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Temos que evoluir para poder pensar em título na Copa, diz Renato Augusto

Temos que evoluir para poder pensar em título na Copa, diz Renato Augusto

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Discreto fora das quatro linhas e um líder dentro de campo. É assim que Renato Augusto, 29, é visto por jogadores e pela comissão técnica da seleção brasileira, que nesta quinta (31), às 21h45, enfrenta o Equador, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pelas eliminatórias sul-americanas da Copa de 2018.

A influência do meio-campista foi conquistada por sua experiência e, principalmente, pelo fato de saber exatamente o que Tite deseja.

Profundo conhecedor do estilo de jogo do atual treinador, com quem trabalhou no Corinthians, Renato Augusto admite que se surpreendeu com a rápida adaptação do time ao esquema do técnico.
No entanto, mesmo com a boa fase da seleção, ele acredita que o time ainda precisa evoluir para poder pensar em ganhar o título mundial.

PERGUNTA - Você já havia sido convocado pelo Dunga, e agora é um dos líderes da seleção brasileira do Tite. O que mudou?

RENATO AUGUSTO - O Tite passou aquilo que ele queria e os jogadores entenderam. Eu, por conhecê-lo, sei que ele é muito detalhista, e precisa de tempo para implementar seu estilo. Fiquei surpreso com a rapidez com que ele conseguiu passar o que queria. Ajudou alguns jogadores conhecerem ele. Os que não tinham jogado com o Tite, perguntavam para a gente como ele gostava de jogar. Fizemos esse elo e as coisas aconteceram.

P. - O Brasil precisa ser testada contra seleções europeias?

R.A. - Existem muitas seleções sul-americanas que possuem alguns vícios do futebol europeu. A Argentina e o Uruguai têm 90% dos jogadores na Europa. Precisamos jogar contra equipes europeias, mas o caminho é esse. Estamos mantendo um padrão de atuação, um nível bom. Acho que quando enfrentarmos uma vamos jogar de igual para igual.

P. - Acredita que esse time será campeão mundial?

R.A. - Temos um ano para a Copa do Mundo e temos que evoluir bastante para pensar em título. Estamos numa crescente, mas até chegar a Copa tem muita coisa para acontecer. A reta final será o momento de crescer, e com mais tempo para trabalhar isso vai acontecer.

P. - Qual é a importância do Tite para a sua carreira?

R.A. - Sou muito grato ao Tite. Ele me deu abertura para crescer como homem, como jogador de futebol, principalmente taticamente. Atingi o meu ápice técnico e físico com ele. Foi o melhor treinador que já trabalhei e o vejo como um dos melhores do mundo.

P. - Você se considera um dos líderes da seleção brasileira?

R.A. - Cada um tem a sua responsabilidade. Cada um exerce a liderança de uma forma. O Neymar e o [Philippe] Coutinho são líderes técnicos, mas eles não vão falar muito. Outros têm que fazer isso, como o Thiago Silva, o Miranda. Eu tenho minha parcela, minha contribuição. Hoje, não podemos jogar toda a responsabilidade em apenas um jogador. Eu tenho que assumir a minha responsabilidade. Não sou o único, mas tenho um pouco.

P. - Há 20 meses, você trocou o futebol brasileiro pelo chinês. Você consegue jogar e se preparar em alto nível lá?

R.A. - O futebol chinês vem evoluindo. Procuro aproveitar para crescer em outros aspectos. Não apenas tecnicamente, mas também taticamente, com a leitura de jogo. É uma forma de ficar mais completo como jogador. Me preocupo muito com a parte física e levei um fisioterapeuta comigo para manter a forma. Não fui o único que cheguei [na China] e mantive o nível na seleção. O Paulinho manteve e, aliás, está melhor do que antes.

P. - O futebol brasileiro mudou após o vexame do 7 a 1?

R.A. - Foi uma coisa que aconteceu, que vai ficar a cicatriz. Não podemos mudar isso. Não acompanho muito os jogos do Brasileiro devido à diferença no fuso. Acompanho os gols, as notícias. Os treinadores estão estudando cada vez mais e vejo que tem um crescimento tático. Uma nova safra de treinadores estão surgindo.

P. - O que ainda precisa evoluir no nosso futebol?

R.A. - A troca de treinadores é um certo exagero, mas isso existe em todo o lugar do mundo. É claro que no Brasil acaba sendo um pouco mais. Não é possível um técnico ser demitido em dois meses. O número de jogos também é muito grande. Não podemos jogar 80 vezes no ano. Se tivéssemos elencos grandes, até poderia ser. Mas hoje, as equipes estão enxugando cada vez mais. O período de férias e pré-temporada são ruins. Porém, mesmo que seja devagar, as coisas estão mudando. O futebol brasileiro está crescendo aos poucos.

