O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) voltou a defender ontem (3) a inocência do ativista italiano Cesare Battisti com relação às acusações de homicídio que lhe foram feitas na Itália. Ele mencionou artigo do artigo do professor Luís Roberto Barroso, favorável à soltura de Battisti, publicado na última segunda-feira (28), pelo jornal Folha de S. Paulo.
Suplicy endossou a tese de Barroso, segundo a qual Battisti não teve direito ao devido processo legal. Para o senador, Battisti não foi "devidamente defendido" em seu julgamento pela Justiça da Itália. Por isso, disse considerar acertado o posicionamento dos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram pela não extradição de Battisti para a Itália, ao julgar o refúgio concedido pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na avaliação de Suplicy, não caberia prisão perpétua para Battisti, tanto devido ao seu papel secundário que teria na organização terrorista italiana, quanto como também por terem sido soltados, após o cumprimento de suas penas, todos os delatores premiados que testemunharam contra ele.
"Eu, de minha parte, inclusive como descendente de italiano, amigo da Itália, quero dizer que estudei em profundidade o caso e formei a minha convicção de que Cesare Battisti não cometeu os quatro assassinatos pelos quais está se querendo extraditá-lo para a Itália", afirmou.