Diante das façanhas faturadas nas pistas automobilísticas, Michael Schumacher e Lewis Hamilton estão posicionados lado a lado como os maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos. Porém, para alguns fãs da modalidade, Bengt Ronnie Peterson, mesmo sem ter erguido o prêmio no final da temporada, poderia ter sido enquadrado como um dos melhores se não fosse o acidente fatal ocasionado por erro da organização.
No dia 11 de setembro de 1978, o Grande Prêmio da Itália prometia ser um marco revolucionário na categoria, mas acabou sendo lembrado por grande tragédia. Os representantes da Fórmula 1 decidiram introduzir o “semáforo” no autódromo de Monza como mecanismo de largada, substituindo as tradicionais bandeiras do país anfitrião.

Conhecido como “Sueco Voador”, Peterson estava em sua temporada mais destemida, sendo projetado como um dos destaques daquele ano. O problema é que a ascensão de sua carreira não pôde ser apreciada por muito tempo. Isso porque Gianni Restelli, diretor de prova, acabou colaborando para a morte do piloto ao não aguardar até que todos os carros ocupassem seus lugares no grid para dar a largada.
Logo após Mario Andretti e Gilles Villeneuve se posicionarem, a largada foi autorizada, o que desencadeou uma série de problemas. Com o sinal verde acionado, parte dos carros estava buscando se alinhar aos demais, com o motor devidamente ligado. O resultado não poderia ser outro: veículos perdendo o controle e batendo uns nos outros.
Detalhes do acidente que mudou a Fórmula 1
Com o aval do diretor de prova, os veículos que estavam embalados logo atrás não conseguiram desacelerar, ocasionando nove colisões. O início da confusão foi evidenciado após o iniciante Riccardo Patrese forçar a passagem em cima de James Hunt sem conseguir evitar o toque. No tumulto, o carro de Peterson explodiu ao ser projetado para o muro lateral, a quase 200 km/h.
Removido do Grande Prêmio da Itália consciente, o “Sueco Voador” foi encaminhado ao hospital, mas teve sua morte decretada no dia seguinte. De acordo com o boletim médico, o piloto de Fórmula 1 sofreu múltiplas faturas nas pernas, que geraram várias embolias, atingindo o sistema nervoso central do profissional.
Por consequência da morte trágica do piloto aos 34 anos, na prova seguinte, os representantes da Fórmula 1 colocaram fiscais para verificar o posicionamento de todos os veículos antes de a largada ser autorizada. Até os dias atuais, a medida funciona, evidenciando que o trágico acidente de Bengt Ronnie Peterson poderia ter sido evitado.





