O Parque Estadual da Pedra Branca, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é reconhecido como a maior floresta urbana do planeta, com 12.500 hectares de Mata Atlântica contínua.
O parque atravessa bairros como Jacarepaguá, Guaratiba, Vargem Grande e Bangu, funcionando como regulador climático, refúgio de fauna e berçário de nascentes que abastecem reservatórios urbanos.
Segundo o Guia de Trilhas do PEPB de 2013, foram identificadas 479 espécies, incluindo 338 aves, 51 mamíferos, 27 répteis, 20 anfíbios e 43 peixes, evidenciando a riqueza biológica do local mesmo em meio à cidade.
O maciço abriga espécies de médio e grande porte, como a onça-parda, além de cutias, macacos e aves raras. Em 2025, a descoberta de um jequitibá-rosa centenário, com cerca de 500 anos e 40 metros de altura, reforçou a importância do parque como santuário de biodiversidade e armazenamento de carbono.

Serviços ecossistêmicos e uso público
A Pedra Branca desempenha funções essenciais para a cidade, como redução das ilhas de calor, infiltração de chuvas, proteção contra enchentes e manutenção de mananciais. As nascentes do parque alimentam reservatórios como Camorim e Pau da Fome, garantindo segurança hídrica e qualidade de água.
Além disso, o parque oferece opções de lazer e turismo de natureza, com trilhas, mirantes e cachoeiras, que podem gerar renda local por meio de guias credenciados e negócios comunitários, desde que a visitação seja organizada e compatível com a conservação.
Apesar de sua importância, a floresta enfrenta desafios, como invasões, incêndios, especulação imobiliária e presença de espécies exóticas. A gestão do parque depende de articulação entre órgãos estaduais, prefeitura, universidades, ONGs e comunidades do entorno.





