O avô paterno da menina Lavínia, de 6 anos, Adão do Carmo de Oliveira, afirmou, nesta sexta-feira (5) que acredita que Luciene Reis teve a ajuda de alguém para entrar na casa. “Para chegar ao ponto que ela chegou, ela teve ajuda de alguém. Não tinha como ter acesso, tem que subir dois lances de escada”, disse Adão.
Lavínia Azeredo desapareceu na segunda-feira (28) e foi encontrada morta em um hotel de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na quarta-feira (2). Luciene, que era amante do pai da menina, confessou o crime.
Em entrevista ao programa "Mais Você", os avós de Lavínia, afirmaram que não sabiam que o filho tinha uma amante. “Todo mundo ficou bobo quando soube do relacionamento”, diz Marta, avó da menina.
Quando a família se deu conta do desaparecimento de Lavínia e o filho apontou Luciene como suspeita, Adão foi, com a ajuda de vizinhos, até a casa dela em busca da neta. O avô da menina chegou a oferecer dinheiro à amante do filho. “É dinheiro que você quer? Eu consigo pra você”, disse Adão.
Polícia investiga se Luciene teve ajuda
Na quinta-feira (3), a polícia afirmou que investiga se Luciene teve ajuda de uma pessoa para retirar a menina de casa. De acordo com Luciano Zahar, da 60ª DP (Campos Elíseos), a saída da criança de casa ainda é uma incógnita. Ele explicou que no quarto de Lavínia tinha apenas um basculhante de pequena abertura. As portas também não tinham sinais de arrombamento.
"Estamos fazendo diligências para confirmar o que a Luciene disse em depoimento. Precisamos ainda descobrir como a criança saiu de casa e que argumento foi usado para isso. Acredito terminar este inquérito antes do prazo de 30 dias", disse Zahar.
A mãe, o pai e o avô paterno de Lavínia foram intimados a comparecerem na delegacia para um novo depoimento, marcado para o dia 14. O delegado pediu também a quebra de sigilo de dados dos familiares.
A princípio, Luciene foi indiciada por sequestro seguido de morte. Mas, com as investigações, a polícia entendeu que a amante premeditou a morte da criança, por isso, ela vai responder por homicídio triplamente qualificado e pode pegar mais de 30 anos de prisão.