Diante dos avanços tecnológicos e projeção no mercado de aparelhos com grandes funcionalidades, a engenharia colocou em evidência a necessidade de dinamizar o fornecimento de internet para o mundo. A fim de caminhar na mesma proporção que as novas ferramentas, o 6G promete velocidade 100 vezes maior que as demandas atuais. O problema é que o serviço somente deve ser comercializado entre 2029 e 2030.
Em um contexto geral, a tecnologia 6G deve chegar em celulares somente nos próximos cinco anos, mas o lançamento comercial tende a ser mais rápido. Isso porque os estudos ainda estão em andamento e validação, com o desenvolvimento de projetos-piloto, para depois passar para a fase de leilão e implementação. A título de curiosidade, o serviço trabalha com frequências altíssimas, na ordem dos terahertz.

Um grupo de cientistas da Universidade de Adelaide, na Austrália, publicou estudo no periódico Laser & Photonic Reviews, afirmando ter conseguido desenvolver chip capaz de dobrar a transmissão das redes sem fio. A nível de compreensão, o dispositivo opera numa parte do espectro eletromagnético conhecido como a faixa Terahertz (THz). As frequências em THz têm larguras de banda muito maiores do que as usadas no 5G, permitindo a transmissão de dados em volumes gigantescos.
“Nosso multiplexador de polarização permitirá que várias correntes de dados sejam transmitidas simultaneamente sobre a mesma banda de frequência, o que efetivamente irá dobrar a capacidade de dados”, afirmou em comunicado o professor Withawat Withayachumnankul, da Universidade de Adelaide, um dos pesquisadores líderes do projeto.
Enquanto o 6G não chega, o 5G toma conta do Brasil
Em julho deste ano, o 5G completou três anos de sua implementação no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, já são 1.025 municípios, incluindo todas as capitais com estações (torres/antenas), licenciados. Por outro lado, segundo a Conexis, o 5G está presente em municípios com maior número de habitantes, atingindo mais de 70% da população brasileira.
“Em relação à infraestrutura em todo o Brasil, as empresas já instalaram 73% do número de antenas previstas nas metas do edital até 2030. São 45.281 de um total de 62.275 planejadas até 2030 para atender todas as metas do leilão”, afirma a entidade, que reúne as empresas de telecom e de conectividade.





