Na última sexta-feira (10/10), um homem gerou polêmica ao urinar no Altar da Confissão da Basílica de São Pedro, sob o olhar de vários turistas. Embora o infrator tenha sido apreendido e levado por agentes de segurança, o jornal italiano Corriere della Sera afirmou que o Papa Leão XIV ficou “chocado ao saber da notícia”.
Em vídeo circulado na internet, é possível ver o homem subindo no altar, enquanto vários visitantes da Basílica se sentem constrangidos com o afrontamento. O episódio, que gerou choque entre autoridades eclesiásticas, mostrou o desrespeito perante o altar sagrado, tendo em vista que esse foi o terceiro ato de vandalismo na igreja em pouco mais de um ano e meio.

A princípio, em fevereiro deste ano, um romeno subiu ao altar e derrubou seis candelabros, causando prejuízos estimados em torno de 30 mil euros (cerca de R$ 190,3 mil na cotação atual). Por outro lado, em junho de 2023, um polonês se despiu no altar em protesto contra a guerra na Ucrânia, exibindo slogans nas costas. Em ambas as ocasiões, ritos de reparação foram realizados pelo Vaticano.
Medidas adotadas por Papa Leão
Apesar de insolência, desta vez o Vaticano afirmou que não houve danos materiais, mas destacou que, na liturgia católica, o altar simboliza Cristo, e gestos desse tipo são considerados ofensas graves. Diante do fato, o Papa Leão XIV determinou a realização de uma cerimônia de purificação antes das celebrações, não descartando que as autoridades enquadrem o homem por crime de ofensa aos sentimentos religiosos e ao patrimônio artístico.
A ação de reparação ocorreu no domingo (13), ao meio-dia, sendo presidida pelo cardeal Mauro Gambetti. Com a autorização do Papa Leão, a cerimônia solene conteve a recitação do Credo, bênção da água, ladainha do perdão, aspersão e incensação do altar, finalizando com o Pai-Nosso e a bênção aos fiéis presentes.





