A fazenda McMartin, localizada em Bli Bli, na Sunshine Coast, cidade da Austrália, surpreendeu o público ao anunciar o fim de suas produções abertas ao público. Outrora, o local permitia que interessados adentrassem para que colhessem os próprios morangos. A informação foi publicada no site da propriedade, servindo como uma espécie de balde de água fria.
Depois de oferecer um ambiente acolhedor aos moradores da região por cerca de quatro décadas, a família McMartin, dona da fazenda, não entrou em detalhes sobre a motivação por detrás da decisão. “Estamos permanentemente fechados. Gostaríamos de agradecer a todos os nossos maravilhosos clientes nos últimos 40 anos”, diz a nota emitida.

O martelo batido levantou questionamentos por parte dos moradores do entorno, escancarando a possibilidade de o empreendimento não mais voltar a ser reaberto. De modo geral, a fazenda era a última propriedade onde se podia colher seus próprios morangos na região. Segundo o presidente da Associação de Produtores de Morango de Queensland, Adrian Schultz, a família fez o correto.
“Eles decidiram pendurar as botas de morango, por assim dizer, porque Lillian está com quase 80 anos e Graham com quase 80. Eles estão em uma idade em que fazem isso há mais de 40 anos e querem fazer outra coisa. Eles continuam cultivando outras culturas em suas propriedades, como abacates, frutas-do-conde e coisas assim, mas decidiram terminar com o cultivo de morangos”, revelou.
Considerados figuras icônicas em Bli Bli, Lillian e Graham ofertaram o alimento para a mesa de várias famílias. Para se ter uma noção do quanto a prática de abertura ao público era tamanha, muitas pessoas viajavam somente para a cidade com o objetivo de conhecer a colheita de morangos e a história por detrás da oferta gratuita.
Início da colheita de morangos
Proprietária da fazenda desde 1945, a família McMartin começou a cultivar pequenas safras no início da década de 1950, com foco inicial em feijão e tomate. Nesse ínterim, os morangos foram a cultura predominante por quatro décadas, principalmente por sua importância no comércio. Em suma, o casal parou de cultivá-los comercialmente há cerca de oito anos, mas continuou a vendê-los na loja da fazenda.
A ação de abrir a colheita ao público mostrava o diferencial do casal, que faturava com o solo rico, mas disponibilizava uma parte para os interessados. Por outro lado, apesar de o número de morangos cultivados não ter diminuído, o quantitativo de pessoas cultivando caiu drasticamente. Isso somente firmou o prestígio da dupla na Austrália.





