Após sete décadas de operação no mercado, a Manlec, considerada a maior loja de móveis do Brasil, decidiu fechar as suas portas de modo definitivo. Embora o império tenha sido montado, os representantes da companhia não conseguiram contornar a crise financeira. Para se ter uma dimensão da empreitada, a falência foi decretada devido ao débito de R$ 100 milhões.
Fundada em 1953 por Atílio Manzoli e Felipe Lechtman, no bairro Bom Fim de Porto Alegre, a loja escalou no comércio com a disseminação de outras unidades ao longo dos anos. Em meio ao prestígio acumulado, os consumidores foram pegos de surpresa com a notícia que abalaria o setor varejista de todo o território brasileiro.

Com 46 lojas espalhadas pelo Rio Grande do Sul, conseguiu direcionar seus produtos para as mais variadas regiões do país. Símbolo de inovação e qualidade, a Manlec ofertava vasta gama de funcionalidades, que incluíam eletrodomésticos e serviços de design de interiores. Contudo, a partir dos anos 2000, começou a enfrentar problemas financeiros que colapsariam no futuro.
De acordo com especialistas, o descenso enfrentado foi motivado pela concorrência crescente, mudanças no perfil do consumidor e pela crise econômica global. Buscando uma sobrevida no mercado, a rede entrou em recuperação judicial em 2014, mas, infelizmente, as medidas não foram suficientes. Assim, a Justiça decretou a falência do empreendimento em julho de 2017.
Brasil liga sinal de alerta diante de taxação sobre móveis
Nesta terça-feira (14), entrou em vigor a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar madeira, móveis e armários de cozinha importados. De modo geral, a mais recente ofensiva apresenta uma tarifa de 10% sobre as importações de madeira serrada de coníferas, enquanto as tarifas sobre certos móveis estofados e armários de cozinha começam em 25%.
De acordo com o comunicado da Casa Branca, a medida tem o objetivo de impulsionar as indústrias estadunidenses e proteger a segurança nacional. No entanto, é válido destacar que a ação irá aumentar os custos de construção, pressionando os compradores de imóveis em um mercado já desafiador. Nesse contexto, o Brasil liga o sinal de alerta diante do reflexo das negociações com os Estados Unidos.





