Nesta segunda-feira (27), o Furacão Melissa ameaça atingir vários países no entorno do mar do Caribe, com ventos podendo chegar até 260 km/h. Por ter evoluído para a categoria 5, o fenômeno se aproxima da Jamaica, nação em que as autoridades iniciaram o processo de evacuação de moradores, principalmente na capital Kingston.
De acordo com especialistas ambientais, o furacão deve chegar ao solo jamaicano na madrugada de terça-feira e, horas depois, seguir para Cuba e Bahamas até quarta-feira (29). O último levantamento, feito pelo NHC (Centro Nacional de Furacões) dos EUA, indicou que o Melissa estava localizado a cerca de 205 km ao sul-sudoeste de Kingston e a aproximadamente 505 quilômetros ao sudoeste de Guantánamo, em Cuba.

A estimativa é de que os ventos sejam destrutivos, tomados por marés de tempestades e inundações sem precedentes. Para entender a magnitude do fenômeno, sua deslocação tem ocorrido a cerca de 6 km/h em direção ao Oeste, com o nível 5 representando o mais alto na escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados acima de 252 km/h.
As autoridades da Jamaica temem o pior, uma vez que o Melissa é o furacão mais forte da história recente, devendo despejar até 76 centímetros de chuva e causar uma maré de tempestade que apresenta riscos à vida. Nesse ínterim, foram disponibilizados 900 abrigos à população, além de que os aeroportos internacionais foram fechados sem previsão para serem reabertos.
“Muitas dessas comunidades não vão sobreviver a esta enchente. Kingston é baixa, extremamente baixa… Nenhuma comunidade em Kingston está imune a inundações. (…) Quero pedir aos jamaicanos que levem isso a sério. Não joguem com Melissa. Não é uma aposta segura”, disse o vice-presidente do Conselho jamaicano de Gestão de Riscos de Desastres, Desmond McKenzie.
Tragédias já foram iniciadas
Segundo agências internacionais, ao menos quatro pessoas já morreram em decorrência das tempestades provocadas pelo furacão, sendo três no Haiti e uma na República Dominicana. Por sua vez, em Cuba, as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín estão sob alerta de furacão, enquanto Las Tunas está em alerta de tempestade tropical.
Para uma melhor compreensão da catástrofe, o furacão também pode afetar tropas dos Estados Unidos posicionadas no mar do Caribe sob ordens do presidente Donald Trump, que mantém uma operação militar na região como parte da pressão sobre o regime venezuelano de Nicolás Maduro. Portanto, dezenas de navios de guerra e aeronaves foram deslocados para o Caribe, e a passagem do furacão pode interferir nas rotas e operações.




