Esportes

FÓRMULA 1 2019

Verstappen dá show, passa Leclerc e vence na Áustria

Finalmente a Mercedes foi destronada na temporada 2019

RAFAEL RIBEIRO

30/06/2019 - 11h15
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A F1 respira! Uma semana depois de uma das piores corridas de todos os tempos, o Mundial comemora talvez a melhor prova da temporada 2019. O GP da Áustria deste domingo (30) foi histórico e incrível, com direito a espetáculo de Max Verstappen. O holandês fez uma atuação brilhante depois de ter largado mal e despencar de segundo para sétimo. Daí em diante, foi um show de ultrapassagens, com a derradeira em cima de Charles Leclerc, com duas voltas para o fim. Espetáculo coroado com uma vitória espetacular diante da multidão holandesa nas arquibancadas do Red Bull Ring. Além disso, Max também fez a melhor volta da corrida. Foi também a primeira vitória de um piloto usando motor Honda desde Jenson Button no GP da Hungria de 2006. 

A última manobra de ultrapassagem de Max, feita sobre Leclerc na curva 3, foi posta sob investigação dos comissários.

Valtteri Bottas, em mais uma atuação opaca, terminou em terceiro, com Sebastian Vettel em quarto. O tetracampeão sofreu com uma trapalhada da Ferrari nos boxes, conseguiu se recuperar com uma ousada estratégia de duas paradas e conseguiu passar Lewis Hamilton no fim para terminar em quarto. O britânico fechou em quinto, no seu pior resultado na temporada.

Lando Norris terminou na sexta colocação, coroando um belíssimo fim de semana da McLaren, que foi completado pela ótima performance de Carlos Sainz, oitavo depois de largar do fim do grid. Entre eles, a Red Bull de um apagado Pierre Gasly. As Alfa Romeo de Kimi Räikkönen e Antonio Giovinazzi fecham o top-10 desta incrível prova.

Saiba como foi o GP da Áustria de F1

Antes da largada, o clima era literalmente quente no Red Bull Ring. A temperatura da pista no grid era de 57,5ºC. Não à toa, as equipes armaram tendas para cobrir os carros e os pilotos diante de uma temperatura ambiente de 32ºC, mas com a sensação térmica acima dos 35ºC. Nas arquibancadas, muita festa por parte do 'mar laranja', torcida reunida em peso para apoiar Max Verstappen, e um belíssimo mosaico com as cores da bandeira austríaca.

O início da prova foi uma grande decepção para o 'mar laranja'. Verstappen fez péssima largada e despencou de segundo para sétimo. Lewis Hamilton aproveitou o vacilo e subiu para terceiro depois de emparelhar lado a lado com Lando Norris. Em seguida, o prodígio britânico sofreu a ultrapassagem de Kimi Räikkönen, que surpreendia com a Alfa Romeo. Lá na frente, liderança do pole Charles Leclerc, que fez largada segura, com Valtteri Bottas em segundo. Sebastian Vettel já pintava em sexto.

As primeiras voltas da corrida já eram melhores do que todo o GP da França da semana passada. Lá na frente, Leclerc tentava abrir vantagem por estar com os pneus macios, contra os médios das Mercedes de Bottas e Hamilton. Räikkönen se sustentava em quarto, mas passava a sofrer a pressão de Vettel, que conseguia ultrapassar Norris. O piloto da McLaren não tinha ritmo para brigar com os carros mais rápidos do grid.

Com ótimo ritmo e pneus macios, Vettel passava Räikkönen para assumir o quarto lugar. Mais atrás, para festa da torcida holandesa, Verstappen conseguia subir para sexto após ultrapassar a McLaren laranja de Norris. Leclerc escapava na frente e tinha 2s5 de frente para Bottas. Duas voltas depois, na nona, nova manobra de Max para superar a Alfa Romeo de Räikkönen e entrar no top-5. Lá atrás, a Toro Rosso de Daniil Kvyat tinha dificuldades até para passar a Williams de George Russell.

