A polêmica distribuição de kits informativos de combate à homofobia ganhou, nesta semana, o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), que lançou seu parecer favorável ao material. Conforme avaliação da entidade, o material irá contribuir para a redução do estigma e da discriminação. O assunto gerou muita discussão depois que o presidente da Câmara de Vereadores da Capital, vereador Paulo Siufi (PMDB) considerou a atitude do Ministério da Educação, estarrecedora. Na opinião do presidente da Casa, o fato pode estimular a sexualidade precoce em crianças e adolescentes.
Atualmente o material está sob análise do Ministério da Educação (MEC). O kit homofobia, como vem sendo chamado, foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. O preconceito contra alunos homossexuais tem afastado esse público da escola, apontam as entidades.
O material deveria ser distribuído a 6 mil escolas, mas começou a enfrentar resistência em alguns setores da sociedade. “Isso [o material] é um estímulo à homossexualidade, à promiscuidade e uma porta à pedofilia”, afirmou o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ)