Apesar de nunca ter conquistado títulos na Fórmula 1, Rubens Barrichello deixou seu nome registrado no automobilismo por seu empenho e compromisso representando o Brasil. Ridicularizado por parte da imprensa por acumular dois vice-campeonatos, o piloto mostrou que a destreza à frente do volante rendeu US$ 10 milhões (cerca de R$ 53,1 milhões na cotação atual) por ano para defender a Ferrari.
Depois de passar pelas escuderias da Jordan (1993 a 1996) e Stewart (1997 a 1999), Rubinho estreitou diálogos para comandar o carro italiano. Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo, em setembro de 1999, o brasileiro fechou parceria com a Ferrari. Para que a façanha fosse decretada, Barrichello aceitou receber um terço do que Michael Schumacher faturava.

Como resultado da confiança depositada em suas mãos, o piloto conseguiu se firmar na Fórmula 1 com números interessantes pela equipe italiana. Nas temporadas 2002 e 2004, encerrou a rotação na segunda posição, perdendo os títulos para Schumacher, considerado até hoje um dos maiores nomes que passou pela modalidade.
Apesar de buscar o protagonismo, Rubinho encerrou sua passagem pela Ferrari após cinco anos, assinando logo em seguida com a Honda (2006 a 2008). Sem muito a oferecer nas pistas automobilísticas, decidiu se aposentar ao defender ainda a Brawn (2009) e Williams (2010 e 2011). Confira alguns marcos do brasileiro na Fórmula 1:
- Primeiro GP: GP da África do Sul de 1993;
- Último GP: GP do Brasil de 2011;
- Primeira vitória: GP da Alemanha de 2000;
- Última vitória: GP da Itália de 2009;
- Maior conquista: vice-campeonato em 2002 e 2004.
Rubens Barrichello abre o jogo sobre brasileiro na Fórmula 1
Embora tenha pendurado seu capacete da elite automobilística, Rubens permanece acompanhando e torcendo para alguns pilotos de Fórmula 1. Com Gabriel Bortoleto representando o Brasil pela Sauber na atual temporada, os holofotes foram colocados em cima do garoto. Porém, o veterano fez questão de afirmar que as outras nações estão na frente no tocante ao financiamento da modalidade.
“Ele [Bortoleto] realmente está indo muito bem, agarra as oportunidades e sabe ter paciência. É muito bonito de ver. Bortoleto está fazendo um trabalho fantástico na F1 e temos outros pilotos muito promissores. Mas tudo continua sendo uma questão de dinheiro. O Brasil, financeiramente, não é tão forte quanto às vezes imaginamos. Isso é, sim, um problema”, disse em entrevista à newsletter Pit Lane Chronicle.