E a Haas também sofria com a falta de ritmo tanto com Romain Grosjean como com Kevin Magnussen — que largaria entre os primeiros se não tivesse sido punido por troca do câmbio. O dinamarquês teve de cumprir um drive-through por ter ficado fora do colchete de largada.
Duelo de gerações entre Lando Norris e Kimi Räikkönen (Foto: Reprodução)
Leclerc tinha a corrida sob controle e estava 4s à frente de Bottas. A batalha mais legal da corrida estava pouco mais atrás, valendo a sexta posição. Em duelo de gerações entre o mais novo e o mais velho do grid, Norris passou a Alfa Romeo de Räikkönen, com o 'Homem de Gelo' passando a receber a pressão de um apagado Pierre Gasly.

A situação de Gasly era, de fato, terrível. O francês ficou várias voltas atrás da Alfa Romeo, um carro nitidamente mais lento que a Red Bull, mas não conseguia fazer a ultrapassagem, enquanto Norris escapava sem problemas na sexta posição. O 'Homem de Gelo', é verdade, dava um show de pilotagem defensiva.
Ferrari se atrapalha no pit-stop de Sebastian Vettel na Áustria (Foto: Reprodução)
Na volta 22, começou a rodada de pit-stops, com Bottas parando para colocar os pneus duros. Vettel parou também na mesma volta, com a Ferrari antecipando sua parada. Mas os mecânicos não estavam prontos para a parada, o que gerou uma correria nos boxes para colocar os pneus duros no carro do alemão, que perdeu um bom tempo. No giro seguinte, foi a vez de Leclerc trocar os pneus macios pelos duros, voltando em terceiro.

Hamilton assumia a liderança provisória da corrida e acelerava para tentar o undercut sobre Bottas depois da sua parada. Räikkönen também fez seu pit-stop, e só assim Gasly conseguiu passar o veterano finlandês.

A corrida estava mesmo bastante animada. Hamilton tinha a liderança, com Verstappen em segundo e Leclerc em terceiro, 14s atrás do piloto da Mercedes, que se queixava da falta de equilíbrio da dianteira do carro. Em teoria, a corrida parecia sob controle para o monegasco, que esperava os pit-stops dos dois primeiros para retomar a ponta.
Pierre Gasly levou quase 30 voltas para ultrapassar Kimi Räikkönen (Foto: Reprodução)
Com o carro desequilibrado, Hamilton fez sua parada na volta 30. A Mercedes não apenas fez a troca de pneus, mas também da asa dianteira, o que enterrou qualquer chance de um bom resultado do pentacampeão, que voltou dos boxes em quinto lugar, atrás de Verstappen, Leclerc, Bottas e Vettel. No giro seguinte, Max finalmente fez seu pit-stop, regressando logo à frente de Hamilton. A surpresa era a presença de Carlos Sainz, que largou no fim do grid, em sexto, enquanto Gasly, a duras penas, finalmente passava Räikkönen.

No pelotão intermediário, Norris brilhava mais uma vez depois de ultrapassar a Renault de Daniel Ricciardo e voltar à sexta posição na esteira da parada de Sainz para a troca de pneus. Gasly era quem pressionava o australiano. Daquela vez, não houve dificuldades para ultrapassar, e o francês subia para sétimo.
Max Verstappen passa Sebastian Vettel e dá show na Áustria (Foto: F1/Twitter)
"FAN-TÁS-TI-CO trabalho": era como a Red Bull elogiava Verstappen, que vinha em ótima forma com os pneus médios, e se aproximava de Vettel na batalha pelo terceiro lugar. Para delírio do 'mar laranja', Verstappen fez uma grande ultrapassagem e, por fora, tomou a terceira colocação de Vettel na volta 50. Clima de estádio de futebol de novo no Red Bull Ring. Logo em seguida, a Ferrari chamou Vettel para os boxes para fazer mais uma parada, com o alemão partindo para seu último stint na corrida com os pneus macios.

