Nesta quinta-feira (5), o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), afirmou que a Caixa Econômica Federal irá oferecer 80 mil unidades habitacionais para a classe média no ano de 2026. A ideia foi sacramentada por meio do evento Incorpora 2025, promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), realizado em São Paulo.
Embora os programas do Governo Federal venham auxiliando famílias em estado de vulnerabilidade social, políticas em função da classe média também estão ganhando vida. A parceria com a instituição financeira complementa o benefício da Minha Casa, Minha Vida, estendendo o acesso ao crédito imobiliário para as segmentações que recebem entre R$ 12 mil a R$ 20 mil mensais.

Alguns detalhes serão destrinchados nos dias subsequentes, mas o Banco Central exige que as instituições financeiras mantenham 20% dos depósitos de poupança como recolhimento compulsório. Portanto, parcela desses recursos será liberada para financiamentos habitacionais, distribuídos em 80% para o SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e 20% para o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).
“Não dá para ter uma expectativa em número de valores, mas o que o governo federal, junto com o Banco Central, está fazendo é uma fórmula muito inteligente de poder trazer mais recursos para o mercado, no momento em que todos estão vendo que há uma redução dos volumes da carteira de poupança. Então, isso vai fazer com que venha mais volume para o mercado”, pontuou Jader.
Atuação da Caixa Econômica Federal
De acordo com o Governo Federal, a nova política projeta uma reformulação estrutural no uso da poupança para alavancar o crédito habitacional. Isso porque a modernização das regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com o objetivo de tornar o uso da poupança mais eficiente e ampliar a oferta de crédito imobiliário, vem sendo evidenciada.
“A previsão é que só a Caixa Econômica Federal possa ter mais 80 mil novos financiamentos até 2026. Então, só na Caixa estão previstas mais 80 mil novas habitações financiadas. […] Aquelas famílias que vão de R$ 12 mil a R$ 20 mil estavam desatendidas. E isso, obviamente, nos incomodava profundamente. Antes da criação do programa Minha Casa, Minha Vida da classe média, esse problema ainda era maior, porque as famílias acima de R$ 9,6 mil não eram atendidas”, explicou o ministro.





