Após cinco dias de julgamento, um júri popular decidiu ontem (25) condenar três fazendeiros a 12 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de sequestro, tortura e formação de quadrilha que resultaram na morte do líder do povo guarani-caiová, o cacique Marcos Veron, ocorrida em janeiro de 2003 em Juti (MS). Os fazendeiros, entretanto, foram absolvidos pelo crime de homicídio. O povo guarani-caiová vive em uma área de conflitos, cujos índices de violência são os mais altos entre todas as comunidades indígenas do país.
Eles foram condenados a cumprir pena em regime fechado, mas, beneficiados por um habeas corpus, não foram presos após o julgamento.
A juíza federal Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo, leu a sentença no plenário do Fórum Jarbas Nobre, na capital paulista. Entre os presentes, estavam parentes do indígena, que acompanharam a sessão desde o primeiro dia, vindos do Mato Grosso do Sul. O julgamento começou na segunda (21) sob protestos dos índios, que pediram justiça em frente ao fórum Jarbas Nobre.