O show tinha de continuar. E cinco voltas depois de passar Vettel, Verstappen brilhava de novo ao fazer a ultrapassagem, sem dificuldades, sobre Bottas para assumir a segunda posição. E depois de ter se queixado da falta de potência do motor. Apenas 5s separava o holandês de Leclerc.

As câmeras da transmissão não mostraram, mas outro piloto que dava show era Carlos Sainz. Depois de ter largado do fim do grid, chegado à sexta colocação antes do pit-stop e caído depois para 14º, o espanhol empreendeu grande reação ao escalar o pelotão e subir para oitavo lugar, comprovando a ótima fase da McLaren, que tinha Norris seguro na sexta posição. Gasly vinha próximo, em sétimo.
Max Verstappen festeja a vitória no GP da Áustria (Foto: F1/Twitter)
O fim de corrida foi eletrizante. Leclerc estava mais lento que Verstappen e via a diferença cair a cada volta. Verstappen colocou lado a lado, quase fez a ultrapassagem na primeira tentativa. Mas com três voltas para o fim, gol da Holanda! E Max finalmente assumia a primeira posição. Espetacular!! Contudo, o incidente foi colocado sob investigação dos comissários após a bandeira quadriculada.

Ainda no fim, Vettel fez valer a estratégia de colocar os pneus macios no fim, passou Hamilton e terminou em quarto lugar. Para Lewis, foi o pior resultado na temporada até agora.

F1 2019, GP da Áustria, Red Bull Ring, Final:

1 M VERSTAPPEN Red Bull Honda 71 voltas  
2 C LECLERC Ferrari +2.724  
3 V BOTTAS Mercedes +18.960  
4 L HAMILTON Mercedes +19.610  
5 S VETTEL Ferrari +22.805  
6 L NORRIS McLaren Renault +1 volta  
7 P GASLY Red Bull Honda +1 volta  
8 C SAINZ JR McLaren Renault +1 volta  
9 K RÄIKKÖNEN Alfa Romeo Ferrari +1 volta  
10 A GIOVINAZZI Alfa Romeo Ferrari +1 volta  
11 S PÉREZ Racing Point Mercedes +1 volta  
12 D RICCIARDO Renault +1 volta  
13 N HÜLKENBERG Renault +1 volta  
14 L STROLL Racing Point Mercedes +1 volta  
15 A ALBON Toro Rosso Honda +1 volta  
16 R GROSJEAN Haas Ferrari +1 volta  
17 D KVYAT Toro Rosso Honda +1 volta  
18 G RUSSELL Williams Mercedes +2 voltas  
19 K MAGNUSSEN Haas Ferrari +2 voltas  
20 R KUBICA Williams Mercedes +3 voltas  
           
VMR M VERSTAPPEN Red Bull Honda 1:07.475 Volta 62
           
REC C LECLERC Ferrari 1:03.003 29/06/2019
MV K RÄIKKÖNEN Ferrari 1:06.957 30/06/2018

ginástica artística

Campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti anuncia aposentadoria

Depois de 16 anos no alto rendimento, agora ex-ginasta será treinador

12/01/2025 19h00

Ginasta Arthur Zanetti irá se tornar treinador

Ginasta Arthur Zanetti irá se tornar treinador Foto: Divulgação / COI

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O ginasta Arthur Zanetti, medalhista de ouro na Olimpíada de Londres, no Reino Unido, em 2012, anunciou, neste domingo (12), a aposentadoria como atleta profissional. O paulista de 34 anos, a maior parte deles no esporte, continuará ligado à modalidade, agora como treinador de ginástica em São Caetano do Sul (SP), onde nasceu e vive.

Antes dos Jogos de Paris, na França, no ano passado, Zanetti já dizia que aquele seria o último ciclo olímpico da carreira. Em reportagem da Agência Brasil publicada em junho de 2023, o agora ex-ginasta relatou que, após 16 anos treinando e competindo em alta intensidade, "às vezes a mente quer fazer [o movimento], mas o corpo acaba não correspondendo".

