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COPA DO BRASIL

Vasco bate Avaí e volta à final após 5 anos

Vasco bate Avaí e volta à final após 5 anos

TERRA

25/05/2011 - 22h51
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Cinco anos depois de ser derrotado pelo Flamengo e terminar com o vice-campeonato da Copa do Brasil, o Vasco volta a brigar efetivamente pelo título da competição. Eliminado na semifinal em 2008 e 2009, a equipe superou esta crucial fase com vitória por 2 a 0 sobre o Avaí na noite desta quarta-feira, na Ressacada, em Florianópolis, se garantindo como finalista da edição 2011 e candidato à disputa da Copa Libertadores 2012.

O adversário da final será o Coritiba, grande destaque brasileiro no primeiro semestre e que eliminou o Ceará na outra semifinal, nesta quarta-feira. O primeiro jogo será disputado na próxima quarta-feira, com mando de campo a ser definido por sorteio na CBF. Ambos os times nunca conseguiram um título de Copa do Brasil. O Vasco não ergue uma taça de primeira divisão desde 2003, quando foi campeão carioca - em 2009, conquistou a Série B do Brasileiro.

O time manteve sua característica de jogar melhor fora de casa na Copa do Brasil. Em São Januário, na última quarta-feira, arrancou empate por 1 a 1 nos acréscimos, com gol de pênalti. Desta vez, a vantagem do empate sem gols era do Avaí. Mas o time se impôs, dominou, e venceu com um gol contra de Revson em cruzamento de Felipe e outro de Diego Souza, aproveitando contra-ataque.

O jogo

Apesar de ter à disposição o atacante Rafael Coelho, que conseguiu efeito suspensivo após suspensão por briga durante confronto com o Botafogo, o técnico Silas manteve o Avaí com uma escalação conservadora. O atacante foi para o banco de reservas e, apesar do meio-campo reforçado, o time catarinense não se encontrou em campo. O Vasco dominou amplamente o primeiro tempo.

O time carioca iniciou a partida pressionando e, aos 4min, conseguiu uma falta perto da área, pelo lado direito. Felipe cobrou, mandou a bola pelo alto e contou com infeliz desvio de Revson. Nas quartas de final, o defensor já havia marcado contra a própria meta contra o São Paulo, decretando a derrota no jogo de ida. Desta vez, tocou pelo alto e tirou Renan do lance, abrindo o placar para o Vasco.

O que se seguiu foi um verdadeiro bombardeio cruzmaltino, com boas chances em finalizações de Allan, Éder Luís duas vezes e Felipe, todas da intermediária. Além disso, quase marcou aos 15min, quando Éder Luís recebeu lançamento pela direita e cruzou rasteiro. Alecsandro se adiantou à zaga, mas bateu para fora, aumentando a irritação da torcida catarinense na Ressacada.

Aos 22min, Allan recebeu na área e bateu cruzado, mas Renan fez bela defesa. Diego Souza dividiu no rebote e reclamou de pênalti, mas o árbitro mandou seguir. O Avaí demorou para chegar e, aos 18min, assustou em chute de Julinho, defendido por Fernando Prass. Com toque de bola envolvente, o Vasco chegou ao segundo gol aos 34min, acabando com a paciência dos torcedores do Avaí.

Em bom contra-ataque, Alecsandro carregou a bola no meio, entre Diego Souza e Éder Luís, cercado por apenas dois zagueiros do Avaí. Esperou o momento certo e tocou na esquerda para Diego, que deu um leve toque na saída de Renan para ampliar o placar. A essa altura, Silas já havia colocado Rafael Coelho no lugar de Acleisson, sem qualquer efeito prático em campo.

O prejuízo poderia ter sido menor se Julinho, autor do gol do Avaí no duelo de ida, tivesse concluído jogada pela esquerda, aos 36min: recebeu passe de Marquinhos Santos e tocou rasteiro por baixo de Fernando Prass. A bola bateu na trave e ficou com a zaga vascaína. Ao final do primeiro tempo, o elenco do Avaí deixou o gramado sob vaias e precisando de três gols para se classificar.

Na segunda etapa, o Vasco mudou ligeiramente a postura: mais comedido, esperou o Avaí avançar, o que não aconteceu. A falta de iniciativa do time anfitrião deixou os vascaínos mais tranquilos. Aos 14min, Ramon arriscou de fora da área e quase fez o terceiro: Renan falhou e a bola tocou na trave. Aos 22min, a torcida carioca já gritava "olé" sem ouvir qualquer resistência dos torcedores do Avaí.

