O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afastou nesta terça-feira o sociólogo Túlio Kahn. O sociólogo é acusado de vender serviços de consultoria nos quais colocava à disposição de empresas dados sigilosos sobre a violência no Estado.
Desde 2003 Kahn era coordenador da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), o órgão que concentra todas as informações estatísticas sobre violência no da da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Já atravessava três governos na função. Quem tinha nomeado-o para o cargo foi o secretário Saulo de Castro, no governo de Geraldo Alckmin (2003-2006).
Entre outros dados sigilosos, Kahn já forneceu, por exemplo, informações como furtos a transeuntes na região metropolitana de Campinas e os bens que são levados com mais frequência nos roubos a condomínios na cidade de São Paulo.
O levantamento sobre roubo a condomínios foi feito a pedido do Secovi (sindicato das empresas imobiliárias de São Paulo) e pago pela GR, uma das maiores empresas de segurança do Estado, segundo o próprio Kahn. A GR nega ter feito pagamentos à Angra.
Kahn afirma que jamais violou dados da secretaria. Segundo Kahn, foi o próprio Estado que sugeriu que ele abrisse uma empresa para cobrar por certos projetos, pois seu salário era baixo.