Sucesso de vendas no Brasil, o Jeep Renegade colocou um ponto final nas produções em Melfi, na Itália, local em que saía o modelo que abastecia todo o mercado europeu. Embora a decisão tenha levantado uma série de questionamentos, foi tomada devido à queda brusca de venda, retirando-se, ainda, dos mercados como Estados Unidos, Rússia e China.
Sem conseguir deixar um sucessor à altura, a Stellantis, empresa que detém as fabricações do Jeep Renegade, optou por deixar apenas o Brasil com a produção em vigência. Para uma melhor compreensão, houve uma queda de 51% nas vendas do modelo neste ano em comparação aos resultados apresentados em 2024.

A despedida ocorre após registros confirmarem que, em dez meses, a Jeep emplacou pouco mais de 7 mil unidades em Melfi, resultado abruptamente inferior às 80 mil unidades anuais que chegou a registrar durante seu auge. Sem outra fórmula em mãos, a Stellantis bateu o martelo sobre não produzir o Renegade no Velho Continente.
Apesar da decisão, a empresa explicou que todos os empenhos serão direcionados na estratégia de impulsionar novos produtos. Em resumo, a ideia é alavancar as vendas do Avenger, Compass, Wagoneer S e Recon. De modo unilateral, o entendimento dos empresários é que o quarteto pode suprir a demanda por um SUV compacto nos próximos anos.
Dinastia no Brasil.
Mesmo com o cenário decadente na Europa, o protagonismo na América Latina é completamente fora de curva. Isso porque o Jeep Renegade continua em plena atividade no Brasil, onde é produzido em Goiana-PE e mantém posição de destaque entre os SUVs mais vendidos do país. Como consequência, o modelo é exportado para vários países da América Latina.
Para que o prestígio não seja perdido gradativamente, a Stellantis decretou que a nova geração será lançada entre 2027 e 2028, construída sobre uma plataforma atualizada. Embora tente manter algumas informações nos bastidores, a fabricante entende ser necessário evidenciar um carro mais moderno, tecnológico e com uma versão elétrica inédita.





