Edilson Pereira de Carvalho, quando ainda trabalhava como árbitro, aceitou ofertas de R$ 10 mil a R$ 15 mil por jogo para arranjar resultados no Campeonato Brasileiro de 2005. Quando o esquema foi descoberto, 11 partidas do torneio acabaram remarcadas e ele se tornou celebridade, até cobrando para dar entrevistas. Mas hoje, condenado a pagar com a CBF uma multa de R$ 160 milhões, faz graça com o pedido por esse valor astronômico.
Banido do futebol há quase seis anos, Edilson, aos 48 anos, hoje trabalha no balcão de um bar em um clube de Jacareí (SP), recebendo cerca de R$ 600 por pouco mais de oito horas diárias. E desdenha da decisão da 17ª Vara Cível de São Paulo a ponto de prever que Ricardo Teixeira, presidente da CBF desde 1989, e Marco Polo Del Nero, mandatário da Federação Paulista de Futebol há quase nove anos, não estarão vivos quando a Justiça der a sentença definitiva sobre a "Máfia do Apito".