Donos de carros com o motor e escapamentos desregulados, arrebentados, mal utilizados ou irrecuperáveis, que se cuidem. Ainda este ano deverão emitir menos fumaça preta ou eliminá-las, no ar da cidade. A exigência, feita por decreto do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), visa ao cumprimento da legislação editada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Na primeira fase, a inspeção veicular será feita em carros movidos a óleo diesel; depois, nas frotas com outros combustíveis.
Com índice de crescimento de 10% ao ano, a frota de veículos automotores em Campo Grande tende a aumentar ainda mais: até dezembro do ano passado, dos 387,5 mil veículos em circulação, 110 mil – quase um terço – eram motocicletas. A combustão do motor da moto polui duas vezes mais que os carros de passeio. Em termos nacionais, a frota de carros leves e utilitários é três vezes superior à de motos.
O Plano Estadual deverá ser anunciado até julho deste ano, após a conclusão de um diagnóstico de soluções, com base no inventário das condições ambientais campo-grandenses. “As coletas mostrarão o nível de saturação”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcos Cristaldo.
O plano só se define após a confirmação da participação do Detran e do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). A cobrança de um novo tributo será debatida por uma Comissão Intersetorial, da qual esses órgãos também fazem parte. Em seguida, a Câmara Municipal discute e vota a matéria.