No início de setembro, o presidente da China, Xi Jinping, propôs a criação da Iniciativa de Governança Global (IGG), iniciação que pode decretar uma nova ordem mundial. A proposta foi evidenciada durante encontro com a presença de 20 líderes de países não ocidentais, incluindo o russo Vladimir Putin e o indiano Narendra Modi. Por sua vez, o projeto busca inserir a Coreia do Norte na aliança.
Diante dos Chefes de Estado, o chinês fez questão de destacar que a governança global estaria ameaçada pela “mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo”. Em seu discurso fervoroso, Xi Jinping reforçou que a falta de iniciativas pode trazer à tona fantasmas presentes na Segunda Guerra Mundial.
“O mundo encontra-se num novo período de turbulência e transformação. A governança global chegou a uma nova encruzilhada. A história nos diz que, em tempos difíceis, devemos manter nosso compromisso original com a coexistência pacífica, fortalecer nossa confiança na cooperação vantajosa para todos”, disse o líder oriental.
Os ideais de Xi Jinping foram divulgados na Organização para Cooperação de Xangai Plus (OCX), fórum fundado em 2001. O encontro ocorreu em meio à guerra comercial promovida pelos Estados Unidos (EUA) contra adversários e aliados, incluindo a Índia, taxada em 50% por Trump. Como resultado da queda de braço, a China aproveitou para encurtar laços e atrair novos aliados.
“Devemos defender que todos os países, independentemente de tamanho, força e riqueza, sejam participantes, tomadores de decisão e beneficiários iguais na governança global. Devemos promover maior democracia nas relações internacionais e aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento”, justificou Xi, destacando a igualdade soberana entre estados.
China mostra arsenal para o mundo
No dia 3 de setembro, a China realizou um desfile militar em alusão aos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Sino-japonesa. Na Praça da Paz Celestial, foram expostas novas tecnologias que pretendem modificar a visão defensiva em bases militares, tornando a nação uma ameaça sem precedentes.
Diante do cenário geopolítico global, várias nações depositaram os olhares sob a nova empreitada chinesa. Projetando-se no protagonismo tecnológico, Xi Jinping apresentou alguns dos mais recentes avanços do arsenal do país asiático. Dentre as peculiaridades, encontram-se mísseis intercontinentais, drones submarinos extragrandes, armas a laser e caças stealth.