Os presentes na Ressacada começaram a deixar o estádio aos 30min, pouco depois de Marquinhos Santos assustar com perigoso chute de fora da área, mandando a bola rente à trave direita de Fernando Prass. Com calma e categoria, os vascaínos faziam jogadas de efeito no ataque, tentando manter a bola próxima à defesa do time catarinense. A equipe ainda chegou a balançar as redes de novo.

Aos 39min, Diego Souza aplicou bonito lençol na intermediária e passou para Bernardo, que bateu com força. A bola desviou na zaga e sobrou para Alecsandro completar para as redes, mas o assistente anotou posição irregular do jogador. Nos minutos finais, o time manteve o Avaí longe do gol, já evitando problemas de olho na grande decisão. O time anfitrião, por sua vez, era muito xingado pelos torcedores restantes.

IGNORADA?

Abandonada pela CBF, Campo Grande permanece sem esperanças de receber jogo da seleção

Depois da Copa do Mundo no Brasil, a canarinho jogou 39 das 41 partidas em municípios que foram sedes daquele torneio, com apenas Belém e Goiânia como "foras da curva"

11/06/2025 10h30

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021 Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Na estreia de Carlo Ancelotti em território tupiniquim, o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0, Neo Química Arena, em São Paulo, para mais de 46 mil torcedores, e reforçou a tendência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em escolher cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 como casas da seleção brasileiro pós-Mundial no país.

Em outubro de 2009, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, o Estádio Morenão, em Campo Grande, recebeu o jogo entre Brasil e Venezuela, partida que terminou empatada sem gols. Quase 16 anos depois, a seleção brasileira não voltou a atuar em território sul-mato-grossense, e mantém a capital do estado pantaneiro sem esperanças de voltar.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, o Brasil fez 41 partidas “em casa” de 2015 a 2024, mas 95% delas foram em cidades que sediaram estádios para a Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em terras brasileiras. Apenas dois municípios fugiram do padrão e conseguiram sediar uma partida da seleção sem ter participado daquele Mundial: Belém (PA) e Goiânia (GO).

Esses números reforçam a tendência da CBF em utilizar arenas modernas, algumas construídas exclusivamente para a Copa de 2014, como é o caso da Neo Química Arena, palco da abertura daquele Mundial. Inclusive, desde então,o estádio do Corinthians recebeu quatro partidas da seleção brasileira, empatado com o Maracanã na “liderança”.

Outro dado que contribui para a entidade máxima do futebol brasileiro tomar essa posição é justamente o sucesso de venda de ingressos, mesmo sendo colocados a preços caros e exagerados. Desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, essa é a maior média de público em jogos da seleção, com 51 mil.

Especificamente no caso de Campo Grande, o único estádio que poderia comportar a seleção brasileira seria o Morenão. Mas, um dos espaços mais icônicos do futebol sul-mato-grossense está há mais de quatro anos sem receber uma partida profissional do campeonato local e com polêmicas que seguem sem soluções.

Em janeiro deste ano, durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense, Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), afirmou que a concessão ao Estado estaria nas tratativas finais. Porém, cinco meses depois ainda não há um acordo assinado entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o governo estadual, que seria por um período de 35 anos.

Por conta do descaso com o estádio e a má utilização do próprio para eventos esportivos ou de entretenimento, Campo Grande foi "deixada de lado" pela CBF e não deve voltar a receber partidas da seleção brasileira tão cedo.

À Folha de S. Paulo, Amir Somoggi, diretor da consultoria Sports Value, afirmou que a tendência da entidade é não colocar o Brasil em estruturas insuficientes e que não deem lucro, e por isso capitais e regiões brasileiras seguem sendo ignoradas pela canarinho.

“Qualquer estádio que seja escolhido hoje não será apenas por aspectos políticos. Vai ter também o aspecto econômico em primeiro lugar, quanto é possível faturar. Parece-me uma tendência irreversível, e quem não tiver estrutura não deverá receber mais jogos importantes", explicou Somoggi.

Tá complicado...

O processo de revitalização do Estádio Pedro Pedrossian seguiu ao longo destes três anos a passos lentos. Segundo o Governo do Estado, as obras foram divididas em três etapas, de estrutura e banheiros, parte elétrica e de acessibilidade e pânico para adequar o estádio às normas de segurança atuais. 

