Na briga pelo título de melhor jogador do mundo na temporada de 1994, Romário conseguiu receber o status após descambar nomes de peso. Enquanto seus adversários seguiram imersos na modalidade de forma indireta, Tomas Brolin, o quarto melhor atleta daquele ano, trocou o percurso como dirigente para se aventurar no ramo de aspiradores de pó.
De forma precoce, aos 28 anos, o destaque da seleção sueca decidiu pendurar as chuteiras no mundo da bola. Depois de fazer história ainda pelo Parma, Leeds e Crystal Palace, o ex-meia-atacante ampliou seus investimentos como empresário. Segundo Brolin, a decisão de se afastar do futebol e seguir nova carreira esteve diretamente ligada à rotina puxada de treinos e exigências.

Nesse ínterim, a mudança de rota foi iniciada quando Tomas conheceu o inventor sueco Göran Edlund, que apresentou a ele um novo modelo de bocal para aspiradores. Entendendo ser um grande investimento a médio prazo, o craque não pensou duas vezes antes de criar a empresa. Como resultado da empreitada, a companhia especializada em acessórios e equipamentos domésticos chegou a vender mais de 100 mil unidades por ano.
Fiquei literalmente atraído e com ele fundei uma empresa. Foi o impulso que me fez perder a vontade de voltar ao campo. Eu precisava de algo mais. A mente procurava novas experiências e ser empresário me serviu. Conheci um mundo novo, aprendi um ofício, me coloquei à prova. Veja, se penso nisso, chego à conclusão de que sempre desejei, em qualquer área, me colocar à prova. Fiz isso no futebol, fiz isso nos negócios”, explicou.
Protagonismo ofuscado por Romário
Na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos, Tomas Brolin foi um dos protagonistas da histórica campanha da Suécia, que terminou a competição na terceira colocação, atrás apenas de Brasil e Itália. Durante o torneio organizado pela Fifa, Romário marcou o único gol do confronto diante dos suecos, resultando na eliminação da equipe do ex-meia nas semifinais.
Por consequência da maestria operada pelo “Baixinho”, a Seleção Brasileira não somente faturou o título daquele mundial, como rendeu a Bola de Ouro para o craque. No entanto, mesmo com os holofotes ofuscados por Romário, Tomas sempre viu o futebol como mera arma de diversão, tendo comemorado as façanhas que conquistou.
“Sem dúvida, foi [o futebol] uma aventura inesquecível, porque conquistei muito: com o Parma, uma Copa da Itália, uma Recopa, uma Supercopa da Europa e uma Copa da UEFA. Com a Suécia, fui terceiro na Copa do Mundo de 1994 e, naquele ano, fiquei em quarto lugar na Bola de Ouro. Nada mal, né?”, destacou em entrevista ao Gazzetta dello Sport.





