Felipe de Almeida Rodrigues, 24 anos, um dos envolvidos no sequestro de um jovem esta madrugada em Campo Grande, é suspeito também de envolvimento em outros casos, inclusive no sequestro relâmpago de três jovens que deixavam uma boate durante festa à fantasia no início do mês na Avenida Afonso Pena. A informação foi repassada pelo delegado Cláudio Martins durante apresentação dos acusados na tarde de hoje. A polícia suspeita que a quadrilha composta por outras cinco pessoas, possa ter outros integrantes especializados no roubo de caminhonetes em Campo Grande. Acredita-se na formação de uma grande quadrilha que pode estar se dividindo em células responsáveis por outros assaltos e sequestros.
O estudante de Direito, Alenxandre Luis Balbinoti, 37 anos, contou à polícia que foi amarrado com fios de nailon e as mãos viradas para trás, mas que em dado momento pediu ao segurança do cativeiro, Marvim Moreira, para ir ao banheiro. O bandido então o amarrou com as mãos para frente e, sem perceber, deixou a amarração um pouco frouxa. A vítima então se aproveitou do momento em que Marvim pegou no sono, se soltou e saiu por uma porta lateral. Alexandre pulou o muro da sede do Sindicato dos Funcionários e Segurados do Tribunal de Contas do Estado, utilizado como cativeiro para o sequestro, e usou um telefone público próximo do local para avisar a polícia. Depois ele retornou ao clube e permaneceu escondido até o momento em que a polícia chegou ao local.
Marvim dormia com a arma no peito quando foi abordado pelos policiais. Os outros presos são um adolescente de 17 anos, Toniel Ramires Gonçalves, 25 anos, Vilson Avelino Gonçalves, 22 anos. Há ainda uma outra pessoa não identificada e que está foragida.
Os membros da quadrilha foram presos no momento em que retornavam para liberar a vítima. A suspeita é de que neste momento o carro de Alexandre, um Peugeot 207, já havia atravessado a fronteira.
O estudante foi abordado quando deixava um bar próximo da Avenida Ceará, em Campo Grande, ainda durante a madrugada e o local que foi feito de cativeiro estava na responsabilidade de Vilson Avelino, que era caseiro do lugar há pouco mais de um ano. Marvim vinha dormindo na sede com Vilson.