P. - Você sofreu muitas lesões na carreira. Como está hoje?

R.A. - Em 2014, fiz um trabalho muito bom com o Bruno Mazziotti. Fizemos uma correção muscular, na forma de corrida. Começamos do zero, ele me ensinou a andar de novo. Se tivesse conhecido meu corpo antes, talvez eu teria jogado num clube grande da Europa, mas aí a gente nunca se sabe.


 

ESPORTES

Brasileiro 'preocupa' tenistas estrangeiros para o Rio Open

Maior torneio da América do Sul, que garantiu a presença do carioca de 18 anos na chave principal, terá a presença do dinamarquês Holger Rune, ex-número quatro do mundo, atual 14º

08/02/2025 23h00

Possível adversário dinamarquês reconhece que o possível rival no Jockey Club Brasileiro

Possível adversário dinamarquês reconhece que o possível rival no Jockey Club Brasileiro "vem jogando realmente muito bem". Reprodução/Arquivo Pessoal

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Bom desempenho do jovem João Fonseca no Aberto da Austrália já causa preocupação aos futuros rivais do brasileiro no Rio Open.

O maior torneio da América do Sul, que garantiu a presença do carioca de 18 anos na chave principal, terá a presença do dinamarquês Holger Rune, ex-número quatro do mundo e atual 14º do mundo.

Aos 21 anos, ele é da mesma geração do brasileiro e reconhece que o possível rival no Jockey Club Brasileiro "vem jogando realmente muito bem".

"Ele é um jovem tenista incrível. Eu o vi ser campeão do Next Gen Finals, ele está jogando realmente muito bem. Ele tem um futuro brilhante pela frente, com certeza. Vamos ver como ele vai se sair no Rio Open neste ano", disse o dinamarquês em entrevista ao Estadão.

Uma das apostas da organização do Rio Open, Rune fará sua estreia no torneio de nível ATP 500. Animado pelo retorno ao Brasil, o dinamarquês, acostumado com o frio nórdico, contou o que espera encontrar na competição carioca.

"Espero um pouco de calor, um grande público, muitos torcedores e uma ótima atmosfera", comentou, bem-humorado.

"Acredito que o Rio deve ser um ótimo lugar para conhecer, visitar e jogar. Não vejo a hora de jogar diante dos fãs de tênis do Brasil."

Parte da ansiedade se deve à oportunidade de jogar no saibro pela primeira vez neste ano, na capital fluminense. Foi na terra batida que Rune ganhou dois dos seus quatro títulos de nível ATP e obteve dois vice-campeonatos nos últimos anos. Na capital fluminense,

"Eu não tenho um piso favorito, mas com certeza gosto muito do saibro. É o tipo de jogo em que você precisa construir melhor os pontos, você pode usar vários recursos, como dropshots, slices. Eu gosto bastante. É um pouco diferente, mas eu amo", comentou.

Apesar da estreia no Rio Open, Rune já jogou em solo brasileiro, ainda na época de juvenil, em torneios em Porto Alegre e Criciúma (SC). "Quando eu estive no Brasil pela primeira vez, tive uma grande experiência", disse o tenista.

Desde então, a trajetória do dinamarquês deu uma guinada. Em 2022, ele passou a ser reconhecido no mundo do tênis. Foi quando levantou seus três primeiros troféus de nível ATP. O mais importante deles, o Masters 1000 de Paris, veio com vitória sobre o favorito Novak Djokovic na final, com direito a virada no placar.

"Desafiar esses tenistas é uma questão de confiança. É claro que você precisa estar jogando bem, mas uma vez que o jogo está lá, é preciso acreditar que você consegue. E é preciso lutar", conta o dinamarquês.

Em 2023, ele manteve o bom nível, com um título e dois vices em Masters 1000. Naquele ano, alcançou sua melhor posição no ranking, o quarto lugar. No entanto, não conseguiu se sustentar no Top 10. Ele reconheceu que a falta de maturidade pesou na queda de rendimento.

"Eu aprendi muita coisa (desde então), tive muitas experiências, com certeza. Estar na quarta posição do ranking me ensinou muito sobre o que é preciso para alcançar essa colocação. Foram aprendizados interessantes...", admitiu o jovem atleta à reportagem.

Em busca da reação no circuito, Rune contratou técnicos badalados, como Patrick Mouratoglou, ex-treinador de Serena Williams, a lenda Boris Becker e o suíço Severin Luthi, ex-técnico e amigo de Roger Federer. Curiosamente, Rune recuperou suas melhores performances ao retomar a parceria com o compatriota Lars Christensen, um dos responsáveis por sua guinada entre os profissionais.

