Nenhum time brasileiro esteve tão em evidência nesta temporada como o Santos. Tanto pelo futebol quanto pelas confusões causadas por seu principal protagonista, Neymar. Mas, campeão paulista e da Copa do Brasil, o time praiano atraiu a preferência dos 175 jornalistas que participaram da Pesquisa Estado 2010 foi mesmo pelos resultados e o vistoso espetáculo que Paulo Henrique Ganso e companhia mostraram principalmente no primeiro semestre do ano.
A equipe montada por Dorival Júnior, mas comandada por Marcelo Martelotte no final da temporada, deixou para trás o Internacional, protagonista talvez do maior vexame do ano ao perder para um africano no Mundial de Clubes, embora ainda assim tenha sido o campeão da Taça Libertadores, título cobiçado por todas as equipes do futebol brasileiro.
Nas campanhas vencedoras do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, o Santos enfileirou goleadas que fizeram os saudosistas de Pelé, Pepe, Coutinho e companhia imaginarem que a equipe poderia dar tantas alegrias quanto o escrete que escreveu o nome do Santos na história do futebol. Em 74 jogos, marcou incríveis 176 gols (média de 2,37 gols por partida) para vencer 41 vezes, embora tenha amargado 20 derrotas e 13 empates.
Além de fazer a alegria da torcida ao mostrar seus novos talentos, o Santos também mostrou ousado plano de marketing para repatriar Robinho. O ídolo do título brasileiro de 2002 estava em má fase no Manchester City e voltou para remarcar seu espaço e conquistar definitivamente o coração de Dunga, que o colocou como um dos pilares da seleção brasileira na Copa do Mundo. O final desta história não foi tão feliz, com a derrota para a Holanda (2 a 1) e a volta do jogador para a Europa.
O que ainda está na memória de seus torcedores são os verdadeiros espetáculos que a equipe deu contra os discretos times do Grêmio Prudente (5 a 0), o Bragantino (6 a 3), o Naviraiense (10 a 0), o Ituano (9 a 1) e o Guarani (8 a 1). Mas não foi apenas contra equipes modestas que o Santos fez a festa. No Campeonato Paulista, perdeu apenas um clássico, contra o Palmeiras (4 a 3, de virada, em plena Vila Belmiro), quando parece que a soberba acabou prejudicando o resultado.