As centrais sindicais devem questionar o percentual de reajuste da tabela do Imposto de Renda proposto pelo Governo.
Com a aprovação do salário mínimo para este ano em R$ 545, a presidente da República, Dilma Rousseff, deve editar Medida Provisória reajustando a tabela em 4,5%, percentual que refere-se à meta da inflação para o ano.
Contudo, esse índice está distante daquele defendido pelas centrais sindicais, de 6,46%, que refere-se à inflação acumulada de 2010, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) confirmou, de acordo com a Agência Senado, que a presidente deve editar a medida nos próximos dias com a correção proposta.
E se isso ocorrer, as centrais devem iniciar mais um embate no Congresso. “Vamos mostrar a defasagem na correção da tabela, que não é pequena”, disse o senador José Agripino (DEM-RN), segundo a Agência.
Segundo estudo do Sindifisco Nacional, para refletir a inflação dos últimos 15 anos, a tabela deveria ser corrigida em 64,10%. De acordo com o sindicato, no período de 1995 a 2002, a tabela do IRPF foi reajustada em 35,59% e, no período de 2002 a 2010, o reajuste foi de 39,03%.
Como deve ficar?
Com o reajuste em 4,5%, passam a ficar isentos do imposto os contribuintes com rendimentos mensais de até 1.566,61 ao mês, ou R$ 18.799,32 ao ano. Confira nas tabelas abaixoo que muda com a correção.
As tabelas são apenas para ilustrar o reajuste proposto pelo governo, mas ainda não são oficiais, podendo variar por conta de possíveis arredondamentos