Os filhos de Michael Jackson e sua mãe, Katherine Jackson, continuam impedidos de acessar integralmente a herança deixada pelo cantor, mais de uma década após sua morte. A restrição foi mantida por decisão judicial nos Estados Unidos, em razão de uma auditoria da Receita Federal americana (IRS) que apontou irregularidades na avaliação dos bens do artista.
O órgão concluiu que o espólio de Jackson havia declarado valores inferiores ao real, resultando na cobrança de aproximadamente US$ 700 milhões em impostos e multas adicionais. O bloqueio financeiro foi determinado até que as disputas fiscais sejam completamente resolvidas.
O patrimônio de Michael Jackson é administrado por um fundo criado após sua morte, em 2009, com o objetivo de gerenciar seus bens, direitos autorais e investimentos. A auditoria questionou, principalmente, a valorização do catálogo musical do cantor, um dos mais lucrativos do mundo, estimando que os valores informados estavam bem abaixo do mercado.

Administradores garantem mesada aos herdeiros
Mesmo com o bloqueio judicial, os administradores do espólio continuam fornecendo uma mesada significativa para o sustento de Katherine e dos três filhos de Michael Jackson — Prince, Paris e Bigi.
Em documentos apresentados ao tribunal, os responsáveis pela gestão afirmaram que mantêm um relacionamento cooperativo com a família e que as despesas essenciais dos herdeiros estão sendo cobertas conforme a vontade expressa do cantor em seu testamento.
Em 2021, parte das cobranças da Receita foi contestada com sucesso pelos advogados do espólio, mas a California Franchise Tax Board solicitou que parte dos bens permanecesse sob controle administrativo até o fim do processo. Os executores rejeitaram pedidos de distribuição antecipada de valores, alegando que ainda há incertezas sobre o montante real disponível para repasse.