Outra razão, segundo o paulista, era passar mais tempo com o filho, Liam, que completa cinco anos em 2025.

Por conta de lesões, Zanetti perdeu eventos importantes do ciclo de Paris, como o Mundial de Antuérpia, na Bélgica, e os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ambos em 2023.

A contusão derradeira foi um rompimento agudo do tendão do bíceps distal do braço esquerdo, em maio do ano passado, quando ainda buscava vaga para os Jogos da capital francesa.

A aposentadoria rendeu homenagens de personalidades esportivas. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco Antônio La Porta, disse que Zanetti "é a prova de que é possível, de que podemos chegar lá com muito treino, dedicação e talento" e que será um privilégio tê-lo "na formação de grandes cidadão e novos campeões" como técnico.

O grego Eleftherios Petrounias, grande adversário de Zanetti, também se manifestou. Pelo Instagram, o ginasta tricampeão mundial e medalhista de ouro nas argolas nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, afirmou que o paulista o tornou "um atleta melhor, uma pessoa melhor", que acredita ter um grande amigo no Brasil e que ele deveria pensar o mesmo. Petrounias ainda disse que o brasileiro terá sempre seu "respeito e amizade".

Além do ouro de Londres, o primeiro da ginástica brasileira em Olimpíadas, Zanetti foi prata na Rio 2016, também nas argolas. Nos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, tentou executar uma apresentação que lhe garantiria um lugar no pódio do aparelho, sem ter sucesso.

Ele ainda obteve quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo uma dourada na edição de Antuérpia, em 2013, e três prateadas.

Esportes

Gabriel Medina sofre lesão no ombro e perde temporada 2025 do circuito mundial de surfe

o surfista brasileiro passou por uma cirurgia no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve estar apto a competir novamente apenas daqui a oito meses

11/01/2025 23h00

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Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris e tricampeão mundial, o surfista Gabriel Medina sofreu uma lesão no ombro e não poderá disputar a temporada 2025 da World Surf League (WSL), o circuito mundial de surfe. Ele passou por uma cirurgia no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve estar apto a competir novamente apenas daqui a oito meses.

"Gabriel Medina passou por uma cirurgia no ombro esquerdo após uma lesão enquanto surfava e infelizmente ficará fora da temporada de 2025. Mesmo longe das competições, sabemos que sua determinação e dedicação vão guiá-lo nesse processo de recuperação. Estamos com você, Medina! Boa recuperação e que essa pausa seja o começo de um retorno ainda mais forte", informou a WSL.

O multicampeão do surfe se lesionou enquanto treinava em Maresias, sua cidade natal, no litoral norte de São Paulo. Ao tentar a execução de um aéreo, machucou o tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo. Depois da cirurgia, neste sábado, o surfista fez uma publicação no Instagram para tranquilizar os fãs.

"Escrevendo só pra dizer a vocês que tá tudo bem por aqui! Na quinta, em Maresias, sofri uma lesão no peitoral e hoje pela manhã passei por um procedimento cirúrgico para iniciar o tratamento dessa lesão. Deu tudo certo e já estamos olhando para o período de recuperação e próximos passos. Estava me preparando e muito focado para a temporada 2025, mas infelizmente ficarei fora por um tempo. Foco total agora na minha recuperação pra voltar mais forte", escreveu.

Será a segunda vez em quatro anos em que Medina fica de fora da temporada do circuito mundial. Em 2022, o paulista decidiu não disputar a WSL para dedicar mais tempo aos cuidados com a saúde mental.

Após retornar, não conseguiu ir à disputa dos Finals de 2023 e 2024, mas alcançou a conquista inédita do bronze olímpico, após se classificar para os Jogos de Paris ao vencer o ISA Games, em Porto Rico.

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