A rivalidade no futebol ultrapassa até mesmo as quatro linhas, com os clubes abominando trajar cores que pertencem ao time oponente. Conhecido nacionalmente por seu tom colorado, o Internacional foi obrigado pela Fifa a embarcar em um ônibus azul, similar ao do Grêmio. O fatídico dia ocorreu em 2006, quando o time gaúcho disputou o Mundial de Clubes.
Com o Japão sendo o anfitrião da competição, todos os meios de locomoção destinados aos clubes foram ofertados pelo país. Embora tenha passado despercebido pela grande maioria dos times, dirigentes e torcedores do Colorado não ficaram felizes com a escolha do ônibus azul para transportar os jogadores e comissão técnica.
De modo geral, o Inter percorreu Tóquio e Yokohama com um veículo nas cores de seu principal rival, mas a situação não desestabilizou o plantel brasileiro dentro de campo. Na época, Vitório Piffero, então vice-presidente de futebol do Inter, afirmou que não podia fazer nada a respeito, tendo em vista que a Fifa colocava suas cores oficiais no automóvel.
Enquanto tricolores faziam chacota com o Internacional, o dirigente aproveitou a oportunidade para alfinetar ainda mais o Grêmio. Na ocasião, Piffero respondeu que um clube que disputa um campeonato organizado pela Fifa, algo que não acontecia com o Grêmio, precisava se sujeitar às normas dela. O detalhe é que a autoestima colorada foi recompensada ao final do Mundial de Clubes.
A volta por cima do Internacional
Depois de ter erguido o título da Conmebol Libertadores, o Inter desembarcou no Japão para disputar o principal torneio de clubes organizado pela Fifa. A estreia do time brasileiro ocorreu contra o Al-Ahly, do Egito, mas o elenco comandado pelo técnico Abel Braga não enfrentou dificuldades ao derrotar os adversários na semifinal por 2 a 1.
Como resultado da classificação, o Internacional encontrou o Barcelona, favorito ao título, na grande decisão do Mundial de Clubes. Com Deco, Andrés Iniesta e Ronaldinho Gaúcho presentes no elenco espanhol, o Colorado conseguiu superar as adversidades e ficar com a taça por anotar o placar mínimo de 1 a 0. O gol histórico foi assinado por Adriano Gabiru.
