O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jerôme Valcke, cobrou nesta segunda-feira (16), em Brasília, uma aprovação rápida da Lei Geral da Copa.
Ele concedeu entrevista na sede do Ministério do Esporte, ao lado do ministro Aldo Rebelo, e do ex-jogador Ronaldo Nazário, conselheiro do Comitê Organizador Local da Copa 2014 no Brasil. Antes, os três participaram de uma reunião.
A proposta da Lei Geral da Copa, em tramitação no Congresso, contém medidas que regulamentam a realização do Mundial de Futebol no Brasil, como preço dos ingressos e garantias aos patrocinadores do evento.
"Está na hora de parir essa lei. O bebê tem que nascer", disse Valcke. Indagado se o Brasil estaria fazendo exigências "demais" à Fifa, ele afirmou: “Deus, sim. Só porque vocês ganharam cinco vezes a Copa, vocês pedem, pedem, pedem. Na vida, é preciso pedir para ser atendido. Só que agora está na hora de assinar [a Lei Geral da Copa]. Temos que focar na lei", declarou.
Só porque vocês ganharam cinco vezes a Copa, vocês pedem, pedem, pedem. Na vida, é preciso pedir para ser atendido. Só que agora está na hora de assinar [a Lei Geral da Copa]"Jerôme Valcke, secretário-geral da Fifa“Creio que vamos finalizar rapidamente, parar de trabalhar na Lei Geral da Copa e começar a trabalhar na Copa em si", disse o secretário-geral.
Valcke disse que se reuniu na semana passada com o deputado federal Romário (PSB-RJ) e que os dois falaram “diretamente, sem usar a mídia, sobre quais são os problemas da Lei Geral da Copa”.
Segundo o secretário-geral da Fifa, a negociação em torno da Lei Geral “é uma discussão em andamento. Mas me sinto bastante confiante que vamos achar uma texto negociado em breve".
Valcke também comentou a polêmica em torno do preço dos ingressos para a Copa. A Fifa é contrária ao oferecimento de meia-entrada para estudantes e idosos.
"Já ouvi coisas malucas sobre os ingressos. Acho que há um mal entendido. Vamos preparar um documento que vai explicar todos os grupos e categorias de ingressos, particularmente a categoria 4 (ingressos populares)", afirmou.