Em visitas na qual a reportagem do Correio do Estado realizou no local, foi observado que as rampas de acesso interno do gramado já estão concluídas e que os banheiros já foram reformados, sendo colocadas divisórias de mármore e até espelhos dispostos nas pias.

Já na entrada do estádio também foi pintado no chão indicativos de pista para corrida e caminhada, nos arredores do Morenão, além do escrito “Sou UFMS” pintado próximo à rampa principal.

Porém, na parte externa do Morenão, onde ficam as arquibancadas e o gramado do estádio, a situação é de total abandono.

Em uma das visitas, no inicio do ano passado, foi visto próximo ao gramado uma plantação de melancia, sinal claro que o Morenão não tem condições de receber nenhum evento esportivo.

Saiba

Durante a década de 90, Campo Grande recebeu duas partidas da seleção brasileira, ambas no Morenão. Em 1991, Brasil e Paraguai empataram em 1 a 1 em amistoso preparatório para a Copa América daquele ano.

Em dezembro de 1999, comandados por Vanderlei Luxemburgo, a seleção sub-23 enfrentou novamente os paraguaios em amistoso, e novamente ficaram no empate, desta vez por 3 a 3. Ao todo, 38 mil ingressos campo-grandenses assistiram o confronto.

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NOVOS RUMOS

Em busca de "milagre" na Série D, Operário anuncia novo técnico

Raphael Pereira foi anunciado na manhã desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa, e terá a difícil missão de tirar o Galo da última colocação de seu grupo

10/06/2025 12h15

Raphael Pereira, novo treinador do Operário

Raphael Pereira, novo treinador do Operário Foto: Felipe Machado/Correio do Estado

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Com a corda no pescoço na Série D do Campeonato Brasileiro, o Operário anunciou Raphael Pereira como novo treinador para o restante da competição.

Com apenas uma vitória em oito jogos, ele chega para substituir o bicampeão estadual Leocir Dall'Astra, que pediu demissão no último final de semana após quatro revés consecutivos na quarta divisão nacional.

Até agora, o Operário tem a segunda pior defesa da competição, com 16 gols sofridos, e o novo treinador disse que o primeiro passo para melhorar os resultados é parar de tomar gols, para então focar na eficiência ofensiva.

"Na verdade, a defesa começa no ataque, a gente vai organizar em bloco baixo. Porém, pessoal da frente e pressão precisa ser feita. Então, a gente vai tentar sincronizar os setores, os setores da equipe, para poder se estruturar e começar a iniciar a construção, a marcação, independente da altura da bola", reforçou Raphael.

Ainda, o novo treinador disse que, antes de qualquer mudança tática, há a necessidade de implementar novos ânimos na equipe, para restaurar a confiança dos jogadores, a fim de melhorar postura e comportamento dentro de campo, mesmo com tempo curto de trabalho até o próximo jogo.

Sobre a classificação para a próxima fase e o "milagre" que precisa fazer para conquistá-la, Raphael disse que só depende do Operário.

"Não depende de ninguém, depende só de nós, da nossa atitude, o que a gente quer ir. Vamos conversar com os jogadores, a gente sabe que o futebol não tem longo prazo, é curto prazo, é pra agora, a gente sabe que a gente precisa de resultado, e isso a gente tá ciente, os jogadores têm que estar cientes disso", afirmou.

Acerca de novas contratações, o novo treinador "desconversou" e disse contar com um elenco de bons jogadores, mas confirmou estar conversando com a diretoria para buscar soluções para setores do campo que estão sofrendo no departamento médico.

Neste próximo sábado (14), às 15h, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande, Raphael terá seu primeiro desafio como treinador do Operário, contra o Cascavel (PR), e convocou a torcida para ir em busca de uma vitória que pode reascender a chama do time na competição.

"Gostaria que dessem esse voto de confiança, eu sei que eles estão vindo, eu sei que estão apoiando e a gente não tá correspondendo. Apresentando bom futebol, apresentando vontade, disposição, e é isso que a gente pede para dar esse voto de confiança no sábado", disse o novo treinador.

Atualmente, o Operário ocupa a 8ª colocação do grupo G, com sete pontos conquistados. Já o Cascavel é o 3º, com 12 pontos. Lembrando que, apenas os quatro primeiros conseguem classificação para a fase de mata-mata da Série D.

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