorrência por calúnia junto à Polícia Civil pelas cartas. Outro ponto dito por Kleiton é que havia insatisfação de parte do elenco com a comissão técnica pela cobrança para atingir metas.

A nota do Santos desta segunda-feira reitera que o técnico está "convicto de que não cometeu nenhum dos atos pelos quais é acusado", mas que ele entende o desligamento como o melhor caminho. O clube também disse que confia que o assunto tenha sido encerrado. Ainda segundo a nota, Kleiton Lima sofreu até ameaças de morte em razão das acusações feitas no ano passado.

Na última sexta-feira, o Santos enfrentou o Corinthians pelo Brasileirão Feminino. Ao abrir o placar da vitória corintiana por 3 a 1, Victória Albuquerque e demais atletas da equipe atual campeã brasileira protestaram, posando com a mão cobrindo a boca No gol santista, Ketlen comemorou com um abraço em Kleiton Lima

A partida entre Palmeiras e Avaí/Kindermann também teve o gesto de protestos das atletas, durante a execução do hino nacional antes da partida. As jogadoras também tiraram uma foto todas juntas e Letícia e Siméia, camisas 19 dos dois times, viraram de costas, em referência ao número de denúncias feitas contra o treinador.

Pouco antes do jogo entre Santos e Corinthians, o Cruzeiro publicou um vídeo com parte do elenco feminino em campanha contra violência de gênero. O post fala em combate à violência contra a mulher e contra a cultura de assédio, sem fazer menção direta ao caso que envolve o treinador do Santos.

Ainda que o processo administrativo do Santos tenha considerado que não foram encontrados indícios de assédio, há uma investigação do Ministério Público de São Paulo em andamento, sob segredo de Justiça.

Agora, Wesley Otoni vai assumir interinamente o cargo de técnico no Santos. A equipe é a 12ª no campeonato, com apenas um ponto a mais que o Flamengo, primeiro time no Z-4. O time volta a campo no sábado, contra o Avaí/Kindermann, que é o 15º, fora de casa.

 

FUTEBOL

Clubes do Campeonato Brasileiro têm quase 20% de estrangeiros no elenco

Clubes acumulam 126 jogadores estrangeiros em seus elencos, em sua maioria argentinos

14/04/2024 23h00

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Os clubes que disputarão o Campeonato Brasileiro deste ano acumulam 126 jogadores estrangeiros em seus elencos, em sua maioria argentinos. O número representa 19,5% do total de atletas.

Os dados são do site Transfermarkt e acompanham uma das novidades do regulamento do Brasileirão 2024, que aumentou para nove o limite de jogadores estrangeiros que podem ser utilizados por partida. Em 2023, cada equipe podia entrar em campo com, no máximo, sete atletas de outras nacionalidades.

Um dos argumentos para a mudança de regra -aprovada por unanimidade pelos clubes- é a tentativa de minimizar o espaço deixado por jovens atletas brasileiros que vão para o exterior.

Os elencos contêm representantes de 16 países, além do Brasil. Argentina, com 42 atletas, é o país que mais cede jogadores, seguido pelo Uruguai, com 23 atletas, e pela Colômbia, com 14.

As demais nacionalidades vêm, em ordem decrescente, de Paraguai, Equador, Chile, Venezuela, Itália, Espanha, Portugal, Angola, Bulgária, Nicarágua, Peru, França e República Democrática do Congo.

Botafogo e Grêmio são as equipes com mais jogadores de outros países, cada um com dez. A SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo trouxe reforços como o venezuelano Savarino, o uruguaio Damián Suárez e o paraguaio Óscar Romero.

Para esta temporada, o time gaúcho contratou o goleiro argentino Agustín Marchesín e incorporou ao elenco o argentino Pavón, o venezuelano Soteldo e Diego Costa, que é naturalizado espanhol. Os três últimos já estavam no mercado brasileiro em 2023.

A lista de clubes com mais estrangeiros segue com Internacional, Athletico-PR e Fortaleza, cada um com nove jogadores. Para Alessandro Barcellos, presidente do Inter, a possibilidade de contratar no exterior, especialmente na América do Sul, é importante pois amplia o leque de oportunidades para os clubes brasileiros.

"Também não acho que isso atrapalhe o surgimento de novos talentos no país, pois as categorias de base são a verdadeira essência de nossas raízes, tanto de parte técnica quanto financeira", afirmou.

Na visão de Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, o histórico de ídolos estrangeiros no Brasil também favorece a vinda de jogadores. "Fica aquela imagem do vencedor, como foi o Gamarra no Corinthians, o Dario Pereira no São Paulo, o Arrascaeta hoje no Flamengo. Sem dúvida, fica no imaginário do torcedor de que é possível trazer um estrangeiro que vá ser ídolo."

"Em relação à participação dos estrangeiros, no Cuiabá temos poucos em nosso elenco. Mas votamos a favor desse tema por ser algo importante de forma coletiva", disse Cristiano Dresch, presidente do clube matogrossense, com dois estrangeiros no elenco. "Os sul-americanos, que são os principais estrangeiros que estão no Brasil, podem vir e repor essas perdas."

Entre os técnicos, são oito os profissionais estrangeiros, aumentando para 40% o percentual de treinadores não brasileiros entre os times da série A.

Quatro são argentinos -Eduardo Coudet, do Internacional, Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, Ramón Díaz, do Vasco, e Gabriel Milito, do Atlético-MG- e quatro portugueses -Artur Jorge, do Botafogo, Antônio Oliveira, do Corinthians, Abel Ferreira, do Palmeiras, e Pedro Caixinha, do Red Bull Bragantino.

CONFIRA ABAIXO O NÚMERO DE JOGADORES ESTRANGEIROS POR CLUBES DA SÉRIE A E POR PAÍS DE ORIGEM:

  • Botafogo e Grêmio - 10;
  • Internacional, Athletico e Fortaleza - 9;
  • São Paulo e Vasco - 8;
  • Corinthians, Atlético-MG e Criciúma - 7;
  • Flamengo, Cruzeiro, Bahia e Atlético-GO - 6;
  • Palmeiras e Red Bull Bragantino - 5;
  • Fluminense e Vitória - 3;
  • Cuiabá - 2;
  • Juventude - 0.
  • Argentina - 42;
  • Uruguai - 23;
  • Colômbia - 14;
  • Paraguai - 12;
  • Equador - 9;
  • Chile - 7;
  • Venezuela - 6;
  • Itália - 4;
  • Espanha - 2;
  • Angola, Bulgária, Nicarágua, Portugal, Peru, França e República Democrática do Congo - 1.
     

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