Reconhecida como a maior cooperativa agroindustrial da América Latina, a Coamo (Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda.), localizada no Paraná, está prestes a dar um passo enorme para a dinâmica de escoação do Brasil. Em parceria com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), a empresa irá investir R$ 3 bilhões para a construção de um porto em Itaporá, município catarinense.
O acordo foi firmado em agosto deste ano, mas somente agora ganhou forma fora do papel. Segundo informações divulgadas pelo governador, o porto da Coamo será o 8º da unidade federativa e a previsão é de que o terminal comece a operar em menos de 5 anos, no início de 2030. Presente em área de 43 hectares, a construção estima movimentar 11 milhões de toneladas por ano.

“Eu não tenho dúvida de que será um passo gigantesco para Santa Catarina. Nós vamos para o oitavo porto. Veja bem o tamanho que nós somos e a quantidade de portos. Somos o campeão do Brasil. É um grande investimento, uma transformação, somando com a baía da Babitonga, que nós vamos dragar lá em São Francisco [do Sul]. Isso é um corredor de importação e, principalmente, de exportação”, disse Jorginho.
A parceria levantou questionamentos, principalmente por parte dos paranaenses. Mesmo com a Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda. estando firmada no estado, preferiu depositar cifras astronômicas em outra federação. De acordo com a gigante do agro, a operação já existente no Porto de Paranaguá sofre com frequentes filas, o que prejudica o escoamento de grãos. Porém, SC não terá os mesmos problemas.
“Esse é um sonho dos nossos produtores. Nós já temos dois terminais em Paranaguá, onde escoamos quase 5 milhões de toneladas por ano. É o maior exportador do Paraná e a maior empresa do Paraná também. E sentimos a necessidade dessa expansão, porque tem negócios que realmente a gente não consegue fazer”, explicou o presidente executivo da cooperativa, Airton Galinari.
Brasil beneficiado com novos empregos
Além de toda a movimentação alavancar a economia brasileira com as importações e exportações, a construção do porto em território catarinense estima a contratação de 2 mil trabalhadores. Em contrapartida, para operar a estrutura depois de entregue ao funcionamento, a perspectiva é gerar mil novas vagas de empregos.





