O Plano Real, instituído em 1994 durante o governo de Itamar Franco, garantiu a redução da hiperinflação que assolava o país ao introduzir o real como a nova moeda nacional. A partir desse momento, as moedas de um real se tornaram símbolo de resistência e estabilidade econômica. Porém, colecionadores deram um novo valor ao metal fabricado pela Casa da Moeda do Brasil.
Seja por erros de cunhagem ou comercialização comemorativa, as moedas deixaram de ter rotatividade no mercado para ocupar lugares mais elevados para a numismática. Isso porque o metal tornou-se documento histórico e cultural que preserva a memória da sociedade e períodos, oferecendo conhecimento sobre economia, política e sociedade.

Mas afinal, quais são as moedas mais cobiçadas por colecionadores?
50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1998): As moedas lançadas há 27 anos possuem valor social imensurável. Por sua vez, os colecionadores oferecem entre R$ 600 e R$ 1.100 para adquirir o objeto. Além de ser um item comemorativo, apresenta alto valor por ter sido fabricado apenas 600 mil unidades.
Bandeira dos Jogos Olímpicos (2012): Pela primeira vez na história, o Brasil recebeu os Jogos Olímpicos em suas terras. Como forma de festejar a escolha da sede, a Casa da Moeda produziu 2 milhões de unidades, destacando os esportes presentes no maior evento desportivo do mundo. Para aqueles que guardam a moeda de R$ 1, elas podem ser vendidas por até R$ 100.
Moeda de 1 real de 1999: Do rol listado, este é o único título que não foi lançado para comemorar façanha especial. A questão é que sua tiragem baixa (pouco mais de 3 mil unidades) elevou o interesse dos colecionadores. Caso estejam bem conservadas, cada moeda pode valer até R$ 12.
Centenário de Juscelino Kubitschek (2002): Para homenagear o centenário do ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, este item teve 50 milhões de unidades distribuídas pelo país. Contudo, exemplares em estado “Flor de Cunho” podem ser negociados por mais de R$ 20 devido à sua importância histórica e cultural.
40º Aniversário do Banco Central (2005): A Casa da Moeda do Brasil assinou uma tiragem de 40 milhões de unidades. Embora alguns exemplares ainda estejam em circulação, seu estado de conservação pode render até R$ 100 por peça. Em contrapartida, seu valor tende a aumentar ao longo do tempo.
Falsificação da moeda é uma realidade
Em maio deste ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Numisma, com a finalidade de desmontar um laboratório gráfico dedicado à falsificação de notas de real. Sobretudo, nos últimos três anos, o grupo desarticulado colocou para rodar mais de 16 mil cédulas, que foram identificadas, apreendidas e retiradas de circulação.
Segundo informações dos agentes, todas as notas correspondiam a R$ 100, contabilizando R$ 1.600.000,00 por todo o país. No entanto, é válido destacar que a falsificação de moedas no Brasil é um crime federal previsto no Código Penal (artigo 289), punido com reclusão de 3 a 12 anos e multa, a quem falsificar ou introduzir moeda falsa em circulação.