 

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COPA DO BRASIL

Atleta de MS do Criciúma volta ao estado para enfrentar o Operário

O zagueiro coxinense Rodrigo Fagundes é capitão da equipe catarinense, onde atua desde 2021; pela Copa do Brasil, Operário e Criciúma se enfrentam na primeira fase, em Campo Grande, na segunda quinzena do mês

08/02/2025 11h30

Natural de Coxim, Rodrigo Fagundes é capitão do Criciúma e volta a MS para enfrentar o Operário pela Copa do Brasil

Natural de Coxim, Rodrigo Fagundes é capitão do Criciúma e volta a MS para enfrentar o Operário pela Copa do Brasil Foto: Reprodução/Instagram

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O sorteio da Copa do Brasil aconteceu ontem, sexta-feira (07), e definiu os adversários das equipes sul-mato-grossenses na primeira fase da competição. O Operário enfrenta o Criciúma (SC), em Campo Grande, mas uma figura natural de Mato Grosso do Sul defende as cores do time catarinense e ainda carrega a faixa de capitão no braço.

Nascido em Coxim, o zagueiro Rodrigo Fagundes, de 37 anos, está no Criciúma desde 2021. Desde então, atuou em 172 jogos, fez sete gols e deu cinco assistências. Desses gols, três foram durante a disputa do Brasileirão no ano passado, contra Flamengo, Bragantino e Atlético (GO).

Porém, essas estatísticas são “irrelevantes” perto da importância dele para o time. Sai técnico, entra técnico, o coxinense continua sendo peça fundamental na defesa da equipe. Rodrigo é capitão do Tigrão há quase três anos e segue acumulando números com a camisa do Tricolor de Santa Catarina. 

Atualmente, é bicampeão catarinense, ambos conquistados diante do Brusque, além de ter sido eleito o melhor zagueiro da competição nos dois títulos.

Em 2023, foi titular durante a campanha de acesso do Criciúma à primeira divisão nacional, onde a equipe catarinense ficou na 3ª colocação da Série B, com 64 pontos conquistados. Porém, como “nem tudo são flores”, também participou do rebaixamento do time no ano passado, do qual a equipe ficou 18º, com apenas 38 pontos e 61 gols tomados, a pior defesa do campeonato.

Mesmo com a campanha abaixo da equipe, Rodrigo foi o melhor zagueiro por nota do Campeonato Brasileiro de 2024, com média de 7.20, segundo o Sofascore, site especializado em estatísticas do esporte. Além disso, foi o zagueiro com mais corte por jogo (6.9) e o terceiro em interceptações por partida (1.6).

No final de 2024, após o término do Brasileirão, o clube anunciou renovação contratual com alguns atletas do elenco, incluindo Rodrigo. 

O retorno do zagueiro ao Mato Grosso do Sul está marcado para acontecer na segunda quinzena de fevereiro, no dia 19 ou 26. O confronto será em Campo Grande, no Estádio Jacques da Luz. Quem passar, enfrenta na segunda fase o vencedor de Grêmio Sampaio (RR) x Remo (PA).

Dourados (DAC)

Além do Operário, o Dourados Atlético Clube (DAC) também é um dos representes sul-mato-grossenses nesta edição da Copa do Brasil. No sorteio, o Dourados foi mais sortudo que o rival de Campo Grande e vai enfrentar o Caxias (RS), no Estádio Douradão.

Caso bata a equipe gaúcha, o Dourados enfrenta o vencedor de do duelo entre Águia de Marabá (PA) x Fluminense (RJ), mas como visitante.

Copa do Brasil 2025

Nesta edição, a competição mais democrática do futebol brasileiro vai reunir 92 equipes. Nesta primeira fase, 80 irão participar. As 12 equipes restantes entram apenas na terceira fase, sendo eles: 

Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Fortaleza, Internacional, São Paulo, Corinthians e Bahia (classificados à Libertadores); Cruzeiro (classificado pela posição no Brasileirão 2024); Santos (campeão da Série B 2024); CRB (campeão da Copa do Nordeste) e Paysandu (campeão da Copa Verde).

  • Primeira fase: 19 ou 26 de fevereiro;
  • Segunda fase: 5 ou 12 de março;
  • Terceira fase: 30 de abril e 21 de maio;
  • Oitavas de final: 30 de julho e 6 de agosto;
  • Quartas de final: 27 de agosto e 11 de setembro;
  • Semifinais: 5 e 19 de outubro;
  • Final: 2 e 9 de novembro;

Decepção ano passado

Operário e Costa Rica foram os representantes de Mato Grosso do Sul na edição de 2024. A equipe de Campo Grande enfrentou seu xará do Paraná, o Operário (PR). Já o time do interior do estado enfrentou o América (RN).

Os Operários empataram em 0x0, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. Como dito nesta reportagem, o empate classificava o time visitante, por ser melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes (RNC). Portanto, a equipe paranaense avançou à segunda fase da competição na ocasião.

Já o Costa Rica perdeu por 2x1 para a equipe potiguar, no Estádio Laertão, no município sul-mato-grossense. Diante da derrota, também foi eliminado na primeira fase, se juntando ao Operário e ficando de fora do restante da Copa do Brasil.

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